Uma Segunda Chance Para Viver

36º O Casamento

Hermione acordou, aquela noite dormiu mal. Sabia que ficar ansiosa não era bom, mais não conseguia evitar. A semana passou rápido demais e hoje seria o dia de seu casamento. Tom esteve a semana toda a mimando com rosas, presentes tanto para ela como para o bebe, e eles pareciam um casal completamente normal.

Todos os dias Tom levantava, algumas vezes tomava café com ela, outras não. Mais sempre deixava um bilhete carinhoso em seu travesseiro. Saia com se fosse trabalhar, e a noite voltava, eles conversavam como foi o dia e mesmo não tendo nada de emocionante acontecendo com Hermione, ele prestava atenção em cada palavra dita. Ele só não falava como foi seu dia,isso nunca.

Hermione sabia que ele não queria aborrece-la, sabia que se contasse ela ficaria contra obviamente, e para não estragar a noite com uma discução, simplesmente não comentava. Claro que depois que jantavam faziam amor, diversas vezes na noite e depois dormiam um no braço do outro. Quem ouvisse esta rotina logo imaginaria que se tratasse de um casal normal e perfeitos juntos. Jamais alguém imaginaria que seria uma prisioneira com seu carrasco.

Por mais que Hermione tentasse não conseguia esquecer que ali era sua prisão e que Tom por mais carinhoso e gentil ainda era o Lord das Trevas, e quando não estava ao seu lado, estava planejando torturar ou matar alguém. E pior que este alguém , era provavelmente seus amigos, pessoas como ela. Hermione não se esquecia disto e por este motivo talvez sofresse tanto depois de  cada ato de amor dos dois.

Claro que mantinha a oclumencia bem erguida nestas horas, ela amava se entregar a Tom, senti-lo. Amava ver em seu olhar o desejo arder por ela, amava quando ele sussurrar seu nome e ver ele tão entregue , tão vulnerável. Mais depois quando se recordava quem era ele e o que ele fazia, um sentimento sujo impuro como se estivesse fazendo algo errado e pecaminoso a invadia e ela ficava se culpando, se culpava pelos amigos, se culpava pela Ordem, se culpava pelo mundo. E era assim que Hermione se sentia naquele momento, culpada.

Na noite anterior Tom chegou mais sério que o normal e logo entregou a ela um pergaminho, o contato. O contrato que selaria para eternidade sua vida. Leu ele com calma e pode comprovar que Tom fez tudo conforme eles haviam conversado. Hermione sederia a ele,seu corpo,  sua lealdade, sua inteligência e também se casaria com ele com um feitiço União das Almas, estaria proibida de desreispeita-lo na frente de quem quer que fosse e o obedeceria sem questionar e também não a marcaria como Comensal.

Em troca Tom a deixaria educar e criar o filho, e se viesse a ter mais também. Não assasinaria seus pais trouxas, como também não mataria e ou perseguiria nenhum dos Weasley e não ficaria perseguindo Harry Potter, só o atacaria caso ele atacasse primeiro. Hermione leu e releu, sabia que depois que assinasse aquele contrato nada teria volta, tudo seria diferente. Ele era mágico e qualquer cláusula ali não comprida anularia ao contrato, levando a outra parte livre de qualquer vinculo.

Claro que para Hermione disto nada valia já que naquele dia, naquele sábado se uniria a Tom de uma forma jamais pensada,  A união das Almas, tudo que Tom sentisse, qualquer sentimento, bom ou mal, qualquer dor ela sentiria e ele também. Se um morresse outro morreria, se um fosse imortal o outro também seria. Para qualquer outra pessoa pode-se achar até romântico, mais não para ela. Seria uma eterna prisioneira, uma prisioneira de sentimentos malignos que não eram dela, prisioneira de uma amor embora forte, doentio.

Hermione sabia que o seu fim estava já trassado, só não sabia o meio de chegar até lá, e muito menos o que viveria na caminhada, mais de uma coisa tinha certeza, caminharia a cada passo ao lado de Tom, ou melhor ao lado de Lord Voldermont, mais isso não significaria que ele pudesse mudar seus valores e seus pensamentos, seu amor com os amigos e sua confianssa neles, para isso ele não tinha poder. Estava tão imersa em meio a seus pensamentos que não viu Tom se aproximar.