— Se eu vou... Deixar ele subir? — Perguntei, com um toque de desespero na voz.
Puta que o pariu, pensei. Não tinha hora pior para aparecer.
— Deixa ele subir, Amy. — Disse minha irmã. — Quero barraco.
— Tá brincando? — Balancei a cabeça. — Eu desço, Alfred.
— Eu vou junto! — Gritaram América, Lou, Lolo, Anna e minha irmã ao mesmo tempo.
— Barraco? — Perguntou Taylor. — Eu quero.
— Eu também. — Disseram os meninos.
— Eu vou descer também. — Impressão minha ou a voz do Nash tava mais grossa?
— Nada disso. — Balancei a cabeça. — Eu desço. No máximo a Maggie vem junto.
— Yasss! — Ela já se enfiou no elevador e eu fui logo atrás.
No elevador, suspirei pesadamente e olhei Alfred. Ele parecia tranquilo.
— Alfred? Como o Christian tá? Ele tá calmo?
— Aparentemente, Amy. Ele disse que só queria conversar.
— Certo. — Suspirei.
— Ele vai conversar com a minha mão na cara dele, certamente.
— Maggie... — Advertiu Alfred.
— Ah, qual é! O cara é um babaca.
Alfred era uma espécie de pai para nós. Ele era um homem de mais ou menos quarenta e poucos anos, tinha uns fios grisalhos na cabeleira negra que fazia grande parte das mulheres que se hospedavam no Hotel suspirar. Ele tinha olhos verdes e era bem alto também, e no uniforme do Majestic ele parecia bem interessante. Não que eu reparasse nisso.
Quando as portas se abriram no térreo, Maggie veio na frente e me puxou junto. Sentado em uma das poltronas confortáveis do Saguão, estava ele. Na verdade, Christian parecia bem sereno. Estava usando um casaco mais reforçado em função do clima da cidade e um corro largo destacava os cabelos dourados dele.
— Ora, ora, ora. — Disse minha irmã, chamando a atenção dele. — O que temos aqui.
— Amy! — Ele levantou num salto. — Oi, Maggie.
— Hm. — Disse ela.
— O que você quer? — Perguntei, curta e grossa.
— Conversar. Esperei um dia para deixar a poeira baixar, e eu não podia esperar até amanhã porque sei que você ia tentar me ignorar. Mas preciso conversar com você.
Olhei para Maggie. Ela arqueou uma sobrancelha e cruzou os braços, entendendo o recado.
— Não vou sair daqui.
— Por favor. — Pedi. — Eu já vou voltar.
Ela bufou e se afastou um pouco, provavelmente porque seu celular começou a tocar.
— Obrigado. — Sussurrou ele.
— Seja breve.
— Você está... Ocupada? — Ele tomou uma das minhas mãos e me afastei.
— Sim.
— Certo. Tinha pensado em levar você em um lugar, mas...
— Mesmo que eu não tivesse absolutamente nada para fazer, eu não iria. Eu não confio mais em você.
— Amy, não sei o que te falaram...
— Ninguém me disse nada. — O cortei. — Eu vi, Christian. Eu senti.
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Hotel ∞ N.G
FanfictionAmy Lindemann nunca gostou do grupo intitulado como "Magcon", grupo esse que seu tio, Bart, Administrava. Ela morava na matriz da rede de hotéis que seus pais tinham, e sua vida mudou quando o grupo que ela mais detestava em sua existência, vai se h...