9. 16 SEMANAS

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HELOUISE

Sem revisão

— Pelos poderes a mim concedidos, eu vós declaro marido e mulher! O noivo já pode beijar a noiva!

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— Pelos poderes a mim concedidos, eu vós declaro marido e mulher! O noivo já pode beijar a noiva!

Exclama o padre com uma alegria absurda e inacreditável. Fazer esse casamento até parece ser um sonho realizado para o mesmo.

Remy lentamente joga o véu que cobria meu rosto para trás e aproxima-se um pouco mais de mim, trazendo seu rosto para perto do meu. Dou uma última olhada rápida na igreja, ela está lotada, tão lotada que algumas pessoas estão de pé. Há pessoas que se quer conheço ou que já tenha visto algum dia, a maioria deve ser conhecidos de Remy, pois os poucos parentes que conheço ocupam apenas um banco da igreja.

O meu maior desejo agora é levantar a barra desse vestido ridículo e correr o mais rápido que eu conseguir por esse corredor extenso, correr para bem longe daqui, tão longe que nem eu mesma saberia a onde estou e só pararia de correr após ficar sem fôlego ou com os pés doendo. Esse casamento é um erro, ele por si só já diz isso. Remy e eu nunca nos daríamos bem, e me obrigar a me casar com ele, ameaçando á tirar meu filho de mim, não ajuda absolutamente em nada em nosso conturbado relacionamento. Olhando para todos os lado da igreja, procuro um meio de sair dessa emboscada, entretanto todas as saídas estão sendo vigiadas por caras grandes e extremamente fortes que foram contratados por Remy, se não fosse pelo tamanho exagerado da minha barriga, talvez eu conseguisse dar um olé nesses cara e correr igual uma louca.

— Por favor! — imploro uma última vez. — Este casamento é um erro. — Remy fingi não me ouvir e tranquilamente obedece o pedido do padre, beijando-me.

Então é isso, não tem mais volta. O casamento foi selado com um beijo e, por um pequeno deslize, agora estou presa ao Remy por toda a vida.

Até que a morte os separem!

A frase recitada pelo padre martela na minha cabeça.

Maldita seja Aimee, se ela não tivesse me obrigado organizar aquele casamento, eu não teria ido e isso não estaria acontecendo.

Os convidados aplaudam o início de uma vida de casados, e ao nos virarmos para eles... de repente todo mundo some. Agora estou de pé em um quarto todo azul, o vestido de noiva foi substituído por uma camisola de hospital. Grito por alguém, porém ninguém me responde.

— Vamos querida, só mais um pouquinho de força e o seu neném vem ao mundo — alguém pede, a cabeça enfiada em meio as minhas pernas.

Mas... Como foi que eu vim parar aqui? Quando foi que eu entrei em trabalho de parto?

Subitamente uma dor aguda me atinge, parecendo querer rasgar meu corpo de dentro para fora. Gasto toda as minhas energias fazendo força para trazer meu filho ao mundo, e horas depois escuto um chorinho fraco de bebê, estico os meus braços para que possam entregar meu filho, porém a enfermeira passa por mim e entrega o bebê para um homem de pé próximo à porta.

Possession - Livro 2Where stories live. Discover now