Capítulo 06

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Ela se virou na cama puxando o lençol pelo vento frio da manhã, esticou os braços e as pernas contornado o travesseiro duro, que a sacudiu

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Ela se virou na cama puxando o lençol pelo vento frio da manhã, esticou os braços e as pernas contornado o travesseiro duro, que a sacudiu. Elisie abriu os olhos assim que percebeu que não estava agarrada a um grande travesseiro e sim a ele: Dixon que a estava olhando como se ela fosse um incomodo. Ela se sentou puxando o lençol para si. Ele se afastou também.

― O que eu estou fazendo aqui? ― disse ela, confusa, pois tinha certeza de que tinha ido para seu antigo quarto na noite passada.

― Dormindo no seu quarto? E na cama errada?

― Por que você não me acordou? Eu teria ido para a minha cama. ― ele esfregou o rosto com as mãos sujas de sangue seco e respondeu afastando-as assim que sentiu o cheiro:

― Eu não vi você, ele...

― Eu sei, não precisa explicar... ― o som de asas batendo na varanda dissipou o silêncio que começava a se esgueirar entre eles.

Sorrindo de orelha a orelha Elisie correu até a varanda, onde um enorme falcão descansava cutucando a própria asa. Ele carregava uma cesta pequena como uma gaiola pendurada em sua barriga. Elisie a tirou dele que balançou a cabeça irritado tentando machucá-la, abriu a portinhola e tirou suas cartas, ao todo nove cartas. Duas de sua prima Kalena Allen, uma de seu pai, outra de sua mãe e irmão, três de seu professor e quando o desanimo se aproximava, ela encontrou a carta dele. Escrita com a familiar caligrafia arrastada e firme.

― Suas cartas? ― perguntou Dixon, surgindo na varanda, à mão no cabelo revoltado, as roupas folgadas amassadas; fechou os olhos sensíveis à claridade. Elisie escondeu as cartas atrás das costas e se colou ao parapeito, recebendo uma bicada do falcão mal humorado. Gritou. Dixon se aproximou puxando sua mão para examinar o pequeno corte.

― Você é tão desastrada.

― Não é nada ― disse tentando puxar a mão, mas ele a manteve firme entre a sua.

― Você ainda tem medo de mim, Elisie?

― Não!

― Então por que sempre tenta se soltar quando eu a toco?

― É desconfortável, eu... eu a poucos dias era uma moça solteira, ainda não me acostumei ao toque... masculino. ― um vinco se formou entre as sobrancelhas dele, mas não disse nada, apenas a soltou e se virou para a paisagem, respirando o ar fresco.

― Desculpe, como você sabe, fui criado isolado dos demais nobres, tenho muito conhecimento sobre política, agricultura e história, mas nenhum conhecimento de relação social. Sou brusco em algumas coisas, perdoe-me. ― ela corou assentindo e encarou suas cartas. Ele a espiou por entre as mechas loiras. ― Vá ler suas cartas, vejo que está se contendo por minha causa.

Após seu banho rápido, as servas a vestiram com um vestido simples, e sorrindo para o espelho Elisie pegou as cartas e correu para a mesa de chá debaixo das roseiras e se sentou olhando em volta, pediu para que as acompanhantes ficassem de vigia, para o caso de seu marido aparecer. E abriu a carta dele:

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