Capítulo- 11

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Caminho atentamente com Dwight no meu encalço, enquanto todos estavam em silêncio. Meus sentidos estavam aguçados, tentando captar qualquer som. Faz alguns minutos, que Dwight me avisou que tínhamos chegado onde estavam os rastros. Não era muito e parecia que um zumbi tinha feito a festa ali, não um ser humano. A única coisa que tinha chamado minha atenção, era um brasão de um uniforme que eu conhecia muito bem. O brasão dos uniformes dos guardas, dos quais, eram brutais e estritamente mortais.

Os Whistles não eram pessoas para brincar, já que eram comandados por forças especiais do governo que resistiram e começaram as buscas pela cura. Muitos boatos diziam que eles, até mesmo, controlavam certos tipos de mortos vivos e os faziam cometer atrocidades. Mas eu jamais tinha visto isso, até mesmo quando  fugi daquele inferno.

Paro subitamente ao ouvir um galho quebrando, próximo a onde estávamos. Levanto minha mão e todos param no mesmo instante. Minha mão toca o revólver, sem tirar os olhos da onde o barulho tinha surgido. Mas tão rápido quanto surgiu, o barulho se silenciou novamente.

- Dwight, vamos seguir até o outro lado da estrada? Vamos precisar dividir o grupo.- Pergunto em um sussurro.

- Vamos, mas nos dividimos ao entrar na cidade, aqui é perigoso e eles vão se perder.- Dwight responde em outro sussurro e eu afirmo com a cabeça.

Continuamos nossa caminhada e logo o que já foi uma cidade entrou no meu campo de visão. Olho para o grupo de pessoas e paro pegando o meu revólver.

- Você e a moça loira, vão para o oeste e eu, Dwight e a senhora vamos para leste. Mantenham os rádios em fácil acesso e caso de extrema necessidade usem os sinalizadores ou atirem. Vamos nos encontrar aqui novamente em algumas horas.- Explico e todos afirmam.- Tentem observar ao máximo qualquer coisa suspeita, nos passem todas as informações que conseguirem e caso notem alguém apenas fujam. Não enfrentem e se escondam.

Termino de falar e todos se dispersam. Caminho tensa com Dwight e a senhora. Ela me lembrava da minha avó, então queria ter certeza que voltaria inteira.

- Qual o seu nome?- Pergunto para ela e ela me olha surpresa.

- É Meredith.- Ela responde e afirmo com a cabeça.

- Bom Meredith, se mantenha perto.- Aviso e ela ri baixinho.

- Esses desgraçados levaram meus netos, se eu achar qualquer um que seja vou encher a bunda deles de bala.- Ela fala rancorosa e eu nego.

- Se achar algum deles, vai recuar em segurança e assim vamos poder recuperar sua família.- Falo com cuidado sabendo que família era algo complicado.

Continuamos a caminhar e paramos em um local ainda em bom estado. Fazemos uma busca rápida e encontramos alguns medicamentos um pouco difíceis de encontrar. Tinha alguma coisa errada, tudo estava limpo demais e não tinha quase mortos pela cidade ou mesmo ali naquele prédio.

Era uma armadilha e eu tinha certeza disso. Observo melhor o local e tudo estava silencioso, podendo apenas ser ouvido o som de nossas respirações irregulares.  Olho para Dwight e ele apenas retribui com a mesma sensação em seus olhos.

Tinha algo de muito errado ali e estando em um grupo tão pequeno, era quase impossível ampliar essa área para Daryl.

Saímos do prédio e o silêncio foi interrompido por um choro feminino. Escuto com atenção e levanto a mão para que eles permaneçam no lugar. Não muito longe, tinha uma mulher caída e abraçada em seus próprios joelhos. Seu choro era insuportável e doloroso. Dwight dá um passo na direção dela, mas segurei o seu braço para impedir ele. Era uma armadilha e  parecia uma infectada modificada pelos Whistles.

Experimento Lucille- Atualizando Where stories live. Discover now