morte nos teus

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gente please corrijam se virem um errinho pq tava tão frustrada com essa BOSTA que nem reli me desculpa :///

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O céu se reconstruiu, esquecendo de sua anterior agitação. As luzes, que depois de quase uma hora esmaeceram, foram substituídas por eternidade azul escura e agora, ocasionais estrelas observavam em seu pálido brilho, que parecia patético se comparado ao que se haviam antes presenciado.

A respiração seca e fina preenchia o ar embaixo da palmeira. Soava rala e vazia, rispidamente cortando o ambiente. A noite estava fria, e o cheiro típico de grama á noite espiralava. Yoongi se levantou de um pulo, espreguiçando-se.

— Deveríamos ir. Não queremos perder o jantar, queremos?

Jimin não tinha certeza se a fala dele teve qualquer impacto, mas o três concordaram por pura falta de disposição. Então, foram puxados para o ar e rodopiaram na escuridão até que novamente, se encontraram flutuando. Nuvens iluminadas de prateado nadavam no cosmo e de resto, apenas a cor de carvão.

Jimin não se lembrava de nada a partir desse momento, tendo sido guiado até um torpor indiferente, livre de sonhos ou inconveniências. Deitado em sua cama macia, com raios de sol adentrando pelas janelas, ele apenas lembrava de calor em pontos estratégicos que talvez indicassem que alguém o levou no colo até ali. Então, ouviu três toques simples ressoarem na sua porta. Ainda semi adormecido, se limitou a um grunhido, esperando que a pessoa do lado de fora entendesse que podia entrar.

A porta foi aberta e um amontoado de cabelos escuros e roupas claras entrou, com um sorriso fechado estampado em sua expressão.

— Boa tarde — Yoongi disse, parecendo cansado, as bolsas embaixo de seus olhos mais escuras do que nunca. — Sua mãe está chamando. — ele soava seco e com um giro rápido dos calcanhares, se encaminhou para a porta. — Se vista. Rápido. Estarei esperando aqui fora.

Jimin revirou os olhos, mas obedeceu, correndo para trás de seu biombo e se vestindo. Em passos leves, saiu do quarto. O deus estava lá fora como prometido, os braços cruzados em frente ao peito e as pernas para frente. Faíscas de raios trovoavam em seus olhos, que haviam assumido um tom estranho de azul escuro. Estes estranhos olhos se dirigiram a aparição de Narciso, que em sua própria existência cor de rosa, criava o mais óbvio e literal contraste. Então, os dois começaram a andar pelo castelo. Estavam em um dos andares superiores quando o silêncio teve que ser interrompido, fosse por vontade humana ou destino celestial.

— Ei! — Jimin franziu a testa, parando no meio do corredor. — Estás bem?

O deus não se preocupou em olhar para ele. Se pode ouvir apenas uma risada seca e um murmuro que parecia assustadoramente com "por quê você se importa".

— Não tens o direito de adentrar o meu quarto com o nariz levantado às estrelas, trovões nos olhos e morte na postura, remexer todos meus pensamentos ontem a noite e agora, me perguntar por que me importo! Por que você, se importa comigo? Se é que...

Mãos pálidas reviravam o tecido da roupa de Jimin. Ele sentiu seu corpo girar e adentrar um pequeno armário em velocidade sobrenatural. Os olhos de Yoongi brilhavam agora com luz literal, cintilante raivosamente.

— Desde o primeiro segundo que te vi você tem sido um tormento — sua voz era um grito sussurrando, cuspe de veneno reprimido. A cada sílaba, Yoongi parecia sentir uma faça ser enfiada em seu peito, o esforço aparente nas veias saltadas de seu pescoço pálido — Por que insiste em ser assim? Andando como uma pétala. O jeito que sorri como se fosse pra mim. A bosta do jeito que fala, como uma serpente me seduzindo. E eu te desejo de jeitos vivos demais para um deus morto, e sentimentos que se formaram rápido demais para alguém sensato brilham em mim. E você — as palavras pareciam doer mais — Você...

Ele não terminou sua frase. Trovões se chocaram com a primavera, mãos longas se enterrando nos cabelos rosa. Era estúpido, e os dois sabiam. Mal se conheciam. Careciam de qualquer contato que bastasse para um sentimento real. Mas era estupidamente bom. O jeito que seus lábios lutavam por espaço e controle e como as feras presas em sua calma — fosse ela arrogante ou mórbida — eram liberadas, rasgando suas máscaras. Se alguém visse de fora, era só um beijo exagerado. Mas era muito muito mais.

E era carnal, como sabido das duas partes. Não era amor, não ainda. Nem poderia ser. O desejo de se manter naquela luta era desejo salgado e turbulento, era o som de tempestade, luz rasgando o céu.

— Meus lábios suplicam pela morte nos teus — Jimin sussurrou ao pé do ouvido de Yoongi, quando, em busca de ar, o semideus se afastou — E oh, sabeis como minha arrogância mortal suplica pela sua frieza eterna. Seus braços são prisão, mas a desejo. Então fiques livre de suas preocupações, pois são privilégio de vocês deuses, que tem tempo de se preocupar. Sejas inconsequente, só por estes segundos.

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CARALHO QUE MEEEERDAAAAAAAAAAA

me exaltei, estou destruindo minha imagem profissionalzinha

NARCISO | MYG + PJMOnde as histórias ganham vida. Descobre agora