Cancún

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Não dormi a viagem inteira, estava tão nervoso e uma pilha de nervos que não consegui relaxar, cheguei ao hotel e fui direto para o escritório, gravata solta, camisa aberta, barba para fazer e devia estar um bagaço, pois até os funcionários me olhavam de uma forma esquisita, fechei a porta e me sentei na minha cadeira e girei para ficar olhando o mar, o telefone não parava de tocar, eu queria paz, me virei quando o telefone tocou pela décima vez, peguei o aparelho na mão e o puxei, silenciando-o por completo e o taquei no chão e voltei para a minha posição que estava, olhando o mar.

As palavras de Clemence ecoavam no meu cérebro, estava me sentindo tão revoltado, fui tão sincero com ela todo esse tempo, eu nunca devia ter confiado nela, devia ter me protegido de uma coisa desta, mas agora o bebê estava providenciado e o único modo era aceitar e me casar, mas Clemence só iria me ter da forma que eu estava disposto, usando camisinha, apoiei a cabeça na mão e chorei só de pensar que minhas chances de ter Victória se acabaram, jamais mamãe aceitaria que eu abandonasse Clemence com um filho nos braços e iria a traz de minha prima.

Quando a noite caiu e me senti exausto, saí do escritório e fui para um quarto e caí na cama depois de ingerir dois comprimidos de dor de cabeça e apaguei literalmente.

Acordei na tarde do dia seguinte, passei a mão no rosto, minha barba tinha crescido mais ainda, mas não liguei, eu não tinha animo nem de me olhar no espelho, me levantei e tomei um bom banho, liguei para o shopping do hotel e pedi para me mandarem algumas roupas, vinte minutos depois, Cesar aparece com algumas sacolas, escolhi aquilo que ficava bom em mim e vesti de imediato uma camiseta regata e um short's de corrida e fui para a praia e comecei a correr pela areia, quando me senti suado e cansado, voltei para o hotel, me exercitar foi a melhor coisa que fiz, mas fui direto para a academia do hotel e lá perdia mais algumas horas, puxando peso e me exercitando.

Só no dia seguinte tive cabeça de voltar ao trabalho, pois a merda já estava feita, entrei no escritório e o telefone novo estava instalado, liguei o computador antes de me sentar, enquanto o aparelho iniciava, olhei para a praia, pessoas andavam de um lado para o outro, e vi minha vida passar como um relâmpago, estava na hora de crescer, mais do que já era grande, puxei a cadeira e me sentei e me afundei no trabalho.


Por Você Part 2 (completo)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora