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Já se passou um mês, estou a um mês nessa casa, falta somente 30 dias para mim ir embora, estou animada, não vejo a hora de sumir daqui

-Livia?- Caio me chama- vem almoçar

-meu pai não deu notícias?- perguntei indo em direção a cozinha

-Não- ele me respondeu seco. Peguei um prato e comecei a me servir, logo me sentei na mesa e comecei a comer

-você não pode ir até minha casa pra perguntar como vai as coisas? Se ele já começou a juntar dinheiro- eu disse

-Não- ele continua seco

-por favor, vai lá- insisti mais um pouco- por favorzi...- ele me interrompeu

-cala a porra da boca Lívia- ele me encara- cala a boca

Ele volta a comer e eu fico sem reação, o que fiz a ele? Por que me tratou tão mal? Não entendo por que diabos ele ficou tão irritado. O restante do almoço foi em silêncio, não trocamos uma palavra, se quer olhares, talvez eu prefira assim, detesto ser tratada mal, principalmente quando não fiz nada

-Lava a louça- ele se levanta e joga o prato na pia, que idiota, agora eu virei empregada

Ele sai da cozinha, pega suas chaves e sai de casa. Após terminar de comer lavei a louça e voltei para a sala, me sentei e comecei a assistir.

°°°

-Eu só quero saber quando vou ir embora- disse olhando fixamente em seus olhos. Estavamos discutindo, ele não queria me dar resposta

-NUNCA LIVIA- ele grita e eu me assusto. Ele caminha até mim e segura meus braços- SUA IDIOTA, VOCÊ NÃO VAI EMBORA

-Me solta- tentei me livrar daquelas mãos que apertava meus braços- você está me machucando

-você é minha- ele aperta com mais força- você nunca vai embora, e se você for, eu mato você!- meus olhos ficam marejados e meu coração bate mais forte- o filho da puta do seu pai já pagou a dívida, mas você não vai se livrar de mim Lívia, nunca

-você mentiu pra mim- disse e sinto meu sangue esquentar- eu odeio você

-o que foi? Você não queria respostas?- suas mãos continuam a me apertar- não gostou de ouvir?- eu cuspi em seu rosto, segundos depois a ardência do lado direito do meu rosto era evidente

Ele grudou suas mãos em meus cabelos e me guiou até o quarto onde havia me trancado a um mês atrás, o mesmo quartinho frio e sujo. Ele me jogou lá dentro, de uma forma tão grotesca que acabei batendo minha cabeça ao chão. Minha visão ficou embaçada e a última coisa que vi foi a sua imagem na porta, parado, me olhando.

Amor De TraficanteOpowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz