Capítulo 15

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Depois de algumas trocas de tiros, August e alguns rebeldes nos ajudaram e os dois indivíduos foram embora. Então, me dei conta de que America não estava ao meu lado. Como eu poderia ter deixado isso acontecer? Deus, como fui burro ao sair do palácio sem guardas suficientes para nos proteger. Fui irresponsável colocando a vida dela em risco, não podeia ter permitido que me acompanhasse.

ㅡLEGER, AVERY.-Gritei. ㅡVamos. Temos que achar America o mais rápido possível.

******

Partimos a busca por America dentro do caminhão, chamando, a procura de um sinal dela. O soldado Leger havia inventado nomes para chama-la sem anunciar quem de fato éramos. O medo me percorria, e se estivesse ferida? Se fora sequestra e violentada? Cristo! Se estivesse morta? Minha mente formulava hipóteses que me deixavam cada vez mais inquieto e angustiado.

ㅡMeri, é o Max! Venha.

Eu olhava ao redor como um gavião, uma  sensação estranha que incomodava no fundo das minhas entranhas, me angustiando, meu coração batia forte, se tornava dificil inalar o ar, e era como se o estômago estivesse vazio ou cheio demais. Atormentado.
Precisava que ela estivesse bem. Pois se não estivesse, me sentira culpado pelo resto da vida.

Quando finamente, um feixe de esperança surgia em forma de um um vulto alaranjado de cabelos. Vinha saindo de um beco, duas jovens. Uma delas, pelos trajes e o horário em que estava nas ruas, era provavelmente uma oito. A outra, era inconfundivelmente America.

ㅡMax! -Ela gritou

O caminhão parou e eu desci rapidamente. Abrindo os braços, onde ela se jogou e eu a apertei. Porém, um grito escapou de sua boca.

ㅡO que houve?

ㅡLevei um tiro.

Olhei pra seu rosto, seu corpo, e vi a mancha de sangue. Era como se o tiro fosse em mim, e queria que tivesse sido, o meu corpo parasilou e eu não conseguia fazer nada naquele momento. Quando bruscamente o soldado Leger me separa dela segurando seu braço para olhar. Ele não deveria me separar da America assim, quem ele pensa que é? Mas, ela estava machucada e não tinha tempo para discutir.

ㅡPodia ter sido bem pior. Precisamos levá-la de volta e dá um jeito de tratá-la. Suponho que queremos o médico fora disso certo? -Ele questiona olhando para mim.

ㅡNão quero que ela sofra!

America não falava nada. Apenas fazia cara de dor. Eu não queria nada disso para ela.

*******

Quando chegamos. Saltei do caminhão e mais uma vez o soldado Leger se intrometeu carregando America para um pequeno quarto.
O lugar era pequeno e tinha duas camas minúsculas e uma cômoda, alguns bilhetes e fotos na parede davam certa personalidade ao lugar. De resto era bem vazio apesar de está lotado no momento: Eu, dois soldados, America e a garota ocupavam cada centímetro disponível.

America estava sangrando. E eu já não aguentava mais.

ㅡVamos precisar chamar um médico.

ㅡNão! -America fala com a voz rouca. ㅡNão vou morrer por causa disso. Só uma cicatriz. Precisamos apenas limpar.

ㅡO beco era sujo! Pode pegar uma infeção. -A garota fala.

ㅡAnne! Chamem Anne! -Falou entre os dentes.

Mas, quem era Anne?

ㅡQuem?

ㅡUma das criadas. -interveio o soldado Leger.

O PríncipeOnde as histórias ganham vida. Descobre agora