Capítulo Vinte e Dois

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— Vou ligar para Anne então. Me passa o número dela - peço olhando para minha irmã, que sorri.

— Se ela não permitir sua visita, leva flores para ela. É um truque infalível.

Sorrio com o conselho dele e pego meu celular logo em seguida, pronto para ouvir sua voz mais uma vez.

Me escoro na bancada da cozinha com um copo de água em mãos enquanto Sam e Rosalie estão na sala vendo Dora

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Me escoro na bancada da cozinha com um copo de água em mãos enquanto Sam e Rosalie estão na sala vendo Dora.  Quando falo que ele está fazendo tudo que ela quer, não estou brincando.

Meu celular toca e vejo que é um número desconhecido. Atendo e praguejo ao ouvir a voz dele.

Ligação on

Oi, sou eu, o Carlos... Eu queria sair com a Rosalie e a Nádia, tem como?

Não.

Por...

Ligação off

— Quem era?  - Sam pergunta ao entrar na cozinha com a Rosalie no colo.

— O querido Carlos. Você pode banhar ela pra mim, enquanto eu termino aqui?

— Claro. Vamos banhar suginha.

Sam da um beijo no pescoço dela, que gargalha. Desvio minha atenção para meu celular novamente e suspiro, tendo plena noção de que agi como uma criança ao desligar na cara dele.

Faço a calda de chocolate para colocar no bolo e quando termino, vou para sala, onde encontro o Sam todo molhado enquanto Rosalie brinca com um urso em cima do sofá, sob supervisão do tio.

— Fica com ela, vou trocar de roupa e já venho.

Me sento ao seu lado e ela logo nota o celular em minha mão, o que faz com que ela tente pegá-lo instintivamente.

Ouço a campainha tocar, coloco Rosalie no chão e ao abrir a porta, vejo Carlos Nádia e Ruan.

— O que você quer? - pergunto encarando o Carlos, que sorri e me estende um buquê de rosas vermelhas.

— Comprei para você, espero que goste.

Pego o buquê e coloco o mesmo em cima do sofá, voltando a olhar para ele olho em seguida.

— Você ainda não me respondeu, o que você quer aqui?

— Sair com minha filha. - diz, calmamente.

— Mais é claro que não - respondo fechando a porta logo em seguida.

— Quem estava tocando a campainha? - Sam pergunta caminhando em minha direção.

— Foi engano.

— Não foi engano nada!  Para de fazer isso e me deixa entrar e falar com minha filha - Carlos fala do outro lado da porta, parecendo irritado.

— Ela não é sua filha! - respondo irritada e antes que eu consiga detê-lo, Sam abre a porta e o encara.

— Qual parte do fica longe delas, você não entendeu? Será que os dois murros não foram o suficiente?

— Não se mete, quero falar com a Anne e não com você.

Me viro, caminho até Rosalie e a pego no colo, entregando-a ao Sam.

— Filha, vai lá pra cozinha com seu tio. A mamãe já vai.

Espero eles se afastarem e encaro a Carlos, que arqueia sua sobrancelha.

— Ruan, vamos indo. Eles precisam conversar.

— Eu serei clara e direta, Carlos. Não quero você perto dela, até porque você não é o pai dela. Eu não vou permitir que você prometa o mundo à minha filha, que você crie esperanças e depois suma da vida dela. Ela não merece e não vai sofrer como eu sofri.

Foi Apenas Uma ApostaWhere stories live. Discover now