13. MANHÃ SEGUINTE

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Se você disse nenhuma, está certa. Ou pelo menos eu acho que esteja!

Bom... De qualquer forma, não vai ser um sonho besta que vai acabar com o meu bom humor, até mesmo porque eu tenho coisas melhores para me preocupar. Por exemplo, agora que eu já estou acordada, será que me levanto e faço um café da manhã bem reforçado para nós dois repôr toda a energia gasta ontem? Ou eu continuo deitada confortavelmente nos braços de Travis até que ele acorde? E quando ele acordar, devo agir normalmente ou deixar que a tímidez me guie?

Seja apenas você mesma.

Ok! Ser apenas eu mesma, então isso quer dizer agir igual idiota, enrubescendo por qualquer coisa dita? Às vezes isso é um saco, eu queria ser sempre a Nicoletti confiante, desafiadora, corajosa e sexy de ontem a noite!

A contragosto tento me desvencilhar dos braços de Travis para ir ao banheiro, portanto, assim que me sento na cama para procurar alguma roupa que cubra minha nudez, acabo soltando um gemido sem querer por causa da sensibilidade, lá. E tão rápido como um rato em fuga, Travis acendeu a luminária do seu lado e sentou-se na cama num pulo, fazendo-me voltar a deitar ao mesmo tempo que me enchia de perguntas.

— O que houve, mon amour? Você está bem? Está com dor? Está machucada de ontem? Espera eu vou ligar para o Dr. Morrice... — se não fosse pelo seu tom de voz desesperado e preocupado comigo, eu até acharia engraçado toda essa situação, porém, algo tinha que ser feito antes que toda a minha intimidade fosse dita para um completo estranho e eu acabasse morrendo de vergonha.

Segurando firmemente em seus braços, eu o impedi de pegar o celular — seja lá onde ele estiver — para realizar a ligação e fiz com que ele prestasse atenção em mim.

— Está tudo bem! É perfeitamente normal sentir uma irritabilidade, dorzinha ou até mesmo uma ardência após a... primeira vez, pelo menos é o que diz na internet — em segundos, sinto todo meu rosto ficar vermelho. Não queria que ele me achasse uma tosca por pesquisar sobre sexo na internet, e não era sempre que eu fazia isso, só em ocasiões que Aimee ou Helouise falavam sobre atos sexuais comigo e, quando eu ficava em dúvidas sobre algo, pesquisa pela simples razão de ter vergonha de perguntar.

— Tem certeza que não foi eu quem te machucou, mon cher? Por favor, seja sincera, não tenha medo de meter a mão na minha fuça — alega, sentando-se ao meu lado, sem dar conta de sua nudez e de seu membro ereto, apontando para cima.

Devo ter ficado observando o pau de Travis por muito tempo, enquanto me perguntava como aquilo tudo coube dentro de mim, pois, assim que me dei conta, rapidamente desviei o olhar para o rosto de Travis que tinha um sorriso malicioso nos lábios e parecia querer me devorar a qualquer momento, só não sei porque ainda não fez.

Sentindo o rosto esquentar, respondo sua pergunta em um murmúrio:

— Estou sendo sincera! Está tudo bem, não se preocupe, mon chéri.

Ele assentiu, observando-me por alguns minutos em silêncio, então, virou-se para a janela com as cortinas fechadas e, logo em seguida, abriu a gaveta do criado mudo tirando seu celular de lá de dentro, apertou o botão ao lado e checou o horário.

Cinco e vinte da manhã.

— Por que acordou tão cedo?

— Estava apertada para ir ao banheiro, na verdade ainda estou — fiz uma careta, lembrando-me que minha bexiga precisava urgentemente ser esvaziada antes que ela explodisse. — e eu... F-ficaria... chateado se eu disse que tive um sonho ruim?

Sorrindo docemente para mim, ele me responde:

— E por quê ficaria?

Dei de ombro, me sentindo uma tola por ter tido um sonho horroroso depois da noite extraordinário de ontem, ao invés de um sonho quente iguais ao das outras vezes.

Obsession -  Livro 1 [REVISANDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora