🌹Capitulo XIV👑

Começar do início
                                    

Se antes, eu jamais me perdoaria se algo de ruim a acontecesse, como ser seduzida e obrigada se casar com Landom, estando apaixonado, apenas pensar em fatos como aquele me destruíam. Apenas sugerir que Marion pudesse vir a casar-se com outro causava-me um gosto amargo.

Preciso garantir que ela permaneça fora. Que ela permaneça apenas como uma amiga.

Por que ela não poderia ser mais como a Gabriela? Gentil e amável, amiga e companheira? Tinha que mesmo inconscientemente ou não tentar se infiltrar no meu coração e fazer-me apaixonar-me por ela?! Ela tinha que ter esse jeito formal e delicado que me atrai sem precedentes

O que fui deixar acontecer?

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Assim que aproximamo-nos do lago, Marion sentou-se numa pedra que estava próxima a margem, tirou as sapatilhas, mergulhou os pés, e em seguida os tornozelos na água, levantando as saias até os joelhos para não molhá-las.

Fiquei ali, vendo-a com os pés mergulhados, apreciando a água molhá-los, infiltrar-se na pele macia de seus delicados e pequenos pés, percorrendo-os várias e várias vezes, passando por entre os dedos e encharcando-os completamente.

Marion olhava para o centro do lago, banhado pela luz solar deixando-o com um aspecto mágico e encantador, como se pensasse em algo, como se sua mente tivesse separado-se do corpo, transportando-se para outro lugar, distante, mágico, inusitado quem sabe, ou talvez simplesmente desejasse mergulhar. Confesso que também apreciaria um mergulho para refrescar-me.

Pensando nisto, uma inusitada idéia surge em minha mente. Sei que talvez isso não seja o certo, e ela pode até chamar-me de indescente, mas... Não custa tentar.

- Marion - chamo-a e logo ganho sua atenção - O que acha de um mergulho?

- No lago? - pergunta surpresa após um breve raciocínio - Agora? - assinto - Você tem certeza de que é seguro? – Sua estupefação chega a ser palpável, assim como bela.

- Claro! Faço esse tipo de coisa vez por outra, e acredite, é muito revigorante - incentivo-a, começando a despir-me.

- Não acha que é muita falta de decoro? E se seus pais ou por ventura algum criado nos pega? Seria deveras constrangedor! Fora que estaríamos num sério problema. - Marion fala cheia de cautela e ignorando o alerta extragrande que está apitando em minha mente, continuo a desabotoar os botões da sobrecasaca que uso, assim que tiro-a, e a jogo na grama, faço o mesmo com a camisa.

Assim que estou apenas de calças, Marion olha meio assustada minha falta de pudor enquanto aproximo-me dela. Ela parece meio atordoada e olha fixamente para meu tronco bem definido, resultado dos treinos e aulas de esgrima, causando-me um sorriso ladino. Não posso evitar as ondas que percorrem meu corpo com seu olhar. Na verdade, ela pode ser controlada, mas controlar qualquer coisa relacionada a ela é praticamente impossível.

Rapidamente ela tira os pés da água, pula de cima da pedra e começa dar passos para a outra direção conforme eu avançava rumo a ela. - Não se atreva a fazer o que eu estou pensando que vai fazer! - Ela avisa, mas sem dar-lhe ouvidos aproximo-me ainda mais dela a passos largos, numa velocidade grande o bastante para pegá-la desprevenida, extinguindo cada vez mais o espaço que nos separava.

Quanto mais avanço, tanto mais ela se afasta temendo o que farei. Mal sabe ela que nem adianta tentar fugir.

Assim que estou a centímetros dela, um perfume invade-me as narinas. Nunca havia parado para sentir o perfume de Marion. Não com a devida atenção a qual realmente merece. É doce, porém há nuances de um tom mais azedo, como uma mistura de magnólias e morangos. Doce e meio azedo. Como ela. Como nunca senti isso? É divino!

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