Capítulo 10- Alex

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*Capítulo não revisado*

"Chorar é diminuir a profundidade da dor". William Shakespeare

Parece que estou vivendo em dois mundos: O real e o imaginário. O real é cruel demais então prefiro me agarra ao imaginário – nem que seja por apenas cinco segundos – onde Hanna está ao meu lado rindo e fazendo piadas de mim. Lembranças rodeiam minha mente todos os segundos e tenho a sensação que a dor cresce mais e mais a cada instante. Custo a acreditar que o que poderia ter sido a melhor noite da minha vida tenha acabado de forma tão cruel e desastrosa. Os preparativos para o enterro de Hanna foram corridos, senti a necessidade de ir para dizer adeus – embora esteja inconformado – pedimos o caixão fechado, aquela menina que está no caixão não era Hanna, não podia ser! Não entendo como tudo aconteceu, mas de uma coisa eu tenho certeza mais do que nunca agora: Qualquer sinal de felicidade nesse mundo é destruído.

—Preparado Alex? – diz Tony, entrando em meu quarto. Por mais que Tony vivesse brigando com Hanna, ele também sentiu a dor de sua perda.

—E quem está pronto para dizer adeus ao amor de sua vida? Vamos acabar logo com isso.

O enterro foi fechado, apenas pessoas próximas a ela estavam presentes. Assim que Sam chegou, se juntou a nós e não conseguimos conter as lágrimas diante da cena. Tentamos ser fortes um para o outro mas era simplesmente inacreditável. Quando saímos do enterro estávamos corados de tanto chorar, Sam se despediu enquanto Tony e eu voltamos para a minha casa. Quando cheguei, havia uma pilha de cartas no correio, recebi a tão esperada carta da universidade, fui aprovado. Em partes fiquei animado por sair daqui, tudo me lembrava ela. Horas depois que Tony voltou para sua casa recebi uma mensagem dizendo que ele havia sido aprovado. Vamos para a mesma universidade.

Dois meses depois.

O tempo voou. Há dois meses atrás Hanna se foi, então fiz minhas malas e fui em busca do meu futuro. Ela sentiria orgulho de mim.

Assim que Tony e eu chegamos à universidade, nossos pais se desataram de tanto chorar. Pais. Pensei que depois de dois meses eu estaria mais animado, afinal, era o que eu sempre quis, mas ainda me sentia vazio. Tony e eu ficamos no mesmo quarto, odiaria ter que dividir um quarto com um desconhecido nesse momento.

— Ah, até que o quarto é bom. Você sabe que nossos pais estão pagando uma fortuna por isso, não sabe? – pergunta Tony.

—Que seja.

— Alex, você tem que se animar! Estamos na universidade! Festa, gatinhas... e claro, estudo.

—Sei... "estudo". Prometo que vou me animar, só me dê mais um tempo.

— Tudo bem, isso eu posso te dar. Você tem notícias de Sam? Não a vejo desde o enter... – Tony parou imediatamente de falar, como se não dizer essa palavra faria doer menos – você sabe... Então, tem falado com ela?

—Não. – respondi sem muita vontade.

—Vamos ficar nos monossílabos?

—Sim.

—Ah vamos lá Alex! Soube que hoje vão dar uma super festa de boas vindas. – diz Tony animado.

—Não sei, não estou muito animado... Mas vou pensar, talvez seja divertido.

—Pelo menos isso. Então, contou para o seu pai que não irá fazer direito?

—Não, ele não precisa saber.

— Alex, seu pai vai notar que você trocou cedo ou tarde.

—Tenho meus contatos Tony – eu ri, uma risada fraca, mas ri.

Fantasmas Também Amam(Concluído)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora