12 - Uma ajuda inesperada

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Pegamos uma carona com Argus, o cara cheio de olhos e chefe da segurança do acampamento, até a estação de metrô mais próxima, onde compramos passagens para Montauk.

Eu tinha um pressentimento de que deveríamos começar por lá, talvez por ser o local onde minha mãe e eu tínhamos um chalé, talvez porque parecia como se fosse minha casa. De qualquer forma, começaríamos por ali.

Enquanto estávamos no metrô, como tinham poucas pessoas por perto, acabei contando a Nico e Annabeth sobre o pingente que eu tinha achado no anfiteatro.

"Mas pode ser de qualquer pessoa." Nico disse.

"Eu sei. Mas tem que haver uma razão para eu ter ido lá e eu não vejo nenhuma outra resposta..." tentei argumentar.

"Você está com ele aí?" perguntou Annabeth.

"Estou."

Estiquei a mão para pegar o pingente que eu tinha colocado em um dos bolsos externos da minha mochila. Quando o encontrei, passei para ela.

"Aqui."

Assim que viu qual era o pingente, Annabeth arregalou os olhos e empalideceu.

"Não... não pode ser." ela sussurrou.

"Annabeth, você está bem?" perguntei, honestamente preocupado com sua reação.

Ela balançou a cabeça e esticou o pingente de volta para mim como se fosse um bicho muito perigoso.

"Guarde isso."

Eu fiz o que ela pediu, então repeti minha pergunta.

"Você está bem?"

Ela me olhou e parecia verdadeiramente amedrontada. Coloquei uma mão no seu ombro.

"Eu vou ficar bem. É só... eu tive um sonho com esse pingente."

"Que tipo de sonho?" perguntou Nico.

Annabeth olhou ao redor e balançou a cabeça.

"Aqui não é o melhor lugar pra falar disso." ela disse. "Quando ficarmos sozinhos, eu conto."

Nós assentimos, e eu passei o resto da viagem de metrô observando Annabeth franzir, morder o lábio, e agir como se estivesse esperando um ataque a qualquer momento (o que poderia ser verdade, mas ela estava agindo de uma maneira mais paranoica que o normal).

Infelizmente, nossa calma e tranquilidade durou apenas até sairmos da estação de metrô.

Assim que colocamos os pés na rua, ouvimos sibilos. Nico arregalou os olhos e disse:

"Górgonas. Corram."

Nós o obedecemos, porque 1) não queríamos lutar contra monstros no meio da rua, cheia de gente; e 2) porque parecia ser a coisa certa.

Infelizmente para nós, haviam dois filhos dos Três Grandes nessa missão, então logo as górgonas nos rastrearam e nos perseguiram pelas ruas lotadas.

"Elas nunca vão nos deixar em paz." disse Annabeth enquanto corria entre mim e Nico. "Precisamos cuidar delas."

"Não podemos fazer isso no meio de toda essa gente!" eu disse.

"Precisamos atraí-las para algum lugar mais calmo, então." disse Nico. Então apontou para frente. "Ali, parece um beco. É perfeito."

Corremos na direção que ele apontava, e vimos que ele estava certo. Era um beco, mas ao contrário do que pensávamos, ele não estava vazio.

Três monstros enormes estavam sentados ao redor do que parecia ser uma pilha de madeira. Nós paramos abruptamente quando os vimos, mas era tarde demais para voltar.

HIATUS INDETERMINADO | O Filho do Mar [1] / Os Herdeiros do Olimpo [2]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora