— Eu vou — me ofereci, me colocando de pé.

— Vou com você — ela disse, também se colocando de pé — Quais são as chances de isso acontecer? — perguntou, enquanto caminhávamos até nosso filho e sua nova amiga.

— Se refere ao fato de termos no conhecido aqui e termos ido naquele mesmo brinquedo e minhas mães nos ajudarem? — questionei, o sorriso divertido dançando em meus lábios.

— Uma boa memória para 33 anos — me provocou, mas eu apenas ri, já que já estávamos perto o suficiente para nosso filho vir correndo em nossa direção, se jogando contra minhas pernas.

— Mama! Mama! Ajuda eu?

Não evitei o sorriso largo que rasgava meu rosto. Era sempre uma sensação de amor sem limites quando eu via meu filho me chamando. Usando a doce vozinha que ele possuía. Os olhos mais puxados para os meus. O nariz de Lauren, e a mesma pele branca dela. Mas não dava para negar, ele era uma mini cópia masculina minha.

— Claro, buddy, não vai me apresentar sua amiguinha? — perguntei com o sorriso ainda no rosto, me abaixando para ficar na altura dos dois.

— Essa é a Mama, e essa é a Harper — Dimitre disse, apontando para nós, eu sorri para a garotinha loira que sorriu de volta para mim, acenando — E aquela é a Mommy — Ele apontou para Lauren, que fez o mesmo que eu.

— Muito prazer, Harper — falei, carinhosamente — Querem brincar na gangorra então!? — perguntei animada, rindo ao ver os dois gritarem sim — Certo então, que tal se você se sentar ali no que já está abaixado e eu coloco Dimi no de cima? E ajudo vocês a brincarem?

Harper correu e já se sentou, e eu peguei meu filho no colo que deu um grito animado quando o coloquei sentado no alto. Vi minha esposa se aproximar do lado onde Harper estava, para fazer a força que mexeria a gangorra daquele lado. Empurrei meu lado, sorrindo pelo gritinho animado da garota ao ficar por cima. Para em seguida Lauren abaixar aquele lado, fazendo dessa vez com que Dimitre ficasse em cima.

Ficamos nisso pelo tempo que os dois quiseram, o que não foi muito.

— Isso também te deu um sentimento de nostalgia? — Lauren perguntou, quando os dois correram para outro brinquedo.

— Ah sim, mas eu acho que brincamos mais naquele dia, do que eles — falei, sorrindo para minha esposa, a abraçando de lado.

— Só espero que dessa vez a sorte esteja a nosso favor, e essa garota fofa não tenha pais preconceituosos — Lauren suspirou pesado, deitando a cabeça em meu ombro e eu olhei ao redor, vendo um casal se aproximar de onde meu filho e a garotinha estavam, essa que se jogou no colo de um deles.

— Acho que não irá de ter que se preocupar com isso — comentei, rindo, a vendo olhar para o mesmo local que eu — Ela tem dois pais.

— E aparentemente um irmão — Lauren riu, quando outro garotinho loiro abraçou a menina, eles se pareciam — Eles formam uma família bonita — Lauren comentou e eu a olhei.

— Não mais que a nossa — sussurrei, vendo seu sorriso quase tímido em minha direção.

Não me aguentei, selando nossos lábios devagar, e não muito demorado. Me afastei no momento que senti o celular vibrando em meu bolso. O tirei de lá, vendo o alarme que me avisava que eu devia voltar ao hospital.

— Eu tenho que ir — fiz uma careta, que Lauren imitou — Eu prometo que chego antes da sobremesa na casa dos seus pais — garanti.

— Tudo bem, é melhor eu ir também, responder alguns e-mails da editora que evito há alguns dias — rolou os olhos, um pouco impaciente, quase irritada, e olhos de volta para onde nosso filho estava — Dimitre! Vamos filho!

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