17: Secrets

2.1K 172 78
                                    

Notas: Oi, meus amores! Queria dizer que a fic chegou a 1K de views e isso me deixou bastante feliz, vocês são umas lindas.

Obs.: eu queria ter feito um vídeozinho laurinah pra esse capítulo, porque a música escolhida é realmente muito linda, mas não deu, então se vocês quiserem ouvir para entrarem no clima do capítulo, tá aqui:

Secrets - Wild Wild Horses

"Take away the war between the head and heart that I've been fighting. Take away the masquerade reveal the truths I made while I was hiding. You've broken down the walls I know it's time to let this go."

"Acabe com a guerra entre a cabeça e o coração que eu venho lutando. Acabe com os disfarces, revele as verdades que eu estive escondendo. Você quebrou as paredes, eu sei que é hora de deixar isso pra lá."

– Dinah. – Lauren finalmente se manifestou, fazendo-a despertar daquela avalanche de pensamentos e sentimentos que a perturbavam e a atropelavam, deixando-a sem rumo. Ela sabia que tinha ido longe demais, que tinha desrespeitado todas as regras que impôs a si mesma durante todos aqueles anos. Mas diante de tudo aquilo, ter Lauren tão perto ainda lhe fazia tão bem. Ela queria gritar, queria expulsar todas aquelas vozes malucas que enchiam seus pensamentos de culpa. Mas ela não conseguia se mover.

Lauren Point Of View.

– Tá tudo bem? Me desculpa por isso, eu não queria forçar nada. – Eu estava apavorada. Eu acabei de ter o melhor e o pior momento da minha vida. Beijar Dinah, tocar seus lábios, sua pele macia, ter seu cheiro e seu gosto tão dentro de mim fora muito melhor do que tudo que eu pudesse ter imaginado. Aquilo superou todas as minhas expectativas.

E ter seu sorriso única e exclusivamente para mim era impagável. Mas quando ela pareceu despertar daquele momento e me olhou com os olhos negros arrependidos, uma flecha foi arremessada contra meu peito. Aquilo não deveria doer, mas doía. Sangrava. O que estava acontecendo ali?

– Não, tá tudo bem. – Ela respondeu finalmente. Sua voz estava embargada, carregada, como se ela estivesse prendendo o choro e eu me sentia a pior pessoa do mundo por isso. Eu não sabia o que ela estava sentindo, mas o que quer que fosse, eu só queria poder tirar o que existisse de ruim entre nós.

Eu queria voltar há alguns segundos atrás e desfazer aquilo tudo. Mas, ao mesmo tempo eu queria voltar para poder reviver, sentir novamente a deusa polinésia entregue em meus braços. Droga, ela iria me deixar louca.

– É só que... Isso é muito complicado para mim, acho que nem vale a pena tentar te explicar.

– Me explica, por favor! Eu quero muito entender tudo o que você tiver pra me dizer. – Eu disse prontamente, segurando uma de suas mãos entre as minhas. Era estranho como eu sentia a necessidade de ter algum contato com ela pra me sentir presa à terra. Era como se eu dependesse do seu calor para estar ali.

Dinah respirou fundo e pareceu hesitar um pouco, ela me olhava diretamente nos olhos, mas ao encarar as íris marejadas, eu notava que ela não estava ali. Seu olhar denunciava a distância em que seus pensamentos a levavam. Tão longe de mim. Tão perto e tão longe ao mesmo tempo.

– Eu me envolvi com a música muito cedo, você sabe. - Ela começou com a voz trêmula, insegura. - Desde os meus quatro ou cinco anos minha avó Maui me colocava no piano e me fazia tocar as melodias simples que ela me ensinava. Ela também me levava para tocar e cantar na igreja. E eu gostava, sempre gostei. Aquilo nos tornou muito próximas, eu passava muito tempo com ela, como já contei para vocês antes. - Ela fez uma pausa e então eu me lembrei de suas expressões em um dia no ônibus em que ela me falava sobre sua avó.

Look At MeOnde as histórias ganham vida. Descobre agora