- Magnus. -***
— "Ainda"? Então quer dizer que você planeja me contar tudo sobre a sua vida? — Perguntei enquanto tirava minha jaqueta e a jogava sobre a cadeira.
— O quê? Claro que não! Não foi isso o que eu quis dizer. O "ainda" saiu sem querer! — Me aproximei mais, me apoiando sobre o sofá. Podia ver claramente os pingos de água que pingavam do meu cabelo, e escorriam por suas bochechas avermelhadas.
— Entendo... Que pena. Seria interessante saber mais sobre você. — Dei um largo sorriso, e logo o rosto de Adrian ficou completamente vermelho. Ele poderia ser confundido com um tomate facilmente. — Você está bem?
— Sim... Eu fico assim quando passo por uma situação de pânico... — Suas mãos tremiam, e ele estava inquieto. Alguém realmente pode ter pavor à tempestades?
— Pensando bem, você também estava assim na noite passada... — Ele congelou ao se lembrar da noite do assassinato. Creio que ainda está muito cedo para voltar com esse assunto novamente. — Bom, vou trocar de roupas e arrumar alguma coisa para você comer. Ok?
— Tudo bem... Mas deixe o celular aqui. Não quero mais ficar no escuro. — Ele disse quase fazendo um biquinho com os lábios, o que me fez rir. Era muito parecido com um peixe...
— Ok, pegue... Só não mexa em nada. — Entreguei meu celular para ele e em seguida fui para o quarto. Eu estava congelando, então rapidamente me sequei e vesti roupas quentes. Estava secando meu cabelo quando sai do quarto e escutei Adrian sussurrar algo...
— Quem é ela...? — Ele resmungou enquanto olhava a tela do meu celular. Ah, crianças... Desobedientes como sempre. Hora do castigo.
— Posso saber quem? — Perguntei como quem não quisesse nada. Ele levou um susto quando me viu, e logo seu rosto ficou completamente pálido. — Espera... Você está mexendo no meu celular?
— Ah, eu... Eu passei o dedo na tela sem querer e ele desbloqueou, é, foi isso! — Então ele jogou meu celular sobre o sofá, em um ato desesperado.
— Você está mentindo... Achou algo interessante nele? — Tenho certeza que minha cara não era uma das melhores nesse momento.
— Não... — Mentindo novamente. Que péssimo hábito.
— Só tenho uma dica para você... Nunca mexa nas minhas coisas! Eu sou um policial, e você pode ser morto apenas por ler um e-mail que não deveria. Sinceramente? Eu realmente não quero ter mais nenhum filho da puta como aquele, atrás de você. — Meu sangue estava começando a ferver...
— Me desculpe... — Ele sussurrou, com uma expressão quase de choro estampada na cara. Merda... Acho que estou me deixando levar por esse garoto. Soltei um longo suspiro e me sentei no sofá, o encarando.
— Se tem algo que você quer saber sobre mim, é só me perguntar. Eu irei responder... Se puder, é claro. — Abri um sorriso largo, e logo sua expressão mudou completamente. De chorosa foi para curiosa, em questão de segundos.
— Então... Quem são aqueles homens que você tem fotos? E, quem é essa mulher? Vocês quatro são tão lindos...
— Ah, eles são... — Antes que eu pudesse terminar de falar, meu celular se apagou, deixando a casa em um breu total. — Merda, acabou a bateria.
— Não! — Adrian se cobriu novamente, abraçando suas pernas. Devo admitir que é um pouco desesperador ver ele nesse estado...
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Doce Delegado - Livro 1 - Trilogia Doce
RomancePLÁGIO É CRIME! Violar direito autoral, dá pena de 3 meses à 1 ano, ou multa. Como prevê o art. 3° da lei número 9.610/98. TRILOGIA ÚNICA. Magnus Müller, é o delegado da pequena cidade de Redmond, Washington. Com seus vinte e cinco anos, ele leva um...