Capítulo-09

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  Negan não apareceu por dois dias e de certa forma eu o entendi. Ele se preocupava com nossa filha, mais do que eu gostaria. Mas Daryl não negaria ajuda, sabendo que o grupo poderia ser dizimado e a culpa seria de certa forma dele.

Acariciei os cabelos de Lilly e ela tinha os olhos vagos. Sabia que ela queria ver o pai dela, mas ainda não era o momento. Ele estava ferido e possivelmente me odiando.

Ela desenha coisas aleatórias, enquanto eu tentava animar ela.

" O que aconteceu, querida?"- Perguntei em sinais.

Lilly solta seus giz de cera e me olha com mais atenção.

" Onde ele está?"- Ela pergunta e minha garganta queima.

" Não sei, querida, quer procurar ele?"- Perguntei e ela afirmou se jogando em meu colo.

Coloco um casaco grosso nela e saio do quarto. O frio estava absurdo e imaginava como Daryl estava. Dwight me garantiu que o manteria seguro, mas com Negan na jogada, tudo era imprevisível.

Procuro por todas às partes, mas nem sinal do mestre da arrogância. Ele estava me evitando e isso não me incomodava nem um pouco. Muito pelo contrário, quanto menos contato com ele melhor. O grande problema era Lilly, que era afetada por todo esse desdém dele. Ela ainda era uma criança e não entendia como humanos em geral eram.

Sinto às lágrimas de Lilly em meu pescoço e acaricio seus cabelos. Solto um suspiro frustrada e beijo a cabeça de minha menina. Ela deveria estar magoada, já que por mais que não tenha convivido com ele, ainda queria sua atenção.

Escuto passos no corredor e me viro vendo Dwight vir até nós duas. Ele parece confuso ao ver Lilly chorando.

- O que aconteceu?- Ele pergunta parando em nossa frente e estendendo os braços para ela.

- Negan aconteceu, ele está nos evitando e isso está acabando com ela.- Respondo irritada e Dwight a aconchega em seu colo.

- Ele é um idiota se quer saber e não o procure. Enquanto ela chora, ele está fazendo coisas inapropriadas com pessoas e...- Ele diz mas para ao perceber o que tinha dito.

Meu sangue ferve e dou graças a Deus por Lilly ser surda.

- Está me dizendo que ele está fodendo qualquer coisa que ande, enquanto Lilly está aqui sofrendo?- Pergunto irritada e Dwight me olha com culpa.

- Lucy... Não vá até ele, por favor...- Ele tenta dizer mas o corto.

- Onde?- Perguntei e ele jogou a cabeça para trás suspirando.

- No quarto principal dele, no prédio ao lado do refeitório, primeira porta à direita no segundo andar.- Ele diz receoso e afirmo.

- Vá com Lilly para o quarto.- Ordeno e vou até onde ele havia indicado.

Meus passos são tão altos, que todos me olham um pouco assustados. Eu iria matar ele, sem deixar aquele desgraçado respirar mais um segundo se quer. Ele poderia fazer o que quisesse comigo, mas jamais ferir os sentimentos de Lilly daquela forma. Ele sabia, sabia que ela se apegou muito fácil a essa ideia de pai e agora a descarta como nada? Não mesmo!

Se ele queria a sua amada Lucille de volta, ele a teria, mas seria a pior e mais mortal versão dela. Pergunto a um dos guardas para me levar até lá, já que com a raiva acabo me perdendo e o jovem concorda com medo de mim. O sigo e logo estou na tão famosa porta. Soco com força a porta e a chuto. Aquele desgraçado ia me ouvir.

- Abre essa porta seu desgraçado!- Grito e continuo batendo.

Nada. Ele simplesmente não fez nada por minutos. Até que eu pego a arma do rapaz que me acompanhou e dou um tiro na tranca. Devolvo a arma e mando ele sair dali. Não seria bonito o que eu iria fazer.

Experimento Lucille- Atualizando Onde as histórias ganham vida. Descobre agora