Bônus Henry

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Muitas pessoas dizem que eu sou um mulherengo nato, e talvez eu deva concordar com elas. Me chamam de a "A grande muralha de gelo e aço" por não amar ninguém, mas oque não sabem é que eu me tornei tudo isso que dizem graças ao incrível e ilustre amor. Eu já fui capaz de amar, eu já amei, amei tanto uma mulher que no final tudo oque eu recebi foi apenas traições, mágoas e feridas que nunca se cicatrizaram.

Depois de mais uma noite sem conseguir dormir e olhando para o teto com milhares de pensamentos rondando a minha cabeça, ouço o meu despertador berrar oque me dá raiva e  o jogo contra a parede vendo-o se estraçalhar em inúmeros pedaços.

— EITA LÁ SE VAI MAIS UM DESPERTADOR PRO LIXO. — minha mãe grita do outro lado da porta.

— FOI MAL MÃE. — grito de volta e ouço sua risada.

Me levanto da cama, limpo a bagunça que fiz e começo a me arrumar para mais um dia de vida. Desço as escadas e encontro a minha mãe.

— Bom dia meu amor. — diz sorrindo ao me ver e deposito um beijo no topo de sua cabeça.

— Bom dia mãe. Cadê todo mundo? — pergunto me sentando na cadeira para acompanhá-la no café da manhã.  

— Seu pai foi para empresa, Tiana foi pra faculdade e não sei o paradeiro de Lucas. 

— Deve ter saído pra encontrar alguma mulher. — digo e a mesma me olha.

— Falando em mulher, quando você irá me dar uma nora? — pergunta sorrindo mas sem mostrar os dentes.

— Nem tão cedo. —  respondo e seu sorriso desaparece de sua face e a mesma fica séria.

— Henry, já está na hora de você dar uma nova chance pro amor, as mulheres por aí não tem culpa do que apenas uma te fez passar. — diz tocando em minha mão.

— Prefiro continuar com as minhas peguetes mesmo. — digo e a mesma me acerta com um tapa na cabeça e sorrimos um para o outro.

Terminamos de tomar o café da manhã, me despeço de minha mãe e saio de casa indo em direção à casa de Eliza, ela sonha com o dia que eu a pedirei em namoro, mas mal sabe ela que esse dia nunca chegará. 

—  Henry meu amor, que surpresa vê-lo aqui logo cedo.— diz me dando um beijo assim que abre a porta de sua casa.

—  Eu só vim para chamá-la pra almoçar hoje.— digo e a mesma sorri.

—  Mas é claro que eu aceito meu amor. Em qual restaurante? — pergunta.

— Eu vou ver e te mando a localização por mensagem.  

— Tudo bem! — diz e me puxa para dentro de sua casa fechando a porta em seguida.

...

Me despeço de Eliza e entro em meu carro, meu celular começa a tocar e vejo ser meu pai quem está ligando.



—  Sim?! — digo assim que atendo o telefone.

—  Você esqueceu não é? — pergunta.

—  Esqueci do que?

—  Henry, eu havia lhe pedido ontem pra você vir a empresa para que eu possa te apresentar  a minha assistente. — diz praticamente gritando do outro lado da linha.

Merda, eu havia me esquecido, aposto que ele deve estar querendo me matar neste momento.

Eu havia me esquecido, perdão pai. — digo com sinceridade e o mesmo suspira do outro lado da linha.

Planos de DeusWhere stories live. Discover now