Capítulo 14

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Me levantei e logo ajudei America fazer o mesmo em seguida, saltei para fora do caminhão e ergui os braços para segurá-la.

Assim que ela tocou o chão eu tomei sua mão. De imediato reparei no grande muro de tijolos que nos cercava em um beco e senti um cheiro muito forte de algo podre. O soldado Leger estava diante de nós inspecionando todos os lados com arma na mão na altura da cintura.

Ele e Avery foram na direção da entrada dos Fundos do prédio comigo e America logo atrás. Os muros ao nosso redor eram altos e pareciam ligeiramente antigos, no entanto, ninguém parecia morar naquela área. O soldado Leger bateu na porta encardida e esperou.
Uma fresta se abriu e dava para ver uma pequena corrente que protegia quem estava dentro. Vi os olhos de August antes de a porta ser fechada rapidamente e reaberta em seguida, dessa vez por inteira August nos apressou para entrar.

ㅡRápido ! -Ele murmurou.

No corredor sombrio estavam um garoto mais novo e Georgia. Era óbvio que ela estava tão ansiosa quanto a gente. Sinto America soltar minha mão, quando ela corre para abraçar Georgia.

ㅡVocês foram seguidos ? -Georgia pergunta.

ㅡNão, porém vocês precisam ser rápidos. -O soldado Leger fala, com o rosto impassível.

Geórgia arrasta eu e America para uma mesa redonda, de madeira. É um pequeno cômodo, e está escuro. O local é iluminado apenas por velas.

Logo, me sento em uma cadeira ao lado de America e em nossa frente, estão posicionados em seus respectivos lugares: Georgia, August e um garoto mais novo.

ㅡQuão grave é a situação? -Pergunto. -Tenho a sensação de que meu pai esconde a verdade de mim.

August dar os ombros completamente surpreso por minha declaração.

ㅡPelo que sabemos os números são baixos. Estão causando a destruição de sempre, mas, por hora nos ataques direcionados aos dois parece que foram menos de trezentas pessoas.

Fico pensativo por um momento. Como trezentas pessoas poderia ser pouco ? Me sinto inútil! Como meu pai poderia esconder isso de mim ?
Respiro fundo. E vejo America com uma semblante de tristeza. Horroriza pela quantidade de pessoas sem vida.

ㅡAmerica, não é tão ruim se você considerar toda a situação. -Falo tentando acalma-la e seguro sua mão forte.

Ela apenas olha para mim.

ㅡEle tem razão. -Murmura Georgia timidamente.

ㅡJá esperava isso deles. Que atacassem de cima para baixo supomos que logo avançaram mais, -Interveio August ㅡAparentemente os ataques ainda estão concentrados nos dois. Mas, estamos de olho e avisaremos se a situação piorar. Temos aliados em todas as províncias e todos estão alertas mas não há muito que possamos fazer sem se expor. Todos sabemos o que aconteceria se fôssemos descobertos.

Apenas concordo com a cabeça.

ㅡDevemos ceder ?

ㅡAcredite em nós, eles não vão melhorar se desistir.

ㅡMas, a algo que possamos fazer?

ㅡVocês já fizeram algo muito importante. Bem, ela fez -August disse apontando para America com a cabeça. ㅡPelo que sabemos os fazendeiros têm levado um machado sempre que deixa os plantações, costureiras caminham nas ruas com tesouras na mão e até quem é dois está andando com spray de pimenta. Não importa a casta, todos parecem ter encontrado um jeito de se arrumar por precaução. Seu povo não quer mais viver com medo e este tentando fazer isso está contra-atacando.

America está parecendo orgulhosa! Não mais que eu, sim, ela conseguiu fazer algo incrível. Aperto sua mão mais forte e olho em seus incríveis olhos azuis.

Continuamos conversando sobre a segurança do povo e várias outras coisas até que o soldado Leger nos interrompe.

ㅡAlteza. Perdão por interromper. Mas,
alguns de nós gostaríamos de acabar com os Rebeldes do Sul tanto quanto os senhores eu iria me voluntariar para treinar qualquer pessoa em combate corpo a corpo.

Estreito meu olhar para ele. Parece uma ótima idéia. Mas, não posso deixar meus guardas se sacrificarem dessa maneira. Teria que pensar no assunto.

******

ㅡPrecisarei de um tempo para pensar sobre isso. Talvez possa oferecer algum treinamento, mas não poderia arrumar os mesmo se estivesse certo de suas intenções imagina o que meu pai faria Se descobrisse uma ligação entre nós.

Falo quando August propõe armas.

ㅡTem razão na verdade é melhor vocês irem embora. Darei notícias assim que tiver mais informações, mas por hora tudo vai bem na medida do possível. -August fala por fim.

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Quando estávamos nos despedindo.

Ouço a voz do soldado Avery.

ㅡAfastem-se do Caminhão !

Me virei para entender o que ele queria dizer, já que ainda estávamos um pouco longe. Então percebi que ele não estava falando conosco. Alguns homens rondavam o veículo. Um deles carregava uma chave-inglesa; aparentemente estava prestes a roubar os pneus, outros dois estavam na traseira tentando abrir as portas de metal.

ㅡSó vamos embora se você nos ser um pouco de comida. -Disse um deles.

Infelizmente, no Palácio eu não havia reparado no brasão enorme que tinha ao lado do caminhão indicando que era do palácio.

ㅡNão temos comida ! -Leger grita.

ㅡNossa! Como eles treinam bem suas marionetes. O que você era antes de se tornar soldado? -Desafia o outro homem. ㅡQuatro? Cinco? Seis? Não é um dois ou três. Se fosse teria pagado.

ㅡAfastem-se agora! -o soldado ordena.

Quando a Avery já está com a mão estendida para proteger o corpo, e a outra na cintura um homem para balançando a cabeça.

ㅡVocês não sabem com quem estão mexendo!

ㅡEsperam! -Alguém interrompe. ㅡÉ ela! É uma das garotas.

Meu coração parece parar por um instante. Um arrepio percorre meu corpo. Não! Eu não posso deixar que nada aconteça com ela. Não, America não.

ㅡPeguem-na! -Gritou o mais novo.

Por algum instinto de protegê-la. Eu a jogo para atrás de mim. Enquanto Avery e Leger sacam as armas. Sem nem pensar seguro America em meus braços a fasso um sinal para ela correr. Corremos o quanto conseguimos enquanto os soldados lutavam para nos dar mais tempo.
Até que damos com um muro de tijolos.
Passo a mão pelos meus cabelos e meu coração aperta mais uma vez.
Pense Maxon, vamos...

ㅡAmerica, você me prometeu! Fassa o que eu mandar. ㅡEu sílabo para ela.

E ela apenas acena com a cabeça.

Eu enlaçava os dedos para fazer um apoio para o seu pé. Ela apenas olhava para minhas mãos.

ㅡVamos, America! -Eu grito.

Então, olhando para os meus olhos ela pisa em minhas mãos e eu a impulsiono para o alto enquanto ela se equilibra no muro. Alcançando o topo, ela joga o corpo para o outro lado.

Ouço um disparo em nossa direção.
Graças aos céus, America já estava do outro lado.

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