capítulo 7

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Eu não acredito que eu deixei ele fazer isso.

Ele me tocou e eu gostei. A lembrança do orgasmo e da sua língua quente chupando meus seios fez meu núcleo se apertar. Seus lábios sabiam o que fazer e eu cheguei tão rápido ao orgasmo. Foi diferente do que eu senti antes com Marcus, diferente dele, Chris era experiente nisso, e eu queria mais, precisava de mais.

Mas nunca admitiria. Esse homem não merece meu prazer, ele tomou-me como se eu fosse sua, porém eu tinha que relutar, não poderia lhe dar a satisfação de que estava me entregando, porque eu não estava.

Havia me sentado na beirada da cama, Chris estava de pé perto de uma cômoda, mexendo em alguns acessórios. Eu peguei meu sutiã que estava sobre o carpete e vesti.

— Você não quer mais, principessa? — Ele se virou lentamente, sua blusa social branca estava desabotoada e dava a visão de seu peito musculoso. Os cachos loiros estavam sobre o rosto e seus pés descalços.

Chris andou até mim, e se agachou ao meu lado, tentei disfarçar o quão fiquei tensa com sua proximidade.

— Você pareceu gostar do que fizemos. Se você quiser, podemos avançar um pouco mais. — Ele passou seus olhos sobre meu corpo desnudo e eu recuei.

— Eu não quero mais nada de você. — Me levantei e peguei o vestido.

— Mas o seu corpo quer, seu corpo não mente. — Ele sorriu balançando a cabeça.

— Meu corpo é estúpido. — O sorriso do idiota aumenta. — E que tipo de pessoa diz que não vai me tocar e logo depois enfia a boca no meu seio? Não que eu tivesse acreditado na sua palavra, é claro. — Encarei suas íris azuis.

— Você chama aquilo de tocar? não, não, principessa, — ele balançava a cabeça negativamente — Ainda não nos tocamos. Você vai saber quando eu fizer isso, posso fazer isso agora.

— Eu não quero que você me toque.

— Oh, meu amor, cedo ou mais tarde você vai querer. — Ele se levanta e caminhou até a porta.

Depois de alguns segundos, eu o acompanhei, mas ele já tinha sumido do corredor e fui em direção ao meu quarto. Joguei o maldito vestido no chão e deitei na cama confortável.

Ele não tinha feito sexo comigo e eu queria muito saber o motivo disso. Talvez Chris estivesse entediado, e quis fazer joguinhos comigo. Mas sei que era questão de tempo até chegar a hora que ele tiraria minha virgindade. Só não sei porque diabos está demorando tanto quando ele pode muito bem fazer o quiser comigo porque ele obviamente está no controle.

Odeio esse homem. E odeio a mim mesma por estar pensando no maldito.

Me aconchego na cama, e cansada do dia que foi meu aniversário, eu adormeço rapidamente.

***

Quando acordo, o relógio na escrivaninha aponta que são 09:00 hrs. Era estranho eu estar em um lugar diferente de Strix. Passei 18 anos naquele lugar e acabei me acostumando com cada cômodo da escola. Mas agora que estava aqui, teria que fazer dessa casa a minha.

Fui até o banheiro e tomei um longo banho, fechei os olhos e com a água quente e suave tocando-me, e foi inevitável não pensar no toque de Chris também. Afastei essas imagens e me enrolei na toalha. Ao sair, eu dei de cara com as gêmeas vestidas em uniforme ao lado de um carrinho de limpeza.

— Srta. Emma, não queríamos interromper, achávamos que você não estava no quarto. — Uma das gêmeas disse rapidamente, sua expressão implorando que eu a desculpasse.

— Tudo bem, não precisam limpar, não toquei em nada. — Tentei acalmar a pobre mulher.

-— É o nosso trabalho, Srta. Emma, temos que limpar tudo.

— Ouviu a garota — A outra gêmea disse, essa parecia mais descontraída e relaxada —, ela não tocou em nada.

A outra gêmea lançou um olhar de repreensão para sua irmã, que respondeu com um dar de ombros. Tive que abafar um sorriso.

— Desculpe-me, eu esqueci o nome de vocês.

— Sou Ella. — Respondeu a que aparentava ser a mais madura.

— E eu sou Bella. — Lançou um sorriso para mim que retribui.

— Como vou diferenciá-las? — Perguntei porque as duas eram idênticas, ambas tinham uma pele pálida e cabelos cor de mel e olhos que pareciam verdes. Eram jovens, e não deviam ter mais de 20 anos.

— É fácil. — Bella disse — Eu sou a mais bonita.

Nós duas rimos, mas sua irmã permaneceu séria ao seu lado. Bom, acho que vou saber quem é quem quando eu encontrar elas por esse lugar.

— Nós voltamos depois que você se retirar, Srta. Emma. Tenha um bom dia. — Ella disse e agarrou sua irmã pelo braço e saíram.

Eu entrei no closet e vesti uma roupa de frio. No corredor, eu fiquei perdida ao olhar tantas portas, mas eventualmente avistei as escadas e desci, virei para um cômodo e encontrei meu dominador tomando seu café da manhã. Parei na entrada, mas o maldito pareceu perceber minha presença, pois levantou o olhar e me viu. Seus olhos azuis examinaram meu corpo e depois voltou sua atenção para a comida.

-— De segunda a sexta eu não estou em casa, apenas a noite. — Disse sem me encarar.

Finalmente uma notícia boa.

— Se você quiser encontrar algo para fazer nesse meio tempo, me avise. — Chris se levantou, ele estava vestido um terno como aqueles homens de negócios dos filmes.

— Seria bom se você me deixasse ir embora, eu gostaria disso. — Falei distraída passando geleia em uma torrada.

— Se você quiser sair, Leonardo irá te acompanhar.

Levantei o olhar.

— Quem é Leonardo?

— Um dos meus homens, ele vai ser seu segurança. — Disse com sua atenção voltada para o celular em sua mão.

Revirei os olhos.

— Você me deixaria sair com apenas um homem? Eu poderia enganar ele e fugir.

— Não, ele é mais forte que você, principessa. — Rio, seus olhos voltaram a varrer meu corpo de um jeito malicioso, mas o sorriso de Chris era irônico. — Para onde você fugiria? Você não tem ninguém.

— Talvez eu tenha. — Dei de ombros e mordi a torrada.

Eu não tinha ninguém, obviamente.

— Ok, Emma. Não tente fugir ou terei que prender você aqui, e isso seria triste.

Chris guardou seu celular no bolso e caminhou até a saída, deixando-me sozinha.

Idiota.

É claro que eu tentaria fugir.











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Submissa - O Destino Tem Outros PlanosWhere stories live. Discover now