Ghost [ChenMin]

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Entramos para o quarto e como já havíamos estado ali mais de uma vez, tínhamos tirados as teias e as aranhas não voltaram a refazê-las.

Ele me entregou a lanterna e guiei o foco junto aos seus movimentos.

-"Bem.. O colchão ainda presta."- disse sorrindo atirando longe o cobertor da cama deixando exposto o colchão.

-"Minseok vo-você quer que.. "

-"Olha Jongdae, eu também te desejo. Não pense que só  porque sou um fantasma que eu não tenho desejo sexual."

Fiquei chocado com aquela declaração super direta.

Nesse momento, ele chegou até mim e tirou a lanterna de minha mão e a colocou sobre um cômodo qualquer. Me aproximei da cama e toquei o colchão. Realmente parecia em bom estado.

-"Só espero que a madeira também esteja em bom estado viu" - ri - "Imagina se isso quebra com a gente."

Consegui arrancar riso dele também.

Minseok se aproximou e passou os braços envoltos do meu pescoço. Abracei sua cintura e nesse meio tempinho ele me fez ficar encurralado pela cama e me sento sendo seguido dele sobre meu colo. Seu sorriso sapeca era demasiado encantador. O quarto não estava tão escuro graças às lanternas.

-"Se a cama quebrar, do chão a gente não vai passar. Fique tranquilo". – sorriu e depositou o primeiro selar.

Ele sentou mais colado a mim e de forma estratégica sobre meu colo. Onde foi parar a inocência do meu fantasminha? Bem... kkk eu não sei, mas estou gostando. Apertei sua cintura em uma pegada direta. Ele mordeu canto do lábio seguido de um sorrisinho bem intencionado. Finalmente tomei seus lábios, num beijo inicialmente provocante tornando intenso a medida que iam se passando cada segundo, dando liberdade pra mãos bobas e movimentos instintivos do próprio corpo que nos dava um fogo interno e íntimo que sabemos muito bem que tipo de fogo é esse. Cesso o beijo.

-"Minnie, só pra você saber.. É a primeira vez que vou fazer isso."

-"Melhor assim. Então vou ser seu primeiro."- sorriu.

-"E último. Porque eu desejo só você Minseok."

Voltei ao que fazia. Por um momento, abandonei seus lábios e parti para seu pescoço recebendo apertos em meus braços ao momento que se arrepiou. Mesmo em sua condição de estado ele se encontrava sensível o que me deixou aliviado por saber que eu não iria o único a disfrutar do ato.

Puxei a camisa do dele pra fora do seu calção e adentrei minhas explorando parte de seu corpo diretamente. Separei beijo novamente, mas para tirar sua camisa e assim fiz com a ajuda dele e repetindo o mesmo para tirar a minha. Tiramos também os calçados e logo sem demora passei a atenção ao seu peitoral dando beijinhos e mordidinha em certos pontos.

-"Chen, e se o Baek aparecer?"- ele estava mesmo preocupado com isso.

-"Bem... aí vou ficar puto se ele atrapalhar e  vou bater nele." –ri e ele também.

O deiteie, por sobre ele, o olhei nos olhos por um instante. Sorri e fiz carinho em seurosto. Beijei seu maxilar e fui descendo e descendo até a altura de seu calçãoonde desabotoei e o tirei logo junto com o cuecão. Fiz o mesmo e foi aquela trocadupla de olhares. Ambos estávamos envergonhados, mas nada de vergonhafrustrante. Me posicionei sobre ele novamente e por entre suas pernas.

-"Minseok, quero que saiba que eu vou te ter agora não por prazer qualquer e sim porque te amo de verdade."

Recebi um lindo sorriso dele e fui puxado para si para um novo beijo e ali, continuamos o que havíamos começado. Ambos nos entregamos um ao outro com tudo que tínhamos. Minha falta de experiência definitivamente não foi obstáculo. Eu tinha Kim Minseok pra mim e ele me tinha ele. Chegamos ao ápice quase que ao mesmo tempo. Não quis deitar na cama porque mesmo recoberta tinha lá sua poeiras devido a ação do tempo sobre a espuma. Vesti minha boxer e minha calça e ele também vestiu o cuecãozinho dele e seu calção.

Me sentei numa das cadeiras com ele de ladinho em meu colo e se recostado em mim brincando com uma das minhas mãos enquanto lhe acariciava com outra.

-"Minseok, confesso que eu achei muito engraçado o seu esperma  fantasmagórico" - ri.

-"É." -riu também- "Mas pelo menos assim você não ficou sujo de porra."

-"Minnie que linguajar é esse?! Quem te ensinou isso?"

-"Oh Sehun."

-"Quando?"

-"Não lembro. Mas ele me disse que o que sai do pinto além de xixi é chamado de porra."

-"Me lembra pra eu bloquear essa criança dos seus contatos depois okay?"

-"Okay."- sorriu.

O abracei forte. E meu sorriso com certeza estava de orelha a orelha. Eu tinha passado da fase de só beijinhos para algo mais sério com o fantasma que me roubou todo para si.

Ficamos ali por mais algum tempinho falando coisas aleatórias, rindo e trocando carinhos.

Ignoramos a lembrança que mais cedo nos tinha feito chorar.

Escutamos som de trovoadas que a cada minuto ficavam mais audíveis e fomos pra casa logo.

-"Aqui não existe época pra parar de chover não?"- estávamos na sala fechando as janelas.

-"De julho a setembro é comum as chuvas cessarem um pouco."

-" Chuvas sem fim".- reclamo.

-"ChenChen.."

-"Eu."

-"Eu adorei o que fizemos hoje."

Olhei para ele e tinha um sorriso tímido em seu divino rostinho assim como o olhar também.

É nessas horas que a vontade de por ele dentro de um potinho de Nutella só aumenta.

Como eu consegui amá-lo tanto assim? Não sei. Só sei que não me arrependo.

-"Eu também Minnie. Eu também."

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Até o próximo cap

Felipe