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MIA BENNETT

— Por que ainda está se olhando nesse espelho? - viro em direção a voz e encontro Taya encostada na porta do quarto.

Sorrio fraco e dou de ombros, virando meu corpo e avaliando o mesmo naquela pequena roupa.

— Eu não me sinto bonita assim, ainda mais em um biquíni, já faz um tempo. - a olho. — Mas quando penso em Jack e nas várias garotas que ele já deve ter visto, tenho vontade de colocar um moletom e voltar pra cama.

Taylor me olha e sorri de lábios, seguindo em minha direção sem muita pressa. Suas mãos pousam em meus ombros, acariciando, e ela me encara pelo espelho.

— Você é linda, Mia. De todos os jeitos, e tenho certeza que Gilinsky também acha isso. - rio.

— Para ser sincera, ainda não acredito que isso está acontecendo.

— Ele não parava de falar sobre você. Sempre dizia o quão estava ansioso pra te ter aqui e, durante esses quase seis meses que vocês conversam, ele parece realmente gostar de você. - sinto-me tímida pela confissão, mas um sorriso cresce em meu rosto ao imaginar Jack fazendo isso.

— Bom, eu vim aqui apenas para avisar que vou sair com o Nash e Hayes, ir em uma vendinha que tem aqui perto. Quem sabe mais tarde nós saíamos. - concordo e ela me abraça.

— Se divirta, e não se prenda.

— Tay - chamo-a quando a morena já está na porta do quarto. — Obrigada. - ela sorri.

Olho-me mais uma vez no grande espelho e respiro.

Taylor é tão importante pra mim, que mesmo eu não falando com ela muito tempo como com Jack, ela se tornou uma grande amiga. Seu carinho e ajuda são quase tão grandes quanto sua graça e beleza.

Ela realmente tem um senso de humor incrível.

Coloca um vestido soltinho e pego a toalha, seguindo para fora do quarto com aqueles cinco minutos de coragem de cada dia.

Ao chegar na sala percebo que a casa está silenciosa e com tudo apagado.

Estamos sozinhos.

Assim que passo pela porta vejo Jack deitado com o corpo dentro da piscina e a cabeça na borda com o rosto virado para o sol. Caminho até uma espreguiçadeira e deixo minha toalha, tirando também o vestido e deixando-o lá.

Caminho até o moreno devagar e sorrio de lábios ao ver como ele fica ainda mais lindo com o sol em sua pele.

Droga, por que você não consegue ser menos...arghh.

— Se era para dormir não precisava ter me acordado. - digo inclinada em cima dele. O mesmo abre os olhos, que com o sol ficaram claros. Sorrio para ele, que se afasta da borda ficando de pé na piscina e também indireito meu corpo.

O vejo me olhar e caminho até a parte da escada da piscina sentindo minhas bochechas queimarem.

— Para de me olhar assim. - digo assim que sinto a água bater em minhas costelas e eu chego mais perto dele. Sorrio ainda com vergonha e vejo seus olhos agora mais escuros.

— Não dá. - ele ri fraco e me puxa pela mão, colando nossos corpos. Sorrio e passo meus braços por seus ombros.

— Como está sendo seu dia? - sinto suas mãos em minha cintura, apertando de leve.

— Ótimo, e o seu? - ele se abaixa um pouco, ficando mais coberto pela água e me puxa para mais perto.

Aquela aproximação me deixava quente, confusa e arrepiada.

— Está sendo bom também, tirando que você me acordou. - rio olhando para baixo e ele sorri.

O encaro e vejo seu olhar intercalando entre em meus lábios e meus olhos. Sua mão aperta levemente minha cintura fazendo-me prender o ar em meus pulmões por alguns segundos.

Estamos indo rápido demais? Iríamos mesmo fazer isso?

Sinto sua respiração próxima ao meu rosto e nossos rostos ficam cada vez mais próximos.

— Jack... - sussurro com a voz arrastada.

— Não estamos indo rápido demais...estamos? - ele parece ficar meio confuso e eu rio. Acaricio seu queixo ao voltar minha atenção para seu rosto e sorrio sem mostrar os dentes.

— Bom, eu acho que não. Mas também não me importo.

O sorriso que ele dá com minha fala parece me dar ainda mais iniciativa para puxar seu rosto com cuidado em direção ao meu e colar, finalmente, nossos lábios.

Deixo-o tomar a iniciativa de começar o beijo enquanto meus dedos passam por sua nuca e sua mão desliza por minha cintura descoberta.

Nos separamos em procura do ar, mas continuamos com os rostos colados. Ele me dá um selinho e afasta meu rosto com o dedo, que logo acaricia minha bochecha.

— Agora somos amigos com benefícios. - ele diz e eu gargalho, colocando minhas mãos em seu peitoral e o empurrando.

— Você é tão clichê. - ele ri e eu acabo por me prender em sua risada.

Eu amava aquela risada.

𝐦𝐞𝐬𝐬𝐚𝐠𝐞𝐬 ✧ 𝐣𝐚𝐜𝐤 𝐠𝐢𝐥𝐢𝐧𝐬𝐤𝐲Onde as histórias ganham vida. Descobre agora