Capítulo 46

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(Já aviso que coloquem seus coletes aprova de balas, porque modéstia a parte, esse capítulo é um tiro).

Helena.

Ele abre a porta e ouço a voz de Tia Rê.

Tia Rê - Oh meu Deus! Minha menina... - sinto que ela se aproxima mas não abro os olhos - o que aconteceu?

Juan - A Helena é uma teimosa, foi isso que aconteceu. - diz e parece bravo - Pega alguma coisa pra limpar esses machucados mãe. - ele continua, ainda andando, então tira minha rasteirinha e  me coloca numa cama.

Ajeita o travesseiro e passa a mão em minha cabeça, puxando com cuidado meu cabelo para trás, fazendo com que saísse da frente dos meus olhos.

Juan - Ei... - me chama - consegue abrir os olhos? Está tudo bem agora. - ele pega minha mão - Helena... - ele acaricia meu rosto - não vou brigar com você, - diz percebendo que minha mão estava tremula - abre os olhos, quero te ajudar. - abro lentamente meus olhos - Pronto, onde dói?

Eu - Tudo. - tento dizer, mas a voz não sai, apenas mecho a boca e menos que um sussurro tenta sair.

Juan - Foi só no seu rosto? - nego.

Tia Rê - Aqui. - ela chega com uma caixinha de remédios e curativos - Limpa os ferimentos que eu vou pegar uma água e um remédio para dor. - ela fala e se aproxima - Oh minha pequena, quem teve coragem de fazer isso com você?! - direciono meu olhar para ela.

Juan - Depois a gente resolve isso. - diz pegando um algodão na caixa.

Tia Rê - O João já sabe disso?

Juan - Não sou louco de levar ela pra casa assim, vou fazer os curativos e depois aviso ele. 

Tia Rê - Tá certo. - ela fala passando a mão em meu rosto - Tenho pena do que ele vai mandar fazer quando descobrir quem foi.

Juan - Não sei o que ele vai fazer, é mulher, mas não sei se ele vai ter tanta pena assim não.

Tia Rê - Vou buscar o remédio. -diz e sai do quarto.

Juan pega um spray e molha o algodão. Ele passa com cuidado nas marcas em meu rosto, fecho com força os olhos, ao sentir arder.

Juan - Tá vendo marrenta? - diz - Ninguém manda ficar com orgulhinho besta.

Tia Rê volta á aparecer na porta.

Tia Rê - Vou na farmácia, achei que o remédio estava aqui mas acabou. Ok? - ele assente. 

Após terminar de limpar os machucados do meu rosto, ele fez os curativos e olhou em meus olhos. 

Juan - Mais algum lugar? - pergunta e eu coloco a mão no abdômen, onde estava sentindo dor - Posso? - perguntou se referindo á minha blusa e eu assenti, ele olhou e estava vermelho - Vai ficar roxo. Vou pegar alguma pomada, acho que pode ajudar. 

Ele olha na caixa, em busca de algo que pudesse servir. Observo o moreno e relembro os velhos tempos, quando ele cuidava de mim. Quando sabia quem eu era. Por um momento, minha vontade de agarrá-lo, foi maior do que a culpa de não contar a verdade. Mas os pensamentos fogem quando ele acha um creme e passa em minha barriga, massageando com cuidado. Ouço o som da porta de entrada e os passos pela casa, não demora muito para Tia Rê aparecer com um copo de água e dois comprimidos.

Tia Rê - Isso vai ficar feio. - diz olhando para as marcas em minha barriga - Esse vai aliviar a dor, - explica, se referindo á um comprimido branco em sua mão - e esse é um relaxante muscular, vai acabar te dando sono, mas é bom que você descanse. - ela avisa e coloca os remédios e o copo em um criado-mudo, ao lado da cama - Vai melhorar princesa. - ela beija minha testa - Vou avisar seu pai que você está aqui.

Tia Rê sai do quarto. E Juan levanta da cama.

Juan - Acho melhor você sentar. - ele sugere - Vem, vou te ajudar. - estende a mão.

Me apoio em sua mão para me sentar encostada no travesseiro que ele arrumou na cabeceira. O moreno me dá os comprimidos e em seguida a água. 

Juan - Vou pegar uma camiseta, para você dormir. Pode ser? - assinto.

Ele caminha até o armário e pega uma camiseta dele, volta para perto de mim e pergunta:

Juan - Consegue se vestir? - assinto, porém não tenho certeza, ainda estava tremendo um pouco, acho que mais pelo susto - Tá, vou virar e você se troca. Quer ajuda para levantar?

Eu - Uhum. - resmungo baixo.

Ele me ajuda a levantar, com cuidado para não pegar onde está machucado. Quando fiquei de pé, ele virou de costas e fechou a porta. Abri o zíper de minha calça jeans, mas ao tentar me abaixar para retirar a peça, não tive sucesso, meu abdômen todo doía, assim que eu me curvei. Gemi baixo com a dor.

Juan - Tudo bem? - pergunta inquieto. 

Eu - Pode me ajudar? - pergunto em um sussurro.

Juan - Se você deixar eu te olhar, sim. 

Eu - Ok. - digo ainda baixo, ele vira para mim - Não consigo me curvar para tirar. - continuo no mesmo tom.

Ele engole em seco, respira tentando disfarçar e se aproxima. Delicadamente, ele segura na lateral da calça.

Juan - Sua perna dói? - nego com a cabeça e ele puxa lentamente, se ajoelhando, desvio meu olhar para o teto e respiro fundo com a situação, ao chegar nos meus pés ele pede - Pode levantar? - assinto e assim faço, então ele tira.

O garoto levanta o olhar para meu rosto e percebe que fico envergonhada, ele quase sorri. Fica de pé, lentamente e ao fazê-lo, deixa que sua mão venha encostada na pele de minha perna, me arrepiando todo o corpo. Fecho meus olhos e ele para a mão em meu quadril.

Juan - Posso tirar? - pergunta, segurando a barra de minha blusa e eu assinto. 

Ele pega com cuidado, a barra de minha camiseta, para não encostar nos machucados e sobe lentamente.

Juan - Consegue levantar os braços? - pergunta e eu levanto lentamente, para que ele possa deslizar a peça para fora de meu corpo. 

Em seguida ele pega a camiseta em cima da cama e passa pelos braços ainda levantados. Considerando minha pequena estatura, a camiseta logo passa a ser uma camisola, que ele solta em meu corpo. Baixo meu braços e ele chega mais perto, pega meu cabelo, juntando todos os fios que ficaram dentro da camiseta e à centímetros de distância de meu corpo, ele tira os fios, ajeitando-os fora da camiseta. Se achega mais perto e eu fecho meus olhos, respiro fundo e ele beija meu pescoço. 

Juan - Não sabe como é ruim ver alguém que você gosta, assim, cheio de marcas. - ele fala e me lembro de suas marcas, quando lhe encontrei no hospital a primeira vez.

Eu - E você gosta de mim? - pergunto e ele levanta sua cabeça, chegando perto de meu ouvido.

Juan - Você sabe que sim. - sussurra. 

Encaro o moreno à minha frente, seus pequenos olhos azuis, me assustava o quão era intenso meu sentimento por ele. 

Juan - Eu te puxaria pra perto de mim e te beijaria agora, se não tivesse tanto medo de te machucar. - ele diz e eu sorrio.

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Comentem por favor né. Eu fiz o capítulo maior como pediram, espero que tenham gostado. 

Será que agora sai o primeiro beijo de...GENTE PRECISAMOS DE UM SHIPP PARA ESSE CASALZÃO!!! 

Comentem idéias aí. Enfim 46 capítulos e finalmente um beijo.

Agora a história fica cada vez melhor hein. Quero ver.

Meta: 35 comentários e eu posto o próximo. 

Filha do ChefeWhere stories live. Discover now