Bônus

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Em revisão... 


Cairon

- Achei mesmo que não aceitaria ficar aqui. Está sempre com o nariz empinado achando-se melhor do que todo mundo.

- Impressão sua. Sou uma pessoa muito simples. – Mesmo irritado com a ousadia do homem, tentei manter a postura.

- Simples? Com dez homens da policia federal em minha porta.

- Cinco. – O corrigi. - Por isso não temos muita amizade. - Sentei-me no sofá de frente a ele. - Não são todas as pessoas que têm paciência para aturar isso. E se for interferir em sua rotina familiar, ficarei feliz em pegar minha família e ficar em um hotel como era nosso combinado.

- Me desculpe. Eu não quis ofender. É só que... Nós estamos acostumados com segurança, só que entenda que temos muitos adolescentes em casa e os homens estão todos armados, isso...

- Isso não vai dar certo realmente. Não devíamos ter vindo. - Onde eu estava com a cabeça? – Fiquei de pé. - Meus vizinhos demoraram a se acostumar com nossa rotina. Comecei a caminhar para a porta, ciente que ele me seguia com o olhar. - Se me mostrar onde minha esposa se encontra deixaremos de incomodá-los em poucos minutos.- Não era uma simples ameaça, era minha oportunidade de ter minha liberdade de volta. Longe do olhar curioso daquela gente.

Abri a porta não dando tempo para que ele dissesse nada. Eu até podia dispensar os homens, mas não sabia qual era a intenção dele ao sugerir isso. Primeiro insinuara que eu me achava melhor que os outros, o que era uma calúnia e agora isso. Ele achava que hospedar um Juiz federal em sua casa, seria assim tão fácil? Eu os tinha poupado de um bocado de constrangimento. Quando o tenente veio dizer-me sobre fazerem um reconhecimento no local, para ver se oferecia algum perigo. Agi de boa fé e confiei minha família ao desconhecido dispensando o procedimento. E agora ele vinha com tão grande despautério.

Avistei um garoto que devia ser da idade do Benjamin e perguntei pela Angélica. Ele me levou até a anfitriã, a que vinha descendo as escadas.

- Até que enfim o Hansi o liberou.

- Queria pedir desculpas pelo transtorno e se não for muito incomodo e puder me levar até a Liara, poderemos nos dirigir até um hotel ainda antes do horário do almoço.

- Aconteceu algo Cairon? O Hansi fez ou disse algo importuno? Porque se fez...

- Não. É que... Ele tem razão. Essa movimentação de agentes não é um ambiente saudável para adolescentes. Minha própria filha reclama direto. Só tenho é que pedir desculpas por não ter pensado nisso antes.

- Cairon. Não tem que pedir desculpas. Está tudo bem. Por que não sobe e descansa um pouco até o horário do almoço. Assim estarão de cabeça mais fria e...

- Angélica... – Tentei mostrar a ela que era o melhor a se fazer. Ao menos para mim.

- Cairon, por favor. Nos dê uma chance. - Minha cabeça começava a doer, eu começava a ficar sufocado. Queria sair daquela casa o mais rápido possível. Mas aquela mulher tinha uma forma de cativar a gente. Ela sorriu e pediu que eu a acompanhasse. Eu fui. Deu-me um comprimido. Que loucura. Tomando remédio em um lugar que eu mal conhecia, e de pessoas que mal conhecia. Mas meus homens estavam lá de fora caso algo desse errado. Tudo isso poderia ser um plano para... Ah... Paciência. Estava paranoico.

Ela me levou até o quarto e até e agora o jeito era confiar. Olhei na cama e a Li, já estava dormindo... Meu Deus o que foi que eu fiz? A mulher havia dopado minha esposa e agora era minha vez. Meus olhos pesavam. E eu mal custei a chegar na maldita cama. Ouvi uma voz bem longe. Forcei e discriminei que o som vinha de baixo. Era a voz da Valentina. Meus filhos... Valentina. Benjamin... De repente todos sumiram. Tudo se calou. 

Chegaste ao fim dos capítulos publicados.

⏰ Última atualização: May 29, 2017 ⏰

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A Esposa do Juiz - RepostagemOnde as histórias ganham vida. Descobre agora