❁ 34 ❁

8.6K 489 72
                                    

MIA BENNETT


Finalmente consigo achar minha mala na esteira. Caminho até os bancos da sala de espera do aeroporto e pego meu celular após alguns minutos apenas observando em volta.

Desbloqueio a tela, vou nos contatos e procuro por ele, logo iniciando uma chamada. Respiro fundo com o celular já no ouvido e me vejo ansiosa para ouvir sua voz.

— Alô?

— Oi, Jack. - saiu mais baixo do que esperava. Tentava conter o sorriso como tentava parar minhas pernas que se mexiam com o nervosismo.

— Mia? - passou pela minha cabeça ele se sentando rápido.

— Sim. - sorrio. — Eu acabei de chegar, você me disse era para te ligar.

— Sim, que bom que ligou. Ahm... - pausa. — Eu estou saindo, quando chegar aí te ligo, ok?

— Ok. - olho pela janela.

— Talvez “ok” venha ser o nosso sempre. - gargalho.

— Tchau, Gilinsky. - encerro a ligação após ouvir sua risada do outro lado. Aperto minhas coxas com as mãos, vendo a ponta de meus dedos esbranquiçar.

— Oh meu deus. - murmuro e solto o ar.

•••

— Quatro saídas? - pergunto confusa.

— É, Mia. Meu deus. - rio com sua falta de paciência.

— Quer que eu me levante? As poucas pessoas aqui estão sentadas, talvez ajude.

— Se a madame não for se incomodar. - sorrio brincalhona e me levanto.

— Pronto, querido.

— Diga-me como está vestida.

— Tá. - olho para o que eu vestia. — Estou com um moletom azul da Champion, calça camuflada e tênis branco.

— Ótimo estilo de roupa. - escuto atrás de mim.

Com a mão no peito me viro, e só não desmaiei pois esperei muito por esse momento.

O moreno agora em minha frente tinha um sorriso grande nos lábios e me analisava. Já com o celular longe do ouvido, sinto as lágrimas se formando e sigo a vontade de meu corpo: o abraço.

Envolvo seu pescoço com meus braços e afundo meu rosto na curva de seu pescoço, ficando na ponta dos pés. Respiro seu perfume ao fungar e sinto seus braços envolta de minha cintura.

Ele solta uma risada fraca e nos separa apenas o bastante para nos olharmos.

— Oi. - Jack diz ainda sorrindo. Passa o dedo debaixo de meus olhos e bochechas, limpando onde as lágrimas tinha molhado.

Lágrimas de alegria, garanto.

— Oi. - sorrio sem graça e encaro o marrom agora meio verde que me observava com brilho.

Oh Jack, como pode ser tão perfeito?

Seu abraço era como um refúgio. Quente, aconchegante. Trazia paz, confiança, segurança, felicidade. Passava carinho e amor. Era o meu refúgio. E ali eu me esconderia. ×

𝐦𝐞𝐬𝐬𝐚𝐠𝐞𝐬 ✧ 𝐣𝐚𝐜𝐤 𝐠𝐢𝐥𝐢𝐧𝐬𝐤𝐲Onde as histórias ganham vida. Descobre agora