Parte 13: Culpado.

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Dylan estava bastante preocupado com a Caitlyn, era como se ele estivesse aqui somente de corpo, decidi ajudá-lo, mas não sabia exatamente como, ele já havia tentado rastrear o celular dela, mas não obteve resposta. Como eu poderia ajudar? Odeio vê-lo assim. Sem obter resposta para as minhas perguntas, me levanto e vou até a sacada, o vento frio joga meus cabelos contra meu rosto, vou até a beirada, olho para cima, para o céu, o dia nublado faz com que o céu fique branco e quase impossível de se olhar diretamente, coloco a mão em frente aos olhos, respiro fundo, olho para baixo, para a rua, pessoas andando para lá e para cá, cada uma em seu mundo, sem saber que tudo estava um caos ou simplesmente ignorando esse fato.

Alex: não vai pular, né, maluca?

Olhei para o lado, na sacada do quarto dos meninos.

Hacker: eu não ia, mas depois de ouvir sua doce voz...

Alex: aw, você acha minha voz doce?

Ele colocou a mão no peito e fingiu estar emocionado.

Alex: eu sei que você está agoniada por não conseguir ajudar o Dylan.

Hacker: e desde quando você se importa?

Alex: não me importo. Não com você, pelo menos, mas com Dylan.

Olho pra ele sem muita paciência e gesticulo com a mão dizendo para ele ir logo ao ponto.

Alex: então, você sabe que o Dylan tentou rastrear o celular da Caitlyn, certo? Bom, ele tentou rastrear um dos celulares dela.

Hacker: e ela tem mais de um?

Alex: quando estávamos vendo o vídeo de segurança notei que antes de sair da sala ela pegou o celular de cima da mesa, mas não era o mesmo celular que sempre vemos com ela.

Isso pode ajudar? Espero que sim. Fui até Dylan que pesquisava algo no Notebook enquanto Clóvis brincava com sua mão.

Dylan: se você me morder, eu vou te morder.

Ele olha pro gatinho que sai correndo.

Hacker: vingativo.

Chamo sua atenção, ele se vira e sorri com o canto da boca.

Dylan: o que te traz aqui?

Hacker: as pernas.

Ele ri baixo e solta o ar pesadamente.

Hacker: você sabe se a Caitlyn tinha mais de um celular?

Dylan: como eu saberia?

Ele tira o Notebook de cima de seu colo e coloca na mesinha de centro.

Hacker: Alex acha que ela tem, talvez possamos rastrear esse.

Dylan: como? Não sabemos nada sobre esse celular.

Isso é verdade, não temos nada sobre o celular. Se eu tivesse acesso ao olho de Deus tudo seria mais fácil.

Hacker: eu podia entrar nas câmeras de segurança da cidade e ver por onde ela andou.

Dylan: você não tem autorização pra isso, nem eu. Não posso deixar você fazer, você pode ser presa por isso. Sinto muito Hacker, não podemos encontrar ela, ela desligou o celular, não está no apartamento, ninguém a viu, meu pai se diz ocupado demais pra isso e que ela está bem.

Ele respira fundo e coloca as mãos na nuca.

Dylan: obrigado por tentar, mas não há nada que possamos fazer, vamos focar no caso.

Minha visão começa a ficar embaçada, minha cabeça dói, fecho os olhos e quando abro não estou no apartamento, Dylan não está na minha frente. Estava escuro, mas uma pequena fresta permitia a entrada de luz me permitindo ver um pouco.

Hacker: O InícioWhere stories live. Discover now