19 Capitulo- Zayn

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Entrei no elevador e apertei o último botão do painel. A secretaria do senhor Malik havia dito que ele queria falar comigo. a sala dele ficava no último andar do escritório, ele sempre gostou de mostra superioridade sobre os outros, sempre gostou de está no todo de tudo.

O elevador era espelhado mostrando em suas quatro paredes a imagem de um homem frívolo, sem vontade e sentimentos. De todas as coisas que fiz em minha vida nunca me senti tão vazio e sozinho, olhar nos espelhos me trazia dor e angústia.

As portas abriram revelando o corredor até a sala do senhor Malik, havia algumas salas de executivos vazias e a sala dele no fundo do corredor. As paredes eram de vidro revelando tudo que havia do outro lado, eu tinha a leve impressão que do lado de fora na dava para ver nada.

Abri a porta vendo o senhor Malik sentado em sua cadeira se sentindo o rei de tudo, ele está ao telefone e quando me viu vez um sinal para que eu me sentasse, fechei a porta atras de mim e me sentei na cadeira de frente para ele.

Ele falava ao telefone com toda calma mas a pessoa que estivesse ouvindo suas palavras não estaria tão feliz. Ele fazia palavras dura soarem com nobreza como se estivesse sendo gentil com a pessoa do outro lado da linha.

Notei que nunca havia vindo na sala dele, era tudo claro como se ele esperasse que com toda essa clareza seu interior ficasse em paz.

Olhei para sua mesa, havia papéis e pastas espalhadas por todo deu comprometo, tinha um computador e do outro lado o telefone que ele usava. Havia dois porta retratos na mesa um de cada lado, o primeiro estava mais inclinado para o meu lado e pude ver sem dificuldade de quem era a foto.

Fiquei surpreso pela sua petulância, como ele poderia ter uma foto da minha mãe em sua sala depois de tudo que ele fez com ela. Podia me lembrar como se fosse hoje da maneira em que ele a deixou.

Estava frio, muito frio eu e minha irmã estávamos deitado de baixo da cama. Eu havia me levantando para ver como ela estava e o quarto estava vazio. Quando ela tinha medo sempre podíamos procurar no armário que ela estaria lá.

Caminhei até o armário e abri a porta devagar para não a assustar mas ela não estava lá, caminhei pelo quarto e ouvi um gemido saindo de baixo da cama, levantei a coberta que tampava o vácuo da cama e ela estava lá deitada com seu coelho de pelúcia.

- Você não deveria está deitada no chão, vem comigo - estendi a mão para ela que continuo deitada imóvel no chão.

Em seu rosto o medo estava nítido, ela segurava o coelho com força contra o seu corpo, seus olhos falavam o que sua boca não conseguia dizer, me deitei no chão de baixo da cama junto com ela, logo senti seu corpo segurar no meu com força.

No andar de baixo podíamos ouvir nosso país brigarem, eles não faziam isso com muita frequência mas de uns meses para cá as brigas haviam se tornado frequente.

Algumas vezes ouvíamos coisas se quebrarem outras ouvíamos a porta bater com força e em seguida ouvíamos nossa mãe chorando.

Me preocupava com minha irmã naquele tipo de situação e sempre corria para ver como ela estavam, muita das vezes ela estava apavorada se escondendo, eu a colocava na cama e a fazia dormi e acabava dormindo com ela ouvindo os gritos dos nosso país.

Consegui a tirar de baixo da cama e a coloquei na cama, a cobri com a coberta e a observei fechar os olhos e dormi, com cuidado sai da cama para que ela não acordasse e sai do quarto deixando a porta entre aberta para que a luz do corredor iluminasse o quarto.

Caminhei pelo corredor sentindo o frio do chão gelado. Quando me aproximava da escada os gritos ficavam mais altos, sentei no primeiro degrau da escada podendo ver minha mãe e meu pai discutindo no andar de baixo.

Meu pai estava com a roupa que ele havia saído hoje cedo para trabalhar, ao lado de seus pés estava a pasta que ele usava, minha mãe estava com sua camisola e roupão por cima, ela gritava com ele por ter chegado tarde do trabalho mais uma vez.

Nas brigas ela sempre dizia que sabia que ele só estava trabalhando mas que ele não podia deixar a família de lado por trabalho, ele tinha que dar mais atenção para sua família. Ele como sempre bom mentiroso sempre colocava a culpa na minha mãe e no deus gastos que ele havia de pagar.

Minha mãe não era compulsiva por gastos ela só gostava de tar todo que podia para nós, ela sempre dizia que queria que seus filhos tivessem tudo que ela nunca teve.

Meu pai segurou em seus braços não de uma maneira agressiva, ele estava suplicando para que ela não fizesse o que queria, o rosto da minha mãe estava coberto por lágrimas não era a visão que todo filho queria ter da mãe. Ela o afastou e se manteve firme em quanto ele o encarava com o mesmo olhar de antes.

- Você fez sua escolha, escolheu o trabalho ao invés da família eu quero você fora antes do amanhecer - Ela tentava manter a voz firme mas a cada palavra sua voz fraquejava é uma lágrima escolhia.

Meu pai nem tentou, ele nem quis mudar a ação dela, ele abriu mão da família sem mesmo lutar a parti daquele momento eu nunca conseguiria o perdoar.

Ele se abaixou pegando sua maleta no chão e ao levantar seus olhos foram de encontro ao lugar que eu estava, ele ficou parado me olhando, automaticamente minha mãe se virou me vendo.

- Zayn você deveria está na cama - seu semblante estava preocupado talvez deveria está pensando no que eu tinha ouvido.

Desci a escada correndo e me agarrei a ela sentindo suas lágrimas molharem meu rosto, olhei para meu pai que me olhava com o mesmo olhar vazio de sempre. Ele levantou o olhar e olhou para minha mãe uma última vez e saiu de casa sem nem ao menos tentar.

É até hoje eu nunca vou o perdoar por isso, ele falhou com a família e não se arrepende disso, ele não deveria ter a foto da minha mãe em sua mesa, ele não tinha esse direito.

Meus olhos estavam ardendo, eu sentia a mesma dor que senti naquela dia mas não era só dor, eu senti raiva dele, raiva por tudo que ele vez com minha mãe.

- Então Zayn, eu queria que você fizesse ...- levantei da cadeira ajeitando meu paleto e o encarando nos olhos.

- Se quiser alguma coisa fala com minha secretária. - dei de costas para ele saindo da sala com raiva.

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