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H

oje fiz questão de chegar mais cedo ao campus, e como esperado, lá estava ele com apenas um de seus fones de ouvido enquanto observava o campo de futebol mais a frente.

Eu queria conversar com ele, mas sobre o quê? Não é como se eu pudesse simplesmente chegar e dizer: "E aí colega? Posso perguntar o por quê de você estar sozinho desde que te conheço?", é meio — muito — direto, não?

Subo a escadaria da entrada aproxima a ele até perceber que ele notou minha presença.

— Bom dia garota da redinha— Diz ele com um sorriso de canto ainda olhando o campo.

— Bom di- Pera...— Enclino a cabeça um pouco se entender.— Me chamou de quê?

— Garota da redinha— Ele repete olhando para mim.

Analisando melhor, ele não parece ser alguém complicado ou assustador como os outros assumem.
Apesar de tudo, ele parece ter um jeito fofo que, penso eu,  ninguém ter se aproximado para descobrir.

E eu vou adorar ser a primeira...

—Mas que redinha?!— Pergunto ainda sem entender o por quê desse apelido.

—A que eu te devolvi S/n!— Ele diz parecendo meio imdignado com minha lerdeza e eu rio alto.

—Aquilo não é uma "redinha", é um apanhador de sonhos ruins! Um dreamcatcher. — digo sorridente me sentando ao seu lado e ele revira os olhos.

— Que seja...— Ele olhou para frente novamente.— Essa caralha nunca funcionou comigo mesmo...Chamo como quiser, até de isca de peixe se eu tiver vontade ...— Ele parecia meio irritado, mas ainda se mantinha com uma feição calma.

— Nunca?— Pondero um pouco olhando na mesma direção que a sua— Então deve ser porque nunca acreditou que ele funcionasse desde o início...

— Talvez. Mas eu também já me acostumei...com os pesadelos— Ele disse a última parte em um sussurro e me senti mal por ter ouvido isso.

— Eu queria ser sua amiga...— Digo rápido e de uma vez esperando uma má reação e ele apenas sorri.

— Acho melhor não...coisas ruins podem acontecer.— Ele olha em direção ao portão do campus e lá estavam os primeiros alunos- Além de nós- chegando e quando viro sinto falta de sua presença ao meu lado. Olho para cima e lá estava ele já com o capuz de seu moletom sobre a cabeça e as mãos no bolso.— E acho que não iría curtir muito minha companhia...— Ele sorri e me deixa com cara de taxo, entrando para dentro do prédio.— Até mais garota da redinha— Ele diz de costas já meio longe de mim.

Eu teho uma vontade imensa de segui-lo, mas não sei se devo.
Eu o sigo ou não? O que eu faço....?



My Lonely Honey :-: MonstaX (Em revisão)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora