●Capítulo sete: Tu me fais sentir comme si j'étais un bébé.

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  Marinette andava de um lado para o outro inquieta, estava sozinha naquele hospital enorme. Não quis contar aos pais e nem chamou Alya para ir junto, estava com um pressentimento estranho para ter alguma companhia. Já tinha sido atendida, e a médica lhe deu vários pedidos de exame que poderiam ser feitos ali mesmo, e que teriam o resultado em poucos minutos. Não parecia tão rápido como ela lhe garantiu, achava que estava há horas esperando, no entanto só haviam se passado três minutos. Resolveu se sentar, mexendo nas mãos freneticamente. Soltou um suspiro forte e cansado, já não aguentava mais essa aflição. Queria levantar para lavar o rosto, mas seu nome fora chamado, caminhou até a enfermeira que pediu para que a mesma a acompanhasse até a sala de antes, onde a mesma doutora a esperava. A cumprimentou vagamente recebendo um aceno com a cabeça como resposta. Lhe foi pedido que se sentasse, e assim ela o fez.

__ Você me disse que tem 17 anos, não é? __ a médica a indagou, e ela apenas assentiu com a cabeça. __ Vou lhe fazer algumas perguntas, e quero que responda com sinceridade.

Por alguns instantes, Marinette viu sua vida passar à sua frente, aquilo não parecia estar indo para um bom caminho. Assentiu mesmo temendo o que viria depois.

__ Você teve relações sexuais nos últimos três meses? __ a indagou.

   Todo o corpo da mestiça congelou, a visão estava nebulosa, não conseguia ouvir e nem ver nada. Sabia que a médica estava falando mais algumas coisas, contudo sua mente estava bem longe dali, voando até suas lembranças com Chatnoir. Como podia ter sido tão descuidada assim? Não era mais uma criança, aprendeu sobre tudo aquilo na pré-adolescência. Claro, que na primeira vez estavam bêbados demais para lembrarem disso. Contudo, qual era sua desculpa para a última noite que tiveram? Era sensato dizer que estavam conscientes? Com certeza não, estavam sóbrios, não conscientes.
   Seu corpo estava pesado, parecia que desmaiaria a qualquer momento. Quis pedir ajuda, mas nada saía de sua garganta. A doutora pareceu notar e fora correndo dar apoio a menina.

__ Está tudo bem, senhorita? __ falou claramente, tentando fazer que a jovem a entendesse, mas nenhuma reação.

   Chamou a enfermeira e pediu para que trouxesse um copo d'água, tendo seu pedido atendido urgentemente. Marinette já estava mais consciente ao beber a água, ainda que com certo desespero. Com ajuda da médica deitou-se na cama, fechando um pouco os olhos. Ouviu que a médica ligaria para seus pais, isso a fez se levantar rapidamente, implorando que não o fizesse. Precisava dizer primeiro á Chatnoir.

__ Por favor espere! Eu mesma quero contar para eles. __ pediu fracamente, conseguindo a empatia da médica.

   A enfermeira trouxera outro copo de água e a garota tomou, devagar dessa vez, já se sentia mais calma. Suspirou pesadamente, recuperando os sentidos de novo.

__ Como vai para casa assim? Não tem ninguém para lhe ajudar? __ fora indagada pela médica.

   Marinette não sabia em quem pensar, confiava em Alya, porém sabia que a mesma estava cuidando dos irmãos naquela tarde, e ver duas crianças em um momento como aquele a apavorava.

__ E o pai?

   A pergunta viera como um baque, com certeza não sabia o que responder. Não tinha como falar que era o herói de Paris que sumiu do nada, a médica com certeza ligaria para seus pais. Olhou de relance para a enfermeira e lhe deu um telefone, esperava que ele pudesse usar o celular, pelo menos em casa.

   Adrien estava mais uma vez trancado em seu quarto e jogado na cama. Seus pensamentos estavam em Marinette, queria saber se ela fora ao médico, pensou em ligar para Alya e perguntar, mas lembrou que o "Adrien" não sabia de nada. Soltou um resmungo alto, era horrível ser Adrien Agreste, na verdade era horrivél ser Agreste. Suspirou cansado, tinha o dia livre, porém não podia fazer nada. Seu celular, já devolvido do castigo, tocou ecoando por todo o quarto. O loiro se levantou rapidamente, correndo até o aparelho que se encontrava em cima do sofá, atendeu ás pressas sem nem ver quem era.

embrasse moiWhere stories live. Discover now