O Que Está Havendo?

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Antes de iniciarmos este capítulo, gostaria de dedicá- lo a todas as amigas que estão ao nosso lado até quando a gente se ferra. E a nossa querida Keh está se superando nisso. Vocês vão ver. Comemorem esse primeiro mês que estamos juntos! Continuem me dando aquela forcinha otimista aqui no Wattpad, hein?
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Seis horas da manhã. Alarme tocando e eu parecendo uma bosta largada na cama. Ontem quando cheguei em casa, passei pela sala quase despercebida. Isso porque minha mãe me viu e perguntou como foi meu dia.

- Mãe, isso é uma looonga história. Amanhã eu conto porque hoje estou morrendo de cansada, ok?

Não se dando por vencida, ela ainda disse:

- Tá bom filha, mas amanhã você vai fazer seu café sozinha. Vou sair e a empregada tem folga.

Ótimo. Plena segunda-feira, e eu virando cozinheira.

-Tá mãe - respondi naquele tom de zumbi que só nós, adolescentes, fazemos e subi para meu reino da preguiça.

E agora, cá estou eu, esta pobre criatura desprovida de dons culinários.

Continuando, me levantei da cama, e a primeira coisa que fiz, foi tomar um belo banho, depois escovar os dentes, vestir uma roupa e passar a chapa nas madeixas. Óbvio não podia faltar uma make básica e vestir o uniforme. Bem, o meu é personalizado por mim mesma, porque na realidade, é muito sem graça.

Olhei o relógio e já era seis e vinte. My god. Desci para a cozinha.

Olhava para a cafeteira e ela me encarava. Peguei o filtro de papel, o coador e enchi de pó de café. Esperei que a água fervesse e joguei no coador. O que eu não sabia, era que colocar muito café e pouca água resultavamos em um café hiper mega power amargo. Urgh! Não tinha açúcar que resolvesse a parada. Tava sinistro mesmo. Joguei tudo no ralo.

Peguei pão pullman com presunto, fiz o lanche, comi rapidamente e escovei os dentes novamente (não é mania, só higiene).

Consegui chegar na escola a tempo. O que não entendi foi Susan ter faltado aquele dia. Até poderia mandar mensagem para ela, mas da última vez, fui advertida. Minha escola é criteriosa nessas leis sem noção.

Foi muito extenso o dia sem ela na escola. Depressivo.
As companhias que tive foram as gêmeas Luiza e Laisa, que cai entre nós, tagarelavam mais que um alto-falante de caminhão de melancia.

Já estava ficando sem paciência até que alguém chamou meu nome. Olhei para trás e vi Kaue apontando para mim. "Ah, era ele (não boba, tá achando que era quem, o príncipe encantado?). "

Me levantei do banco do refeitório e avisei á Luiza que iria ali rápido e já voltava (mentira, não ia voltar) .

Kaue estava pálido, meio nervoso. Ficamos ao lado do mural, e ele disse:

- Estou preocupado Késia. Você sabe alguma coisa?

Espera, do que ele está falando?

-Eh, o que foi? Não estou entendendo... Do que você está falando?

Sabe quando você não entende nada?

Ele me encarou um pouco e jogou a cabeça pra trás.

- Você ainda não sabe o que aconteceu, né?

Fiz uma expressão negativa e interrogativa ao mesmo tempo.
Ele tentou explicar:

- Fiquei sabendo pelo zelador do prédio da Susan, que ontem ela não voltou para casa.

- O que houve com ela?! - Já entrei em desespero.

- Não sei ainda - ele disse de cabeça baixa -por isso vim te perguntar.

Eu até queria tocar no assunto de que ele afirmou estar buscando informações dela, mas preferi não fazê-lo. A prioridade agora, eram notícias dela.

- Obrigada por me avisar. Qualquer coisa eu te mando mensagem.

Ele assentiu, e fui para o banheiro. Imagina que eu iria voltar pro refeitório. Entrei numa das "cabines de necessidades" e saquei meu celular do bolso. Enviei mensagens pra Su, e nada dela me responder. "Onde ela está, meu Deus?" Eu pensava a todo momento.

Divagando nas lembranças do dia anterior, resolvi que iria procurar por ela, mas antes liguei para Cloe (mãe dela).

Celular chamando...

- Alô? - Perguntei.

- Oi? Quem está falando? - Essa era Cloe ao telefone.

- Sou eu, Késia. Gostaria de saber se Susan está bem, porque ela n...

- Ela está bem sim! Não foi pra escola porque se atrasou - e foi com essa resposta que ela me cortou.

- Ok. Obrigada por me avisar, até mais, beijos - eu disse toda educada, e ela apenas desligou, sem dizer mais nada.

Terminada a ligação, fiquei ainda mais preocupada, porque agora o problema era saber o que realmente estava acontecendo.

Claro que aquela história mixuruca de que a filha dela se atrasou era uma verdadeira merda. Ora, eu não nasci ontem! Tinha podre nisso, ah se tinha. Já conheço dona Cloe há seis anos, e ela mente muito mal.

Saindo do banheiro, que aliás estava mal-cheiroso, guardei meu celular e fui para a sala de aula.

Supliquei em meus pensamentos que aquele dia passasse rápido, até porque estava com uma baita dor de cabeça. Os professores não paravam de falar, e os alunos de bagunçar, como sempre.

O sinal bateu, e aquele alvoroço de manadas de adolescentes correndo para a liberdade começou a sair pelos portões. Eu, apesar de querer ir logo embora, recolhi minhas coisas sem pressa alguma e andei normalmente. Como era de se esperar, ainda por causa do castigo, fui a pé para casa. Tudo bem que eram três quadras da minha casa, mas eu odiava gastar o solado dos meus All Stars preferidos. É, eu sei. Sei que é estranho alguém que tem dinheiro pra comprar quantos quiser, ficar se apegando a um relis tênis. Mas tenho minhas manias (escovar os dentes, ainda é só higiene, ok?).

Andei vagarosamente, ouvindo minha música favorita em meus fones de tigresa. Pensei em ligar para minha amiga, mas com certeza a mãe dela estava com seu celular.

Então comecei a arquitetar um plano. Bem, eu acho que é um plano. Pelo jeito, dona Cloe não me deixaria entrar para falar com Susan, então eu precisaria de cúmplices. Mas quem seriam?

Rapidamente duas pessoas me vieram a cabeça. Agora era só entrar em ação.

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