22. DEZ DIAS ANTES - PARTE 2

7.9K 799 177
                                    

NICOLETTI

Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.

NICOLETTI

Sem dizer mais nenhuma palavra, Pietro entrou no quarto batendo a porta atrás de si sem delicadeza alguma e ficou por um longo tempo me encarando da porta

Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.

Sem dizer mais nenhuma palavra, Pietro entrou no quarto batendo a porta atrás de si sem delicadeza alguma e ficou por um longo tempo me encarando da porta.

Sem pressa, caminhou para o outro lado do quarto pegou uma cadeira velha de madeira e pôs ao lado da minha antiga cama de frente comigo. Sentou-se colocando os pés em cima da cama e cruzou os braços, fechando ainda mais a cara — se é que era possível.

— Você não vai dizer nada ao papai? — sua voz grossa e carregada de maldade e ironia fez eco pelo o quarto pouco iluminado, fazendo com que meus pêlos ficassem todo eriçados. — Papai não merece nenhum beijinho ou um abraço?

Não respondo, tampouco o encaro.

— Responde, filha ingrata! — berra, inclinando seu corpo para frente. Se olhar matasse, certamente estaria morte nesse exato momento.

Apesar de me encolher levemente pelo o medo e pelo o tom duro e frio de sua voz, corajosa, inclino o queixo para cima — da maneira que as meninas me ensinaram a fazer para enfrentar as pessoas, mostrando segurança, embora eu não a tenho —, olhando-o com indiferença, respondo, com todo o ressentimento guardado que sinto dele a anos.

— V-você quer que eu diga o que? — ainda que minha voz vacila por um segundo, soa bem confiante. — O senhor me mandou embora, exigiu que eu nunca mais voltasse para a sua casa e assim o fiz.

Ele joga a cabeça para trás e solta uma gargalhada alta, seca e sem humor, que chaga me causar calafrios, entretanto, não deixo de observa-lo.

— Eu te mandei embora outras vezes e, se bem me lembro, pedi que nunca mais voltasse, mas você sempre voltava, não é?

— Só porque eu não tinha outra opção. Ou era vir para cá ou era acabar como a...

Hesito no momento em que a lembrança do corpo pálido e sem vida de Francisca invade minha mente, me obrigando a engolir em seco. Ao que parece, Pietro toma consentimento de meus pensamentos e sorri igual a um psicopata.

Obsession -  Livro 1 [REVISANDO]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora