22. Quem Sobrou Para Se Importar?

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"Segure firme quando tudo o que você amou se foi."
M.H. 4.18.2011 — Blink-182


SIDNEY

— Por que está me levando para o porão? — Lydia fez uma careta.

— Eu fiz Roxanne sumir com minhas balas de acônito depois que me transformei, disse para ela juntar as minhas com as dela — gesticulei. — Mas eu sei onde ela guardou, de qualquer modo — indiquei.

— Ah, então é por isso que estamos no porão — ela constatou.

— Eu quero matar a Audrey! — virei-me repentinamente para ela e a encarei. Suspirei aliviada por finalmente poder dizer aquelas palavras em voz alta. — Eu quero ela morta.

— Nossa mãe? — Lydia me olhou surpresa.

— Ela quer nos matar — falei simplesmente. — E Audrey não é nossa mãe. Ela pode ter nos trazido à vida, mas tia Natalie é sua mãe e eu nunca tive uma.

— É, você tem razão e acho que Roxanne concordaria com isso — ela observou. — Se ela estivesse acordada, no caso.

— Preciso que você atire na nossa mãe — entreguei minha pistola nas mãos dela.

— Eu? Por que eu? — ela pareceu entrar em pânico por um pequeno instante. — Você precisa de um humano para fazer isso por causa do acônito, certo?

— Sim, aquela coisa me deixa fraca — apontei para as balas que ela deveria pegar. — E acho que Roxanne não vai poder nos ajudar na luta de amanhã.

— Pois é, estou preocupada. Até agora ela nem deu sinal de acordar, mas pelo menos sei que ela não está morrendo ou eu sentiria — ela suspirou pesadamente. — Mas por que quer que eu faça isso? Por que não o Stiles?

— Stiles com uma arma? — soltei uma risada. — É uma arma de fogo, não um taco de baseball. Eu acho que ele nem mesmo conseguiria segurar uma.

— Está sendo maldosa — minha irmã observou.

— Não estou. Eu amo o Stiles do fundo do meu coração, mas nunca confiaria nele com uma arma — fui sincera. — E eu ensinei você a atirar, então tenho certeza que você vai acertar uns bons tiros.

— Obrigado pela confiança — ela se obrigou a rir.

— De nada — fiz uma pose ridícula. — De qualquer modo, acho que Stiles não gostaria de me ajudar nessa.

— E por que não? — ela me olhou sem entender. — Ele é seu namorado e fala sério, ele se importa com você mais do que tudo desde sempre.

— É aí que está o problema. Ele sabe das minhas reais intenções e estamos evitando tocar nesse assunto — suspirei. — Eu não acho que ele iria querer ver meus olhos mudarem de amarelos dourados para azuis gélidos. Ele me ama demais para isso.

— Primeiro: Audrey não é uma inocente, então a cor dos seus olhos não mudariam — ela apontou. — Aliás, ela é uma alfa, então seus olhos na verdade ficariam vermelhos — me lembrou. — E segundo: eu também não iria querer ver minha irmãzinha se tornando uma assassina.

— Mas você entende que precisamos fazer isso — articulei.

— Eu entendo, mas você sabe que Stiles está certo, não sabe?

— Ah, por favor, Lydia — reclamei. — Sei que você é minha irmã, mas não precisava ser tão chata quanto eu.

— Não seja boba — ela revirou os olhos e eu a abracei forte. — Eu amo você, sua boba.

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