O Homem na Porta

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   "Um homem bateu em minha porta, e eu abri."

    Quando tinha por volta dos 12 anos, eu me imaginava, em um futuro não tão distante, casada com um príncipe encantado. Um homem de cabelos negros esvoaçantes, seu ombro largo, peito estufado e totalmente posudo montado sobre um cavalo branco de crinas prateadas como fios de platina ... e o que a vida reservou pra mim, naquele instante, era muito melhor do que eu esperava a uns anos atrás.

   Eu estava ansiosa trancada no banheiro, enquanto ele estava a preparar um drink para nós. Tudo que passava pela minha cabeça era se aquilo estava mesmo acontecendo, se aquilo ali não era um mero sonho ou uma alucinação causada por um alto nível de stress herdado de testes finais da faculdade.

   Sobre o espelho do banheiro eu me olhava. Se for reparar bem, eu tinha mesmo características de uma princesa, não me considerava uma mulher bonita, mas desde que me conheço por gente recebos comentários de como me pareço uma doce princesa germânica. A uma semana atrás eu me consideraria um trapo, uma garota feia qualquer que rodeava os campus da cidade, mas hoje não, a um tempo não, por conta do meu convívio com o Adriano e seus frequentes elogios, venho me sentindo muito mais segura de mim mesmo, e assim conseguindo enxergar nem que seja um pouquinho da beleza que ele diz que tenho. Com certeza estar com esse homem me fazia muito bem.

   Após ter certeza de que minha maquiagem já estava totalmente retocada eu resolvi sair do banheiro, e lá estava ele, agora estava sem seu paletó e gravata, e com sua camisa com os dois primeiros botões de cima fora de suas casas ... completamente majestoso, em sua mão direita segurava uma garrafa de vinho que estava lendo e na esquerda segurando duas taças de cristal. Aparentemente ele não tinha notado que eu havia deixado o banheiro, já que ele estava a ler o tal vinho, então resolvi me aproximar, indo em seu encontro. Ao notar que eu estava em sua frente, ele me olhou nos olhos e abriu aquele lindo sorriso desconcertante dele, retribuindo assim o sorriso que já estampava minha cara desde a hora que chegamos. Após me recepcionar com aquele sorriso perfeito dele, ele levantou suas sobrancelhas e veio me falando sobre o vinho:

   - Olha amor, espero que não se importe, mas invés do drink que eu te prometi eu trouxe esse Sauvignon, acho que combina mais com a ocasião.
   E quando terminou de falar piscou pra mim com o olho esquerdo.

   - Nossa, que moço mais chique, espero que esse vinho seja tão gostoso quanto a pessoa que está me oferecendo. - Respondi

   E logo já fui me jogando em seus braços, beijando sua boca, e mostrando realmente quais eram minhas intenções naquele momento, e ele retribuiu é claro, puxou minha cintura com o braço que segurava as taças e colocou o vinho sobre uma mesa que estava ao nosso lado, trocou de braço, e dessa vez acomodou as taças sobre a mesa, nesse momento tive apenas tempo o tempo de desabotoar sua camisa, fui tirando ela e ele foi me ajudando. Sua camisa já estava no chão quando ele resolveu me pegar no colo, suas mãos foram levantando minhas pernas, pondo-as ao ar, e encaixando minha virilha rente a sua cintura, acompanhado de beijos e mordidas em meu pescoço ele foi me levando em direção ao seu quarto que já não era distante do ambiente que estávamos.

   Ao adentrar em seu quarto ele me acomodou em sua cama, beijou minha boca e já ia abaixando a alça do meu vestido, foi quando disse:

   - Para. Desculpa, mas eu preciso ir no banheiro, você sabe né, coisas de mulheres.

   Antes que ele pudesse responder algo eu fui dando selinhos nele, e deitando ele na cama, foi quando me levantei e dei uma apertada no volume que já estava aparente em sua calça. Ele deu uma expressão de surpresa, nem eu acreditei que fiz aquilo, fiquei vermelha de vergonha e fui logo correndo pro banheiro.

   Ali estava, novamente em frente ao espelho, me deparando com um "eu" totalmente desconhecido, pronta pra ir pra cama com um cara que mal conheci, mas também com um cara que estou totalmente apaixonada ... qual seria o certo nessa situação? Como se fosse lógico, escolhi arriscar, pois aliás, ele estava totalmente disposto a me conquistar naquela noite, e tinha conseguido, agora era o momento que eu mesma estava esperando, me entregar a um homem que amo. Não sou nenhuma leiga no assunto, nem a garota mais inocente do mundo, então já vim totalmente preparada para caso o fim da noite fosse aquele que estava acontecendo.

   Saí do quarto. Estava apenas de lingerie, uma calcinha de renda e um sutiã "tomara que caia", ambos da cor vermelho sangue ... aproximadamente do mesmo tom do vinho.

   Pronta para atacar aquele homem que perturbava minhas noites de sono, resolvi usar uma estratégia básica ... provocar e não dar ... mas dar ... a chance é claro.

   Fui me aproximando, me apoiei em seus joelhos e me ajoelhei, em seguida abri a calça que ele estava usando e pude ver já o tão esperado "pote de ouro", passei a mão por cima da cueca e sentei em seu colo de frente pra seu corpo, colocando minhas pernas por volta de suas costas. Em seguida fui beijando seu pescoço, e sua orelha enquanto ia arranhando de leve suas costas. Estava no controle, ele abriu meu sutiã mas não deixei que tirasse, aliás, era eu que ia mandar naquela noite.

   Quando estava claro que seria eu a reger aquele show ele se vira me jogando na cama e caindo em cima de mim, algo que precisou de uma força imensa que pra ele pareceu ser fácil como levantar uma pena ... agora eu estava por baixo. Suas mãos seguravam meus braços que estavam abertos como asas de um anjo, confesso que de primeiro momento tive um pouco de medo, mas quando ele caiu a chupar meu pescoço eu não tinha mais nada a temer, o tesão tinha tomado o lugar do medo.

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   Ele era o máximo ... o melhor da minha vida, com toda certeza, ao cair no sono fui com uma coisa em minha mente: " É ele " , porque de fato, ele além de ser o melhor homem possível pra se ter ao lado, era também o melhor homem possível pra se ter entre quatro paredes.

    Pensava eu.

    Maldita noite, maldito tesão, maldito melhor sexo que tinha tido até aquele momento.

  

  

O Destruidor de sonhosWhere stories live. Discover now