Leiam a nota no final. Boa leitura a todos!
Helena.
Sento no sofá à frente de Binho. Ele bebe a água do copo, em goles curtos. Olha em meus olhos.
Eu - Quando você chegou?
Binho - Ontem, de madrugada.
Eu - E seu curso?
Binho - Me ofereceram algo que eu achei mais interessante.
Eu - Hum... - digo e desvio meu olhar para o chão.
Binho - Quem era o garoto com você?
Eu - Juan. Um amigo.
Binho - Amigo mesmo? - concordo - Você...encontrou o garoto, de quem você falava?
Eu - Sim.
Binho - Ele lembrou? - nego - Tem que ser muito estúpido para esquecer você Helena. Eu não consegui... - olho em seus olhos.
Ele coloca o copo no criado-mudo e pega em minhas mãos que estão juntas, em meu colo. Olha em meus olhos, se aproxima e respira fundo.
Binho - Eu vou para Machu Picchu, a cidade de pedra... - continuo encarando o moço, esperando que continue - daqui duas semanas. Mas estava com muita saudade de você...
Eu - Por que você não ligou antes? - pergunto.
Binho - Da última vez que estivemos juntos, eu fui um babaca com você. Te passei uma visão totalmente errada sobre mim. - ele suspira - Eu queria que soubesse que eu sou completamente apaixonado por você. Estava com medo de te perder.
Eu - Você sempre soube quem era o garoto que eu amava. - aviso.
Binho - Você acha que ele merece seu amor? Ele tá a quase um ano já Helena, já lembrou de muita coisa provavelmente, será possível que não tenha lembrado de você mesmo?
Eu - Binho, nada do que você disser vai mudar meu sentimento.
Binho - Você acha que ele quer lembrar?
Eu - Ele não sabe. Eu nunca disse pra ele. Ele acha que eu apareci depois do acidente.
Binho - Tem certeza?
Eu - Tenho! - me levanto - E se foi pra isso que você veio, já pode ir embora.
Binho - Não, calma, não quero brigar com você. Vim na paz.
Eu - Acho bom.
Binho - O que acha de passar essa semana comigo? Como amigos, eu juro. - penso por um tempo.
Eu - O que você quer fazer? - pergunto e ele se levanta.
Binho - Não sei. Pensei em você me mostrar alguns lugares, talvez. O que você pensa sobre isso?
Eu - Acho que tudo bem.
Binho - Deixei meu carro lá no asfalto, quer dar uma volta?
Lembro de Juan, mas havia dito para ele me deixar com Binho, então acho que tudo bem.
Eu - Ok.
Binho - Dai você aproveita e me explica o que são essas marcas na sua pele. - assinto.
Pego minhas coisas e saímos. Enquanto descemos o morro, Binho chama a atenção dos moradores, provavelmente por sua beleza exagerada e ao mesmo tempo tão simplificada. O garoto tinha cabelo curto, quase que raspado, era alto e tinha a pele morena, passava um ar de mistério à qualquer um que o visse. Não tinha nenhum vestígio de estilo social, mas sua postura era perfeita, digna de um herdeiro, assim como seu estilo de um deserdado. Entramos em seu carro e ele dá a partida.
Binho - Me diz um lugar legal.
Eu - Quero ir em um zoológico. - digo convencida e ele ri.
Binho - Um zoológico pequena? - assinto - Beleza, vamos em um zoológico então.
[...]
Caminho ao seu lado passando pela entrada do local. Observo os animais.
Binho - Qual o seu preferido?
Eu - Sem dúvida alguma é o leão.
Binho - Não me surpreende.
Eu - Por que?
Binho - Leão é o rei da selva. Certo? - concordo.
Eu - Mas e dai?
Binho - Você é assim, superior como ele. Nasceu para dar as ordens, mas não para receber. - sorrio.
Eu - Até parece.
Binho - Helena, você é um leãozinho. - rimos - Quer um sorvete leoa? - assinto e caminhamos até um carrinho que vendia sorvetes em potinhos.
Eu - Gosto dos macacos também. Do jeito como se parecem com os humanos, como são inteligentes.
Binho - Também gosto.- diz - Mas não tenho um preferido.
Eu - Por que?
Binho - Gosto de pensar que todos são importantes no mesmo nível.
Eu - Mas eles não vão ficar chateados se você disser que prefere um.
Binho - Você usa essa frase com os garotos também? - lhe encaro.
Eu - Não, bobo. - sujo seu nariz com o sorvete e ele faz cara de surpreso - Mas a gente precisa escolher às vezes, mesmo gostando de todos, sempre vai ter um que você goste mais.
Binho - Entendi! - exclama e suja minha bochecha.
Grito e ele sai correndo, vou atrás e ficamos assim, como crianças, correndo um atrás do outro, se sujando com sorvete. Relembrando os tempos de intercâmbio. Ao final, cansados, nos sentamos em meio à uma trégua de nossa guerra de sorvete, em um gramado bonito, na praça de alimentação do zoológico. Ofegantes, respiramos olhando para o céu.
Binho - Quer ir para a praia?
Eu - Vai escurecer. Estamos longe, até chegar já é noite.
Binho - Você já foi mais legal. - diz e faz um biquinho.
Eu - Ei! - lhe dou um tapa no ombro e ele ri - Está me chamando de chata senhor Fábio?!
Binho - Sim, senhorita.
Eu - Mas que desacato! - rimos.
Ele se aproxima me cercando, paro de rir e procuro seus olhos castanhos, ele me encara sério.
Binho - Vamos? - pergunta em um tom mais baixo.
Eu - Vamos. - sussurro.
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E ai? O que vai acontecer nessa praia?
Será que Helena vai ter um remember com Binho? Ou ela vai deixar ele e continuar com Juan? Tudo pode acontecer.
Será que #Julena continua de pé ou vai ser #Falena? (esses shipps tão muito ruins, me ajudem nos comentários).
Meta de Comentários para o próximo Capítulo, considerando meu bloqueio de criatividade e a minha estratégia para ganhar tempo e comentários para o livro ficar melhor: 100 comentários.
Sei que vocês conseguem. Amo vocês.
Ps: acho que devo uma certa satisfação a vocês sobre o "por que de o livro estar demorando tanto para ser atualizado", eu não queria estar escrevendo esse livro, porque depois que publiquei o 2º capitulo, minha vontade foi excluir tudo e começar demovo. Mas eu não fiz isso, então agora, estou tentando ao máximo fazer com que o livro atenda as expectativas de vocês leitores, porque sei que infelizmente não ficou bom o suficiente para mim, eu sei que posso fazer melhor, porem minha meta, é publicar o último capítulo de "Filha do Chefe", antes do dia 01/01/18. Para que eu possa dar início ao meu próximo, que por enquanto não vou divulgar, mas já posso adiantar que vai ficar melhor que esse.
Obrigada pela compreensão. Amo vcs!
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Filha do Chefe
Teen FictionHelena levava uma vida normal. Mas parece que agora tudo vai mudar, a partir do momento em que o pai aparece e leva a garota para "outro mundo".