Capítulo - 12

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- Adrian. -

***

    Depois de algum tempo nós chegamos bem na casa, digo, quase bem... Eu realmente não consigo acreditar que nós nos beijamos. E o pior, eu praticamente implorei outro, e ele me deu! Deus... Foi o melhor primeiro beijo que alguém poderia ter.

    Porém, aquela sensação ficou grudada em mim pelo resto da viagem, o que me impediu de admirar  Magnus. Mesmo sentindo sua mirada em mim, eu simplesmente não conseguia olhar para ele, porque sabia que assim que visse aquele rosto novamente, eu iria querer mais...

***

— No que você está pensando? — Magnus perguntou enquanto entrávamos na casa. Ela não era nova, mas era confortável... Aquele lugar tinha cheiro de infância, mas nem mesmo isso, fez com que minha vergonha desaparecesse.

— Nada... O quarto é lá em cima, certo? — Falei sem olhar para trás, e corri escadaria à cima. Abri duas portas antes de finalmente conseguir achar o quarto. Me sentei sobre a cama e apoiei meu rosto sobre as mãos, suspirando. — Como nós ficaremos agora...

— Ficaremos do jeito que você quiser. — Magnus disse, me fazendo saltar de susto, e o encarar. Seu rosto estava sério... Não demorou muito para que ele jogasse nossas coisas no chão, e se sentasse ao meu lado. — Adrian, eu...

— Não... — Sem pensar muito, levei minha mão à sua boca, a tapando. Ele me olhou surpreso e depois segurou meus pulsos, depositando pequenos beijos sobre a palma da minha mão. — Magnus... Isso não é errado?

— Não. Para falar a verdade, isso não é nem um pouco errado. É bem comum, sabe... — Ele falou, colocando minhas mãos sobre seus ombros. — Se for por causa daquele beijo, eu quero deixar bem claro que não me arrependo nem um pouco disso.

— Droga Magnus... — Tirei minhas mãos dele e virei, me deitando de bruços sobre a cama. Meu coração estava batendo como um louco... Cada pequeno pedaço de pele que foi beijado por ele ardia como se estivesse em brasas. Estou realmente me apaixonando...

— O que você sente por mim? — Magnus se deitou ao meu lado, falando em um sussurro ao pé do meu ouvido. Sua voz, e seu hálito quente em minha orelha, fizeram minha pele se arrepiar... Eu devo realmente dizer o que sinto por ele? Não quero que nossa amizade acabe... Não agora. — Adrian, me diga... O que você sente por mim?

— Eu não sei, Ok? Eu simplesmente não sei! — Me virei para encará-lo. — Quando você está por perto eu sinto como se nada, nem ninguém, pudesse me machucar... É como se existisse somente nós dois em todo o planeta!

— Adrian... — Ele sussurrou. Seus olhos brilhavam...

— Cale a boca! Você queria saber, não queria? Então agora fique quieto, e escute! Eu não sei o que fazer... Nosso primeiro encontro no café, ou o dia em que você quase morreu por mim, ou até mesmo no banho... O beijo de hoje... Tudo isso está aqui, guardado comigo... — Apontei para meu coração, colocando as mãos sobre ele logo em seguida. Está mais do que na hora de deixar claro os meus sentimentos por ele, antes que eu acabe explodindo. — Eu não quero que ninguém te leve para longe de mim, eu...

— Você...? — Magnus me incentivou a falar, ainda olhando no fundo dos meus olhos. Eu estou perdido por esses olhos cor de mel, como um completo idiota...

— Eu acho que te amo. — Falei, soltando um suspiro de alivio logo em seguida. Ter dito aquelas palavras foi como tirar um peso enorme das minhas costas.

— Você acha? — Ele perguntou, erguendo uma sobrancelha. Colabore, Magnus.

— Eu tenho certeza que te amo. Mas... Isso não faz diferença se você não sente o mesmo por mim. — Ia levantando da cama quando Magnus me puxou novamente, me jogando de costas e subindo em cima de mim. — Magnus?!

Doce Delegado - Livro 1 - Trilogia DoceDonde viven las historias. Descúbrelo ahora