𝐦𝐞𝐬𝐬𝐚𝐠𝐞𝐬 ✧ 𝐣𝐚𝐜𝐤 𝐠𝐢𝐥𝐢𝐧𝐬𝐤𝐲

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O caminho parecia maior do que eu havia imaginado. Já estávamos há meia hora dentro do carro que agora tocava uma música baixa e não tão animada apenas para preencher o silêncio.

Estava ficando constrangedor.

Durante todo o trajeto eu e Jack tínhamos trocado poucas palavras, e eu cansei de contar quantas vezes corava ao me ver sem assunto para conversar.

— Estão todos lá? - pergunto após puxar uma grande quantidade de ar e coragem.

— Não, apenas Johnson, Caniff, Nash, Hayes, Tay e Zan. - ele me olha rápido por estar dirigindo mas sorri fraco.

— Devo me preocupar?

— Com certeza sim. - gargalhamos.

O carro vira em uma rua aonde as casas pareciam de uma elite maior, mas não era nada exagerado.

Depois de sairmos do carro, Jack foi até a parte detrás do carro, pegando minhas malas e o fechando em seguida.

Caminhamos até a entrada que dava em um grande corredor com entradas para os quartos e cozinha. A sala ficava ao fundo, e fomos até lá onde eu podia escutar as risadas e vozes vindo do cômodo.

Era tão estranho estar ali.

— Você é um panaca. - escuto um pouco antes de chegar na sala e pela voz parecia ser Nash. Olho para os meninos sentados no sofá que brigavam por um saco de Doritos.

Até eu brigaria.

— Eu que peguei Nash, deixa de ser otário. - Hayes disse e, praticamente, se jogou em cima do irmão tentando alcançar o pacote.

— Pessoal... - G diz chamando a atenção deles parecendo envergonhado pelo que estava acontecendo e então eu não consigo mais segurar a risada, gargalhando. Os meninos nos olham e logo Tay, Caniff e Johnson aparecem na sala, entrando pela porta que dava no quintal dos fundos.

Paro de rir e me sinto vergonhada com os olhares postos em mim. Dou um passo para trás, mas logo sinto a mão de G em minha cintura.

— MIA! - Nash grita e se levanta do sofá, empurrando Hayes com o salgadinho para o lado, quase derrubando o garoto no chão. Ele vem em minha direção e logo nos abraçamos.

— Eu tô tão feliz de te conhecer. - digo durante o abraço e logo nos soltamos.

Todos vinham me cumprimentar, e todos eu abraçava como se não tivesse outra oportunidade.

Talvez não tenha.

•••

— Você gostou? Tem mais um quarto, se quiser trocar é só f... - não o deixo terminar, colocando minha mão em sua boca.

— É perfeito. - sorrio e o solto, voltando a olhar o quarto.

As paredes em branco combinavam com os tons em cinza no quarto. Há uma cama de casal centralizada no fundo do quarto, com um tapete branco de pelinhos a rodiando e o lustre laranja no teto deixava no quarto uma sensação de mais cores.

— Que bom que gostou. - ele disse e o olho, vendo-o sorrir.

Eu amo esse sorriso.

Sorrio junto e coloco minha mochila em cima da cama.

— Vou sair para você se trocar. - diz e caminha até a porta.

— Jack! - o chamo antes que saia. — Obrigada. - digo assim que ele me olha e sorrio feliz. Ele sorri e assenti, saindo do quarto e fechando a porta.

Me jogo de costas na cama, como em cenas de filme, e rio com isso. Percebo o quanto aquela cama é macia e fecho meus olhos.

Nada disso parecia possível.

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