Ice heart - Jikook

° Six °

Por fim leu a mensagem, que indicava ser de sua mãe.

"Olá querido, tudo bem?! As coisas estão dando muito bem para mim e para seu pai aqui, sobre isso que vim falar. Resolvemos expandir nossa empresa pra cá, mas precisa de pessoas para administrar, com isso, decidimos passar a morar aqui, já encaminhamos as papeladas para que você possa morar sozinho, mas você é um rapaz responsável tenho certeza que vai conseguir viver muito bem. Amamos você, e iremos lhe visitar nas férias, se possível"

Após ler isso, Jungkook não acreditava no que lia. Eles estavam mesmo fazendo isso? Iam mesmo abandoná-lo dessa forma?

— "Amamos você" — Repetiu a frase de forma sarcástica e meio quebrada pela sua voz de choro. — Amam uma ova...

Não conseguiu controlar sua raiva e jogou seu celular longe, nem se importou aonde ele caiu. Apenas andou com passos rápidos para algum lugar que nem mesmo ele sabia onde era. Já não conseguia controlar as lágrimas que se acumulavam em seus olhos.

— Jungkook! — Escutou seu nome ser chamado, mas já sabia quem era, o maldito garoto. — Espera, aonde vai? ela trouxe os biscoitos para comermos, sei que você não gosta muito de mim, mas deveria pro... Você está chorando? — Perguntou se aproximando preocupado.

— Me... deixa em paz. — Falou soluçando. Cobrindo seu rosto com sua mão, era humilhante alguém lhe ver chorando, por isso nunca chorou na frente de ninguém, mas dessa vez não estava conseguindo segurar. Sentiu dois bracinhos circularem sua cintura e alguém lhe abraçar. — Me solta. — Tentou usar uma voz autoritária mas saiu um pouco falha. — Eu falei pra me soltar... — Mandou e tentou sair dos braços do outro, mas ele apenas o apertou mais.

Tentou resistir no começo mas acabou cedendo aos poucos e se deixou ser abraçado por ele. Devagar, acabou até retribuindo o ato, deitou sua cabeça no ombro do menor e chorou, chorou tudo que tinha para chorar. De certa forma aquilo era reconfortante, acolhedor. O outro acariciava suas costas, sentiu um carinho que a tempos não sentia.

— Por que... Você é assim... — Murmurou ainda no ombro do outro.

— Hun?

— Por que mesmo de pois d'eu ter te tratado mal, você continua agindo dessa forma comigo? — Fungou.

— Porque eu... — Pareceu meio receoso. Mas então despejou. — Porque eu gosto de você.