26) Tradição super açucarada é um pau no cu

337 55 34
                                    

Emma tenta puxar assunto com Killian sobre o favor que David a pediu, mas a garganta dela prende. É como se soasse oportunístico da parte dela pedir isso. E como ela pediria? Oi, Killian tem como você deixar a banda do namorado da minha colega de quarto tocar numa abertura de show seu? Para Emma soa balela e oportunismo.

Não ajudava nada de que toda vez que David e ela se encontravam nas últimas duas semanas ele perguntava todo animado se ela havia pedido o favor à Killian e ela acabava sempre respondendo que O assunto ainda não veio a tona e depois dava uma risadinha seca. David tentava parecer compreensivo e não forçar a barra, mas Emma via como a animação dele sempre se perdia quando ela respondia isso.

— Você não vai nem mesmo almoçar com a gente, Emma? — perguntou Mary Margaret no dia vinte e quatro enquanto observava Emma ficar pronta para ir trabalhar. Ela ainda achava uma afronta que Emma fosse trabalhar no natal.

— Não dá, tenho que estar no estúdio em meia hora. Eu como alguma coisa de lá. — ela explica na correria para se arrumar. Mary Margaret suspira triste. A campainha toca. Ela sabe quem é.

— Está pronta, amor? — pergunta David pra ela ao entrar. Ele está de blazer e calça cinza, camisa social azul num tom que realça os olhos dele e tênis social marrom. Mary Margaret sorri ao ver o quão encantador é seu namorado.

— Prontíssima. — diz ela com um sorriso sem mostrar dentes. Ela usava batom rosa e um blush que destacava suas bochechinhas de uma forma tão adorável que poderia matar alguém de fofidão. Ela usava um vestidinho amarelo larguinho de decote V, mangas largas e que batia na metade das coxas. Sem contar uma sapatilha branca extremamente confortável.

— Uau. — disse ele com um sorriso apaixonado. Ele deu o braço pra ela pegar como um cavalheiro e apertou o botão que abria a porta do elevador. Eles entraram, apertaram o botão T (que significa térreo) e antes de a porta se fechar novamente Emma saiu do apartamento e exclamou:

— Esperem! — David segurou a porta do elevador. — Vou com vocês também! — exclama Emma. David sorri enquanto ela entra no elevador.

— Tem certeza de que não quer ir ao almoço de natal com a gente? — pergunta David. Emma balança a cabeça.

— Pra começar, o natal é amanhã. Hoje é a véspera de natal e no geral as pessoas comemoram apenas a ceia da véspera de natal (o que já é uma tradição chata que eu recusaria), não o almoço, a janta e a ceia da véspera mais o café da manhã e o almoço de natal. — Emma se virou pra sua colega de quarto antes de dizer que: — Sem ofensa, Mary Margaret, mas o que para vocês Blanchards é uma tradição super açucarada é um pau no cu pra mim. — Mary Margaret balançou a cabeça.

— Não tomei como ofensa, imaginei que você diria isso.

— Não é tão ruim quanto você diz. — afirma David sorrindo pra ela. Emma sabe disso por mais que ela não o encara nos olhos. — Eu também achei que fosse ser um saco na primeira vez que Mary me convidou — Mary Margaret o encarou claramente puta. —, mas eu fui e no final das contas foi incrível. Você devia dar uma chance e ir, mesmo que não seja nesse ano, quem sabe no que vem? — A porta do elevador se abre e Mary e David saem (afinal o carro de David estava estacionado na rua, enquanto o de Emma no subsolo).

Emma suspira enquanto a porta se fecha. Ah, se David soubesse..., ela pensa. Se bem que ele deve ser muito tonto para achar que em mais de uma década morando no mesmo teto Mary Margaret nunca tenha conseguido me convencer a ir. No primeiro ano que ela e Mary Margaret se tornaram colegas de quarto, Mary Margaret a convencera a ir. Por mais que o "pior" já houvesse passado meses antes, Emma ainda estava triste e sofrendo com a traição de Neal. Ela ainda não havia arranjado um emprego e dezembro havia sido o primeiro mês que ela não havia conseguido ajudar Mary Margaret a pagar o aluguel porque o dinheiro do único relógio roubado que Neal deixara com ela havia acabado. Emma foi até o jantar (ou almoço, sei lá, praticamente uma estadia natalina dos Blanchard) com Mary Margaret. Leopold, o pai dela, era um homem adorável e sua madrastra não era tão ruim quanto os relatos da infância de Mary Margaret a faziam parecer. Havia sido uma boa experiência...

Boa até demais.

E no geral, Emma sempre foge das coisas boas.

Emma entra em seu carro e dirige até o estúdio. Hoje ela praticamente só gravaria cenas ao ar livre com Kristoff, nada muito difícil, apesar de rolar uma certs correria nas cenas. Assim que ela chega, ela mal pode chegar perto da mesa de comes e bebes, pois eles logo começam a gravar. Ela se arrepende de não ter feito como Mary Margaret disse e comido alguma coisa.

Após quase três horas de gravações depois, ela finalmente foi até a mesa de comes e bebes. Lá abriu um sorrisão confuso e alegre ao encontrar...

— ...Killian! — ela diz o abraçando. — O quê faz aqui? — pergunta ela ainda próxima dele.

— Um passarinho chamado Mary Margaret reclamou com minha segunda gaivota favorita, Regina, sobre o fato de que você está passando o natal no trabalho e sozinha então eu pensei "bem eu também estou passando o natal sozinho" então eu pensei em vir dar uma passadinha aqui. Trazer umas bolinhas de queijo. — ele diz a última parte erguendo uma sacola de bolinhas de queijo pra viagem. Emma sorri e revira os olhos.

— Sei... — ela diz de braços cruzados. — Isso não tem nada a ver com o fato de que você quer ver o set de Homem Cratera? — Killian a olha ofendido.

— O quê?! Eu? Que nada! Eu vim fazer companhia pra minha amiguinha no natal! — diz ele indo abraça-la, porém sendo interrompido por ela:

Véspera de natal. — Killian mostra a língua e cruza os braços.

— Nhé, tanto faz.

— Tanto faz nada, seu senhorzinho, quando eu disse que estaria nesse film- quando eu disse que Super Tudo ou Nada teria uma adaptação cinematográfica, só faltou você dar pulinhos de alegria. Admite logo que você é fanzoco.

— Já te disse que não sou fã de Super Tudo ou Nada. Eu até conheço, devo ter lido uma ou duas revistinhas (uma tal de Isis tinha cabelo rosa e pele azul ou algo assim...?), mas quem curtia mesmo era meu irmão mais velho, Liam. — Emma o encara surpresa. Killian suspira feliz. — Ele tinha praticamente a coleção inteira.

— Hum. — diz Emma tentando digerir o que Killian acabou de dizer a ela. — Não sabia que você tem um irmão. — Killian pisca rapidamente.

— Agora você sabe. — ele diz. Os dois ficam em silêncio por dez segundos que pareciam ser mais longos que o normal. Para quebrar o gelo ele levanta a sacola de bolinhas de queijo e pergunta: — Bolinhas de queijo? — Emma sorri sem mostrar dentes enquanto abre e pega uma bolinha.

NOTAS

Imagino que vocês estejam putos sem motivo comigo (afinal eu escrevo essa fanfic por diversão e não tenho nenhuma obrigação com vocês e sim a mim mesma, logo se atualizo rápido é porque eu quero e, mais importante, porque posso) logo antes que vierem criticar saibam que eu torci meu pé e tive dias muito corridos. Ainda tá doendo e inchado quase uma semana depois, mas vida que segue. Aproveitem esse capitulo e admito que o próximo já vai sair hehehe (to no comecinho dele).

Honestamente falando não sei se vou conseguir continuar a atualizar tão rápido quanto eu fazia antes (semana que vem volto às aulas), mas vamos esperar pra ver. Do jeito que eu sou nerd, talvez eu me vire nos trinta 😜 amo vocês 😘😘

Por trás das câmerasOnde as histórias ganham vida. Descobre agora