🌹Capitulo XII👑

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🌹Capitulo XII👑
O Primo do Príncipe

MAGNIUS

Assim que ouvi a voz irritante de meu primo, afastei minha testa da de Marion e lancei-lhe um olhar assassino.

- Landom. - disse trincando a mandíbula, ele tinha de aparecer justamente agora? Justamente num momento como esse? Ele não haveria de chegar apenas daqui a dois dias?

- Achei que seu primo só chegaria daqui a dois dias - fala Marion confusa tirando as palavras de minha boca.

- É verdade senhorita, mas eu quis fazer uma surpresa ao meu priminho. - Ele fala em tom zombeteiro, e minha vontade de deferir-lhe um soco na face é enorme, mas controlo-me por causa da presença de Marion.

Todavia, não pude evitar serrar o punho, antes que lançasse ele em direção ao nariz de Landom já que as vezes meu corpo cede aos meus desejos sem a permissão da mente, Marion, viu meu gesto e de algum modo, entendeu que eu não sentia-me a vontade com meu primo por perto. Fascina-me esta "habilidade" que possuímos de compreender totalmente o que o outro quer transmitir, seja com gestos, olhares e falas, é útil e encantador, já que nenhuma outra já teve tal... Conexão com minha pessoa, e acho que o mesmo vale para ela.

- Acho que já está na hora de voltarmos, não? Já está a ficar tarde, é melhor nos recolhermos. - falou a princesa pondo sua mão sobre a minha que ainda se mantinha repousada seu ombro, pois a outra estava na lateral de meu corpo, cerrada. Ela levantou-se como uma dama, com elegância total enquanto eu a ajudava como um cavalheiro deve fazer. Ofereci meu braço para que se apoia-se em mim, e também para que Landom não o fizesse. Meu primo que ainda nos observava, agora felizmente calado, apenas deu um sorrisinho de lado e nos seguiu.

Fazemos todo o percurso em silencio, Marion está quieta, mais que o normal, percebo que ela estava novamente com aquela máscara de formalidade. que já a vira usar antes, mas agora, agora era mais intensa, como se ela sentisse a tensão que paira no ar e quisesse tentar contê-la e ou controla-la. Só posso afirmar um facto: Ela é uma mulher fascinante.

Assim que voltamos ao salão de refeições, Landom se retirou e eu acompanhei Marion até seus aposentos.

Quando chegamos na porta de seu quarto, ela parou em frente a porta e me encarou antes de abri-la.

- O que estava havendo entre você e seu primo? - indagou com a negra sobrancelha erguida, num tom que se assemelhava a uma bronca, com um misto de curiosidade e preocupação.

- Simplesmente nos odiamos - falei dando de ombros, como se aquela simples constatação explicasse tudo, mesmo eu sabendo que não.

- É mesmo? - indaga sarcasticamente - Nem pude perceber! - afirma ela/ com ironia na voz, essa mulher é sem limites, completamente confusa. Agora, em frente a ela, eu via que sua máscara formal caíra por terra dando lugar a uma curiosidade que suponho que possa ser insaciável.

- O que eu posso fazer se ele sempre quer problemas? Sempre busca provocar-me, insultar-me e... - Tirar tudo que é e pode ser meu, com você, quer ter tudo o que tenho de uma forma doentia e insanamente perigosa, sem levar em conta quem irá ferir no caminho para isso. Completo mentalmente, Creio que isso possa ser demais para ela assimilar.

- Poderia pelo menos fingir que não quer pular no pescoço dele toda vez que o vê? Não sei... Respire fundo, pense em algo agradável, repita um mantra, mas disfarce, deixe seus desejos e vontades apenas em seu interior, finja que sir. Landom não o incomoda. Pelas aparências. - Ela me pede com a voz assumindo um tom de súplica misturado a preocupação, ela realmente está querendo ajudar-me, não está a repreender-me pela rixa que venho a possuir com Landom como mamãe faria.

Amor ConfusoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora