Flashes

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Já estava no meu segundo copo. Desejava me livrar do nervosismo. Diante dos meus pais eu sempre fui "certinha e mimada", mas agora, eu queria ser responsável por mim mesma, ter controle dos meus horários, do que eu bebo...

O salão estava lotado de estudantes. Não era dos melhores, aliás até a minha bolsa custava mais que aquela decoração barata.

Percebi olhares curiosos quando eu e minha amiga chegamos. A maioria para mim, claro.

Da minha turma tinham poucas pessoas, inclusive o Júnior, Perla e as meninas de batom igual estavam lá.

Fiquei sentada no balcão das bebidas enquanto um show rolava num palco improvisado, no fundo do salão. Estava escuro e não pude ver a banda com clareza, mas bem na hora em que um solo de guitarra começou a tocar, um garoto com uma garrafa na mão, veio e sentou do meu lado. E não mais que isso, puxou conversa.

- Oi.

- Oi. - Respondi não dando muita importância.

Peguei a garrafa na minha frente e enchi o terceiro copo e fiquei olhando o líquido alcoólico.

- Você está bem? - Ele insiste.

- O que você acha? - Disse desviando meu olhar para ele e me deparando com o rosto masculino mais perfeito da faculdade. Era difícil não lembrar dele porque Yara ficava me cutucando toda vez que o bonitão passava por nós. Se não me engano, seu nome era Alexander e era da turma veterana de Artes Audiovisuais.

Alexander sorriu lindamente e disse:

- Acho que está linda.

Senti minhas bochechas formigando e dei um gole de minha bebida.

- Olha. - Ele pôs a garrafa no balcão. - Vamos beber juntos, gosta de vodca?

Olhei para a garrafa e não recusei.

- A que se deve esse brinde? - Perguntei curiosa.

Ele acariciou minha mão e disse:

- Digamos que, encontrei o que queria.

Alexander não me deu tempo de pensar e lançou um beijo asfixiado, com sabor de menta e vodca.

Dizer que estava totalmente atraída por ele não era exagero e começamos a beber juntos.

Enquanto Yara não aparecia, Alexander foi uma ótima companhia, entre beijos e curtição à música alta.

A garrafa já estava quase vazia e totalmente fora de mim, acompanhei ele que não parava de me beijar.

- Onde vamos?... - Balbuciei.

- Ao paraíso... - Ele disse e soltou uma risada abafada.

Não lembro direito o que estava acontecendo, só percebi a gravidade quando tudo ficou escuro e senti mãos pelo meu corpo.

-O que... Alex...? - Não conseguia nem pensar direito.

- Shiiiih. Sou eu princesa... - Ele disse mais arrastado do que nunca.

Antes que eu pudesse fazer qualquer coisa, um grande estrondo rompeu e minhas vistas doeram.

- O que... - Tentei finalizar a pergunta, mas foram mais rápidos que nós.

Uma luz muito forte rompeu a cena em que eu me encontrava com Alexander.

- Olha quem está aqui! - Uma voz feminina ecoou e uma multidão ria e falava alto.

Eu não enxerguei nada, paralisei na hora e percebi que Alexander já havia saído de perto de mim. Tentei me levantar e ouvi piadinhas e vozes por todos os lados, foi aí que caí no chão e as gargalhadas rasgaram todas as atenções. Me dei conta de que eu estava sendo motivo de chacota e comecei a chorar descontroladamente.

- Mas é mimadinha mesmo! Vai chorar, é? - A voz feminina continuou me atacando até que desviando da luz, vi que era Perla falando.

Foi quando uns garotos se aproximaram de mim, que ouvi outra voz conhecida dizer:

- Saiam! Ela não fez nada para vocês!

Alguém me pegou pelo braço e me carregou. Depois disso, não lembro de mais nada. Apenas apaguei.

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Quarta não é dia de maldade, mas que o babado é forte, ah se é!
Por essa Késia não esperava!
Desculpem pelo capítulo curtinho, mas tenho que manter o suspense ~~

Beijos! Até sábado!

Minhas Viagens AventureirasWhere stories live. Discover now