Capítulo Vinte e Nove

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Se precisarem, releiam, mas jamais deixem cair em esquecimento o amor e a gratidão que tenho por cada um de vocês!

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– O que você... Como? – Louis gaguejou, extasiado, apontando para a janela enquanto tentava entender como ela havia conseguido passar pela segurança da mansão de Styles. Ainda que não tirasse seu olhar do dela, mantendo-se atento a qualquer possível movimento.

– Não pense em gritar ou chamar por ajuda – Alexia disse logo de cara como se previsse o que estava por vir, deixando aparente a arma que segurava em uma de suas mãos. Louis concordou contragosto. – Bom, primeiro de tudo – ela riu sarcasticamente, deixando sua frase entreaberta antes de continuar – voce é patético, Louis. Sério.

– Oh, então finalmente vejo que temos algo em comum – respondeu o garoto, amargo, sentindo a raiva vibrar e incendiar por dentro.

– Hum, não acha que está abusado de mais para que está sendo feito de refém? – Ela indagou, levantando-se e mantendo seu calibre apontado para que ele não tentasse nada. – Não aprendeu nada com o Styles nesse tempo? Porque eu aprendi muito. Inclusive em como ele é sensacional na cama.

A respiração de Tomlinson se tornou pesada e controlada ao ouvi-la citar Harry daquela forma, era quase como se pudesse realmente sentir o gostinho amargo daquele passado maldito. Ela, por outro lado, sorriu satisfeita assim que percebeu o efeito de catástrofe que estava causando ao tocar naquele assunto delicado, de uma lembrança que particularmente guardava muito bem.

– Onde eu estava? Oh, é mesmo. No fato de ser patético – continuou a ruiva, girando em volta de Louis dessa vez enquanto pressionava-o com o calibre em sua cabeça. E embora devesse estar com muito medo, o único sentimento que o possuía de fato, era o de raiva, que emanava por seus poros como se fosse explodir. Em silêncio jurava que poderia acabar com a raça dela, se não estivesse em situações inferiores e, portanto, mais delicadas. – Sabe o motivo de quase ter morrido, Loulou? Foi por minha culpa. E, na verdade você me fez um favor e tanto, porque eu estava prestes a cometer uma burrada.

– Filha da puta... – o garoto murmurou, rangendo os dentes assim que um flashback daquela noite o atingiu. Claro, não reconhecerá a silhueta em meio ao escuro. As proporções que antes não estavam se encaixando em sua cabeça, fizeram sentido quando notou que era devido ao fato de serem características femininas e não masculinas.

– Foi como matar dois coelhos em uma cajadada só – disse Alexia, convencida e sarcástica. Havia maldade e presunção em seu tom de voz, amargo, seguido sempre de um sorriso em escárnio. – Já pensou em como seria se não tivesse resistido aos ferimentos? O caminho finalmente estaria livre para que eu pudesse ficar com Styles. Algo que deveria ter acontecido com o tempo, se você não tivesse entrado no meu caminho.

– Harry nunca seria seu. Se toca, Alexia, você teve seu tempo para conquista-lo e nunca foi capaz disso – rebateu Louis, sem hesitar ou se deixar intimidar por ela, que pareceu ligeiramente surpresa através de sua sobrancelha arqueada.

– Jura, Louis? – Questionou em ironia. – Porque ele parecia muito satisfeito na época que penetrava somente em mim, de todas aquelas imundas que ocupavam o mesmo espaço que eu na boate.

– E me diz ao menos um privilégio, que recebeu por transar com ele nesse tempo? Me conta quando foi que ele te trouxe para dentro da casa dele, para que pudesse transar nessa cama de casal enorme aqui, onde por sinal eu durmo? – Louis sabia que havia pisado em seu calo, a partir do momento em que notou como sua respiração passou de confiante, para descompassada. Além disso, os ruivos de seu cabelo começaram mesclar com o vermelho novo de seu tom de pele, era quase como se ela estivesse borbulhando por dentro. – Hum? Oh, claro, isso nunca aconteceu com você.

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