Amor Confuso

🌹Capitulo XIV👑

🌹Capitulo XIV👑
Descobertas Surpreendentes e Perigosas

MAGNIUS

Observo Landom se distanciando de nós com uma expressão de poucos amigos no rosto e assim que ele está um pouco longe, desatino a rir da situação dele. Depois de um breve momento, Marion me acompanha, sorrindo junto.

Observo seu sorriso gentil, porém divertido, os dentes que brilham na intensidade de diamantes, os olhos castanhos que expressam mais do que as palavras que ela é capaz de pronunciar, o encurvar elegante dos lábios num sorriso digno da minha princesa. Ela realmente fica incrivelmente mais bela quando sorri. Parece um anjo vingador de certo modo. Delicada e ao mesmo tempo valente. Bela e ameaçadora. Uma absoluta contradição. Tão errada sendo certa. Simplesmente perfeita.

Assim que o riso finalmente acaba, ofereço meu braço para ela apoiar-se e assim o faz. Seguimos para o jardim em passo lento, com um silêncio agradável e calmo. Sem tumultos. Apenas nós dois tranqüilos e sem conflitos a caminhar para o jardim. Mesmo assim Marion ainda mantém uma elegância invejável, um ar superior que talvez ela nem perceba exalar. Não precisa usar uma coroa, qualquer um que observa o modo como se porta, com elegância e precisão, sabe que ela é uma princesa.

Continuamos a caminhas, olhando tudo ao nosso redor, bom, ela olha, eu apenas atento-me a cada um de seus movimentos sem conseguir afastar a vista. Total e completamente hipnotizado. Andamos untos, como bons amigos. Como um príncipe e uma princesa que somos desde a nossa geração. Como um... Como um... Um... Casal.

Sinto a realidade despencar em minha mente como um peso incalculavelmente grande, com proporções ainda mais estratosféricas. Durante essas semanas que Marion e eu conversamos e conhecemo-nos ficamos mais próximos, mais íntimos. Sem dar-me conta do que fazia disse-lhe para tratar-me informalmente pelo primeiro nome e após certa relutância Marion passou a fazer isso constantemente, tanto que até chamou-me por meu primeiro nome, sem títulos, sem aterramentos, sem receios, em frente a Landom e nem sequer corrigiu-se ou demonstrou nenhuma forma de arrependimento. Passamos a entender o que o outro quer dizer sem que tenha que realmente ser dito, apenas através de um olhar, de um gesto, apenas isso é necessário, logo então já sabemos o que o outro pensa, o que o outro precisa... Isso... Isso é confuso. Perigoso. Inquietante.

Como pôde ter sido tão rápido? Como pudemos aproximarmo-nos deste modo, de forma tão veloz? De certo modo, em um dia éramos apenas conhecidos, que talvez viessem a tornar-se noivos e um dia marido e mulher, no outro dia já sabemos ler os pensamentos um do outro, falar de modo mais íntimo e quem sabe acabemos por compartilhar os segredos que cada um guarda a sete chaves em seu intimo, numa noite enluarada.

Definitivamente, parecemos um casal que já está junto a anos, mas ainda não cansou-se da presença um do outro, cujos laços sentimentais que os uniram no passado permanecem firmes e fortes. Inabaláveis.

E essa constatação mais que verídica, deixa-me demasiadamente receoso.

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À medida que caminhávamos para nossa área favorita do jardim, perto do lago, aquele fato tornava-se cada vez mais verdadeiro em minha mente. Tínhamos até mesmo uma parte do jardim que considerávamos nossa favorita! Nossa!

Isso me alegrava e ao mesmo tempo assustava. Na verdade, assustava mais que tudo. Eu não podia me apaixonar! De forma alguma! Isso era inadmissível.

Se eu estivesse apaixonado não teria como protegê-la e se algo acontecesse a ela ficaria arrasado. Meu coração se desmancharia em mais de mil fragmentos, minha vida perderia a cor e certamente nada mais importaria, eu me culparia pelo que acontecesse e isso me consumiria.