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-Porque?- eu perguntei.

-Porque eles culpam o André!- ele respondeu.- Eles culpam-no pelo acidente, eles culpam-no por teres ido parar ao hospital, eles culpam-no por teres perdido a memória…

-Mas porque que eles o culpam?- perguntei.

-Porque era ele que conduzia o carro.- Afonso disse baixando a cabeça.


-André porfavor despacha-te.- eu disse pondo as mãos na minha grande barriga.-Esta a doer muito.

-Calma amor, vai correr tudo bem.- ele disse agarrando na minha mão.

André olhou para mim e acariciou o meu rosto.

-André, olha o camião.- eu quase gritei.

André olhou para a frente e arregalou os olhos, num gesto brusco ele tentou se desviar do camião que vinha de frente para nos mas não fez muito efeito, o camião bateu mesmo no seu carro afectando mais o meu lado do que o dele.

Eu comecei a chorar mais e mais, as dores de cabeça voltaram, a dor no peito voltou e eu não conseguia aguentar aquela dor tão forte no meu peito.

-Eu… eu estava grávida?- olhei para Afonso e este também já se encontrava com os olhos marejados.

-Sim, foi naquele dia que a pequena Leonor nasceu.- ele disse.


Esperava ansiosamente por André no seu apartamento, nosso apartamento, teria de lhe dar esta notícia o mais rápido possível.
Ouvi as chaves na porta e logo me levantei do sofá indo até á porta.
André entrou, fechou a porta e logo que olhou para mim, sorriu.

-Olá minha princesa.- ele disse sorrindo e beijou os meus lábios suavemente.

-Olá meu amor.- eu sorri de volta.- Tenho uma notícia para te dar.

-Boa?- ele perguntou.

-Espero que sim.-eu sorri.

-Então conta.- ele pediu ansioso.

-André, nós vamos ser pais.- eu disse e logo vi o seu sorriso crescer ainda mais.

-Tu estas mesmo a falar a sério?- Perguntou olhando nos meus olhos e eu apenas assenti sorrindo.

-Não posso acreditar, eu vou ser pai.- ele abraçou-me fortemente, abraço esse ao qual eu retribui.- eu amo-te muito!

-Eu também te amo muito André.- eu disse ainda abraçada a ele, só Deus sabe a minha felicidade neste momento.

-Isso quer dizer que a bebé sobreviveu?- eu perguntei.

-Sim, a pequena Leonor vai fazer 4 meses.- Afonso respondeu.

-É uma menina!- o ginecologista informou e eu sorri automaticamente e olhei para o André que estava babado a olhar para o ecrã.

-A pequena Leonor.- eu disse e André olhou para mim sorrindo e depositou um beijo na minha testa.

-Vai ser tão linda quanto a mãe.- André disse passando a mão pelos meus cabelos.

-É será tão doce quanto o pai.- eu disse apertando mais a sua mão.

HIM! || André Silva ✔Onde as histórias ganham vida. Descobre agora