Crayon Box ↺ taeyoonseok

Stay

Mil desculpas por não ter postado no sábado, de verdade. Eu me enrolei com algumas coisas e quando escrevia, as palavras pareciam fora de lugar. Ainda estão mas não tanto.

Mas hã, por favor, me digam o que acham do capítulo, na sinceridade.

Boa leitura 🖤 ahhh, leiam as notas finais

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— Você não está pensando realmente em ir embora e não voltar, certo Yoongi? – questionou Tae, quebrando o silêncio que ficara minutos depois do loiro ter terminado de contar sobre seus pais o terem mandado para fora de casa e chamado-o de ranzinza e preguiçoso; dois adjetivos dos quais Hoseok concordava plenamente. Yoongi engoliu em seco e deu de ombros. Ele queria ridiculamente ficar mas ao passo que tinha grande amor por seus pais, mesmo não demonstrando. Que droga, eles tinham que aparecer logo agora?

— Eu não sei, não quero que fiquem chateados ou pensem que não me importo com eles mas – deu uma pausa e olhou ao redor. Em qualquer caso, independente do que escolhesse, gostaria de ter uma imagem daquele cômodo escuro e pequeno ao cair da noite do lado de fora do vidro, a luz banhando-o. — Não quero ir embora.

— O que está te prendendo? – interrompeu Hoseok, a cabeça erguida e os olhos fixos em Yoongi, tentando ver por trás das grossas paredes de concreto do mais cinza em sua mente; dias após dia sumindo. O moreno tinha uma vaga ideia do que prendia o outro ali, no centro de uma cidade que não lhe oferecia muitos atrativos e que o deixara enfurnado num dormitório de faculdade. Mas ele queria ouvir o próprio confirmar, ouvir o som da sua voz dizendo palavra por palavra. — Hm, Yoongi? O que te impede de simplesmente pegar sua mala ali do canto e sair daqui pra sempre? – insistiu.

O menor engoliu em seco, talvez fosse melhor apenas dizer, talvez eles fossem parar de discutir pelo menos uma vez; ele já havia admitido uma vez que sentia algo por eles, não devia ser tão difícil quanto estava parecendo dizer uma segunda vez. Ele respirou fundo, sua mente se sentia pressionada a achar as palavras certas antes que ele começasse a falar mas nenhuma se encaixava na outra. Ele achava que assim que abrisse a boca, seu celular fosse tocar, alguém fosse bater a porta ou ele lembraria de algo mais importante e imediato mas nada o interrompeu; nem mesmo o silêncio. Respirou fundo mais uma vez e abriu os lábios, apenas para fecha-los novamente e engolir e seco. 

— Foi o que pensei... – disse Hoseok, secamente, já se levantando da cama. Tae suspirou, ele estava sendo dramático.

— Seok, espera! – chamou, também pronto para se levantar, mas Yoongi o parou antes que Taehyung pudesse o fazer. O loiro fechou sua mão em torno do pulso do outro, que parou no meio de uma passada e abaixou o rosto. 

  — Eu não quero ir embora. – sussurrou Yoongi, abaixando o olhar e em seguida mudando-o para a janela, preso em pensamentos. Seu coração estava descompassado. Puxou Hoseok um pouco mais para perto da cama e o soltou, suspirando. — Eu não pretendo ir. – os olhos de Hoseok e Tae percorreram ele, tentando entende-lo. 

Yoongi, de fato, era um mistério com seus olhos escuros e perdidos, porém profundos e cheios de luz. Com seus fios de cabelo loiro rebeldes; com seus lábios claros com um peculiar sabor doce. Com suas palavras fracas e incertas mas que soavam tão bem; seu cinza que mesmo numa selva da mesma cor, era destaque. O ar parecia tão cheio agora, prestes a explodir mas não precisava de palavras, olhares bastavam. Hoseok olhou de canto para Tae, que olhava para Yoongi, este simplesmente não olhando. Ele suspirou. Talvez dormir fosse a melhor escolha que ele pudesse fazer. Sua cabeça martelava mas se ao menos ele conseguisse formar as palavras. 

Encolhido ao lado do loiro na cama, sem camisa, Taehyung dormia. Seu peito subia e descia lentamente, uma de suas mãos estava estirada em cima de Hoseok, em cima de suas partes íntimas enquanto a outra estava, também jogada, por cima da amassada blusa branca de Yoongi. O edredom que cobria os três já não mais fazia isso, agora estava uma metade por entre as pernas do trio e a outra jogada no chão empoeirado que não era limpo havia semanas.