Dia 0 (Troye PDV)

22 3 2
                                    

--x--

Eu tô há três meses tentando escrever esse capítulo, e eu consegui... No dia que eu estou sensível como nunca estive, maneiro 🤦🏻🤦🏻

Se alguém ainda estiver aqui aproveite e chore comigo 🙃🙃

Até 👋

--x--

Troye Sivan levantou cedo no domingo. Ele tinha sonhado com esse café chamado Casinha em Braga, Portugal. No sonho Troye olhava para frente, para uma parede de tijolinhos iluminada por um painel. Ele esteve naquela cafeteria umas cinco vezes em uma única semana, em 2015. Depois ele nunca mais retornara. Connor Franta sentou na cadeira do outro lado da mesa, sorrindo, o que fez Troye acordar. O mais novo não sonhava com o ex namorado há muito tempo.

Jacob não percebeu quando Troye levantou, às sete e cinquenta da manhã do domingo e se vestiu. O mais novo fez o caminho de casa até a garagem, onde ele guardara algumas caixas que ele trouxera da Austrália. A última caixa no canto da parede havia sido ignorada por Troye como se ela não existisse. O rapaz subiu em uma escada e agarrou a caixa, jogando tudo no chão da garagem vazia. O Volvo XC60 azul marinho e o Jeep preto estavam estacionados do lado de fora, na frente do número 8740 em Dorrington Avenue, West Hollywood.

Dentro da caixa Troye encontrou um pôster enrolado de "Internet Kids Never sleep", uma caixa cheia de polaroids e fotos de máquinas, um rolo de filmes da viagem ao Havaí, a almofada de emoji, um moletom cinza da merch da primeira turnê, um casaco marrom, uma camiseta preta, passagens aéreas, uma caneca branca e uma porção de embalagens, jornais antigos, cupons, convites, ingressos, notas de compras que nem davam mais para serem lidas, um bloquinho inteiro de post its usados colados um no outro, desenhos, pins, chaveiros de todos os lugares que aquelas passagens aéreas indicavam, um livro da Ellen Degeneres com uma dedicatória, uma touca cinza da common culture e um óculos de sol.

Aquilo era a sua vida. Dois anos inteiros da sua vida. Mais de vinte e quatro meses amontoados em uma caixa esquecida na garagem. Ele não conseguia se livrar daquilo, não importava a raiva ou o ressentimento que ele escondia dentro de si. Como ele poderia?

  — Heeey! — Tyler atendeu o telefone, depois do quarto toque. — muito cedo no domingo. O que foi?

— nós podemos sair e tomar um café?

— Claro. Me encontra no Rooftop em uma hora?

— Okay. Obrigado, Ty. — O mais velho desligou a chamada. Troye guardou um dos chaveiros no bolso e levantou, ignorando a bagunça que ele fizera na garagem.  

I can forgive you

But I can't forget you  

Tyler Oakley era a pessoa mais mal-humorada de Los Angeles nos domingos de manhã. Ele tinha ido dormir pouco depois das cinco, depois de chegar em casa de uma tentativa de encontro que não chegou nem perto de dar certo, mas quando um dos seus amigos ligavam, independente do horário, ele estaria lá.

Troye estava sentado na mesa mais afastada possível da piscina, do lado de fora do restaurante. O rooftop grill era um restaurante no topo de um hotel em Beverly Hills, que na opinião de Tyler servia uma das melhores panquecas que ele comera na vida. O rapaz de Michigan se aproximou por trás e apareceu no campo de visão de Troye usando um óculos de sol, mesmo que aquela manhã de primavera estivesse completamente nublada.

— Uau. — Tyler sorriu. O som era uma graça com o sotaque australiano. — Você primeiro.

— Era um encontro às escuras. — Troye endireitou a postura e sorriu.

Freight Train | Troye SivanWhere stories live. Discover now