🌹Capitulo XVII👑

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Solto um suspiro contido antes de perguntar o que desejo, - Magnius, - O chamo e ele assente mostrando que me ouve. - O que é isso? O que atrai-me para ti? O que raios faz isso comigo? Co... Conosco? - indago externando toda minha procelosa confusão. Sinto quando ele dá um de seus sorrisos ladinos enquanto passa a mão por minhas costas mais uma vez causando-me um leve arrepio.

- não tenho a mais absoluta das certezas se é adequado contar-lhe. – Esta resposta de nada adianta, ao oposto, confunde-me. – Mas asseguro-lhe Marion, estas sensações que tem, são compartilhadas por minha pessoa. – Disse convicto.

- Isso acalma-me muito. – Acabo sorrindo e o aperto mais entre meus braços, ele faz o mesmo.

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Desço para o chá da tarde que havia sido convidada pela Rainha Evha apressada. Dormi muito depois do almoço. Não é comum ao meu organismo dormir depois do almoço. Costumo apenas ficar deitada para fazer a digestão. É difícil eu dormir.

Possessível isso se deu ao fato de que fiquei pensando no que aconteceu ontem entre Magnius e eu. Perdida em meio aos pensamentos e memórias das sensações causadas pelo príncipe, por seus toques, por seus beijos. Ainda sentindo aqueles braços me envolverem proporcionando um calor agradável misturado a luz do sol da tarde.

Da barba bem feita causando pequenos arrepios quando nos beijamos. Todas as distintas sensações que ele me causava e que eu percebia causar nele. Era maravilhoso, mas ao mesmo tempo confuso.

Continuo meu caminho passando por um corredor com várias portas que certamente dariam cada uma para alguma das inúmeras salas desse palácio. Vou andando apressadamente em direção do lugar onde seria realizado o chá da tarde, quando ouço vozes vindas de uma das portas. Paro de andar para onde ia e começo a seguir o rastro deixado pelas vozes, que logo reconheço como duas vozes masculinas.

Não demora muito e consigo identificar a sala de onde vem as vozes. Aproximo-me até ficar atrás da porta, de onde posso ouvir desenrolar-se uma conversa, aparentemente conturbada.

Uma das vozes não me é estranha, mas não consigo identificá-la. Logo o primeiro se cala e ouço o outro dizendo algo. Já sei quem é este segundo homem no diálogo. É Magnius. Reconheceria a voz dele em qualquer lugar.

Respiro fundo, ignoro tudo ao meu redor e concentro-me mais no que falam:

- Você disse que se eu me afastasse a deixaria em paz! - diz Magnius com irritação mal contida na voz

Ouço o outro dar uma risada claramente sarcástica antes de dizer - Eu disse, que se ela não fosse importante para você eu "poderia ficar longe dela". Mas vejo que ela é bem importante, priminho - "priminho" se bem me recordo... Sir Landom já chamou Magnius desta forma. Os primos estão discutindo - concluo, mas... Que é ela?

- Deixe Marion em paz Landom! Ela não tem nada a ver com isso. Eu mal a conhecia dois meses atrás! Por quê envolvê-la nisto também? - Magnius indaga ainda furioso e nesta hora acabo ficando estática ao ouvir meu nome. Eles falavam de mim. Magnius se afastou essas semanas para proteger-me de Sir Landom. Mas isso é...

- Porque ela é valiosa para você Magnius. Por... – Sou valiosa para Magnius, ele mentiu ao dizer que meus sentimentos são recíprocos, sorrio de lado com a constatação.

- Se fizer algum mal a Marion Landom, não pense que sairá impune como já aconteceu. – Magnius interrompe o primo – Ela é uma princesa, tem amigos, aliados, família. Não pense que pode brincar com ela e voltar a viver a sua vida como se nada tivesse acontecido. – O Principie alerta, mas soa mais como uma ameaça. Posso imaginar ele cerrando os punhos ao lado do corpo irritadiço, as pupilas dilatadas pela fúria, a respiração descompassada, a mandíbula contraída... Nunca vi Magnius em estado de cólera, mas certamente deve ser algo similar ao que pensei.

Amor ConfusoWhere stories live. Discover now