- Adrian. -***
— Então? Não vai me dizer o que você fazia naquele lugar à essa hora da noite?! — Um homem de aproximadamente trinta e cinco anos agora gritava bem na minha frente. Como eu vim parar aqui? — Abra logo essa maldita boca e diga algo!
— Connor! Se você continuar gritando assim, vai acordar a vizinhança inteira... O que aconteceu aqui? — Essa voz... Quando levantei meu olhar, pude ver quem era o dono dela. E era ele.
— É essa criança! Ele não abre a boca para falar absolutamente nada! Eu desisto, cuide disso você mesmo! — Connor saiu da sala, batendo a porta atrás de si. Logo aqueles olhos cor de mel já me encaravam novamente.
— Adrian... — Magnus soltou um suspiro. — Pode me explicar o que aconteceu?
— O senhor Stefan... Ele... — Só de lembrar daquela cena horrível meu estômago já se embrulhava.
— Ele o que? Vamos, fale... Ninguém vai fazer mal à você. — Ele se sentou na cadeira à minha frente, colocando as mãos sobre a mesa.
— Alguém o matou...
— O quê?! Quem o matou?! — Ele perguntou surpreso, enquanto se levantava e batia as mãos sobre a mesa de aço.
— Eu não sei! — Eu gritei. As lágrimas escorriam dos meus olhos como cachoeiras. — Eu estou apavorado! Pare de fazer tantas perguntas para mim!
— Adrian... Tudo bem, me desculpe. — Magnus disse enquanto se sentava novamente, e soltava um suspiro. — Só me conte direito tudo o que aconteceu, certo?
— Bom, eu... Esqueci meu pagamento e um livro, lá na lanchonete... E por isso eu voltei depois do jantar...
— E então? — Ele ainda me encarava. Os olhos brilhavam de ansiedade. Eu estava começando a me sentir pressionado...
— Então... Quando eu cheguei, ouvi um barulho estranho vindo da cozinha... E quando entrei nela, tudo o que pude ver foi sangue espalhado pelo chão... E um homem segurando a cabeça do Sr. Stefan! E então eu... Eu desmaiei depois de ver aquilo! — Conseguia sentir meus olhos ardendo por causa das lágrimas.
— Está tudo bem... Você viu o rosto do assassino? Pode me descrever como ele era? — O encarei. Não posso, mesmo!
— Não... — Pura mentira! Não posso dizer nada sobre aquilo! Droga, droga!
— Tem certeza? — Ele levantou uma sobrancelha, questionando minha resposta.
— Sim... — Outra mentira. Não conseguia olhar naqueles olhos. Era como se eles fossem atravessar minha alma a qualquer minuto e descobrir tudo... — Eu tenho.
— Adrian... — Antes que ele pudesse terminar, foi interrompido por Connor, que entrou na sala pisando duro de raiva.
— E então? A princesa decidiu falar algo? — Connor perguntou à Magnus, enquanto se encostava na parede e cruzava os braços. Não sei porque, mas algo naquele homem não me agradava...
— Sim... Ele viu o homem que matou o Sr. Stefan, mas ele não se lembra do rosto do criminoso. Agora que o assassino o poupou, ele pode estar com sérios problemas... - Magnus disse, me encarando. Automaticamente arregalei os olhos após ouvir a palavra "problemas". Sim, eu já sei que estou em uma furada daquelas.
— Isso é certo... Não podemos deixa-lo por aí sem a proteção de um policial. - Connor encarava o chão, pensativo.
— O que acha da Emily? Ela é ótima em lutas corporais, e também tem uma mira ótima. - Magnus sugeriu. Emily é a policial que estava na recepção quando Connor me trouxe até aqui, depois do incidente com o senhor Stefan.
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Doce Delegado - Livro 1 - Trilogia Doce
RomancePLÁGIO É CRIME! Violar direito autoral, dá pena de 3 meses à 1 ano, ou multa. Como prevê o art. 3° da lei número 9.610/98. TRILOGIA ÚNICA. Magnus Müller, é o delegado da pequena cidade de Redmond, Washington. Com seus vinte e cinco anos, ele leva um...