Cap. XVIII: GUERRA, RELÍQUIAS E MORTE [Pte. 1]

Start from the beginning
                                    

- Ei você, cuidado!

- O quê? - Ela sussurra quando uma enorme fênix flamejante passa, num vôo rasante bem acima de sua cabeça.

- Oh, meu Deus! - Ela grita se jogando no chão, quando o pássaro mítico arremete, mas de repente é surpreendido por um enorme tiranossauro montado por um ogro, que o abocanha.

- Não! - a mulher sussurra, quando o corpo do réptil é tomado por chamas, que o desintegram, obrigando o ogro que o monta a pular, para salvar-se da explosão.

- Você está bem? - O homem diz saltando em sua direção em slow motion, enquanto se desvia de balas, e pedaços de pedras lançados por alguma explosão bem atrás dele.

- Estou! - a mulher responde e parecendo reconhecê-lo pergunta:

- Geo! O que está acontecendo aqui?

- Eu fui fazer uma visita na fábrica de brinquedos de um amigo para ver como estão as coisas para o Natal para descobrir que...

- Senhora? - o homem grita incrédulo enquanto tira os óculos - Pensávamos que estivesse morta!

- Foi por pouco, - ela grita confusa - Era para ser apenas uma inspeção, mas descobri que a Mamãe foi assassinada e o Papai Noel e boa parte dos duendes desapareceram.
- Soubemos deste ataque, por isso estávamos tentando achá-la desde que sumiu do mapa - ele fala  enquanto a levanta do chão.

- Venha! Precisamos proteger as Relíquias da Sorte em nosso poder. - Geo diz colocando seus óculos, e olhando para trás, aponta para algo que se aproxima rapidamente:

- Mas porquê?

- Esses invasores estão todos aqui para pegá-las!

- Pegar? Quem está... - Ela ainda resmunga quando vê para o que Geo estava apontando.

Dezenas de homens vestindo ternos pretos, saltam destruindo paredes, e até usando golpes de kung fu em slow motions que ignoram as leis da gravidade para eliminarem robôs, alienígenas cinematográficos famosos, pessoas e até seres mitológicos que se colocam em seu caminho enquanto correm na direção de Geo e da mulher da capa vermelha.

- Invasores, vindos de várias dimensões.

- Isto é impossível! - A mulher murmura; incrédula.

- BlogWarts é impenetrável! Como...

- Também achávamos isto! - Geo a interrompe, e prossegue:

- Vim do mundo real, para avisá-la, mas já estavam todos aqui.

- Porém aqueles ali não parecem os agentes que conheço, estão mais fortes, e parecem ser controlados...

Não muito longe dali, no meio da batalha, saltando de uma singularidade que mais parecia uma porta aberta para as profundezas de um universo distante... Uma criatura imensa, muito semelhante a um cavaleiro medieval, porém cujo elmo negro chanfrado parece ser parte da própria cabeça, surge aniquilando milhares de monstros com golpes certeiros que explodem tudo o que tocam.

Cercado por uma misteriosa névoa negra, o monstro de metal possui dezenas de metros de altura e sua cabeça na vertical, tem seis olhos brilhantes que mais parecem bolas de fogo. Aos seus oponentes basta serem apontados pela sua espada descomunal, para que seus corpos sobrenaturalmente envelheçam até as cinzas.

Atrás do monstro que parece abrir caminho para alguém passar... Das trevas do portal de onde ele saíra, surge uma silhueta humanóide, que ao lado de um dorso escamoso e cheio de placas ósseas, flutua sobre um mar de monstros.

Um exército sombrio então surge instantaneamente do mesmo portal de onde aquele ser estranho saltou.

Corpos de monstros de todos os tamanhos e formas ainda voam pelos ares, quando o estranho portal se fecha, e aquela criatura invencível simplesmente se desintegra, desfazendo-se em cinzas e brasas que se espalham pelo ar.
- O que era aquilo? - Alguns bruxos, ogros e soldados humanos que defendem o lugar gritam ao testemunhar o acontecido de cima duma grande muralha, quando pousando sobre os pedaços duma enorme coluna caída ao lado deles, um grifo rubro-negro responde olhando para o exército que surgiu logo após aquele monstro, e que agora avança contra o castelo.
- Era um batedor! Aquela coisa estava apenas abrindo o caminho para algo maior! - O ser mítico e imponente exclama ao ver um vulto descomunal ruflando o que parecem ser asas, e ao notar que aquele mar de monstros que mal saltara do portal negro, já se espalha sob as sombras da nuvem de trevas e brasas deixada pelo desaparecimento da criatura vista outrora, conclui arregalando os olhos:
- Algo... Pior!

[ UDG ] A GAROTA DA CAPA. O CONTO REPAGINADOWhere stories live. Discover now