- Adrian. -***
— Adrian, acorde... — Uma voz grossa sussurrava em meu ouvido. Quando abri meus olhos, pude perceber que ainda era madrugada. Estava escuro, e o dono daquela voz estava sentado na cama, com o rosto próximo ao meu.
— O que foi...? — Perguntei enquanto coçava meus olhos, tentando acordar. Magnus agora vestia um terno negro, com uma camisa extremamente branca. O cheiro de seu perfume impregnava o ar... Mesmo sonolento, conseguia ver suas armas brilhando dentro de seu coldre axilar.
— Eu tenho que ir trabalhar... Já se passaram duas semanas, lembra? — Ele disse sorrindo. Ah, agora eu me lembrei... Na noite do incidente, Connor deu duas semanas de férias para Magnus. Infelizmente, essas férias repentinas passaram rápido demais...
— Eu me lembro... — Sussurrei. Meus olhos começavam a pesar novamente...
— Ótimo... Eu já salvei meu número no seu celular, então qualquer coisa é só me ligar. E eu deixei uma cópia da chave da casa, então se acontecer alguma coisa, será mais fácil para você sair. Entendeu, Adrian? — Magnus agora me encarava, sério.
— Eu entendi. — Falei, com um ar de confiança. Ele sorriu novamente.
— Só mais uma coisa... Não abra a porta para ninguém, ouviu? — Assenti com a cabeça. Eu não seria tão burro ao ponto de fazer isso. — Muito bem... Agora volte a dormir. Boa noite, Adrian.
Magnus afagou meu cabelo pela última vez, e logo saiu do quarto. Pude ouvir o barulho dele fechando a porta da entrada, logo após ligando o carro em pouco tempo desaparecendo pela estrada. Quando olhei para o relógio, ainda eram quatro horas da madrugada.
— Porque você tem que ir tão cedo? — Sussurrei, soltando um suspiro logo em seguida. Me aconcheguei novamente entre as cobertas, e em pouco tempo adormeci novamente.
***
Acordei com meu celular tocando. Tateei minha mão pela cômoda até acha-lo, e enfim atendi.
— Alô? — Minha voz saiu mais rouca do que o normal.
— Você ainda estava dormindo? — Essa voz irreconhecível novamente...
— Já é a segunda vez que você me acorda hoje... Qual é o seu problema?! — Agora eu estava irritado, mesmo! Ainda eram dez horas da manhã, e ele queria que eu já estivesse acordado? Nem em sonho. A cama estava confortável demais para sair dela.
— Quando estou aí você acorda mais cedo... — Sua voz fez um som diferente, o que me fez perceber que ele estava sorrindo. Isso, sorria mesmo... Sorria enquanto você ainda pode!
— Sim, e é exatamente porque você não está aqui hoje, que eu decidi dormir até mais tarde. — Assim que terminei de reclamar, ele não pôde mais segurar sua risada. Foi então que a imagem do seu rosto sorridente apareceu em minha mente, o que acabou fazendo com que eu sorrisse também. Eu devo estar ficando louco...
— Ok, bela adormecida... Tenho que voltar para o trabalho agora. Só liguei para saber se estava tudo bem... É meio difícil quando não estou te vigiando com meus próprios olhos. — Ok, aquele homem acabou de me deixar sem palavras... Quando ele percebeu que eu perdi todas as palavras que aprendi nesses últimos anos, e que provavelmente eu estaria vermelho como um tomate, ele suspirou, e por fim disse sua última frase, quase em um sussurro... — Não se esqueça de mim, Adrian... Até mais tarde.
Assim que ele desligou, eu me levantei e fiquei sentado sobre a cama. "Não se esqueça de mim?" Como se eu fosse capaz de me esquecer da única pessoa que pode me proteger agora... Quando olhei para o chão, as roupas que Magnus havia usado ontem estavam jogadas próximo a mim, e o cheiro de perfume que exalava delas era quase inebriante... Maldito cheiro delicioso.
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Doce Delegado - Livro 1 - Trilogia Doce
RomancePLÁGIO É CRIME! Violar direito autoral, dá pena de 3 meses à 1 ano, ou multa. Como prevê o art. 3° da lei número 9.610/98. TRILOGIA ÚNICA. Magnus Müller, é o delegado da pequena cidade de Redmond, Washington. Com seus vinte e cinco anos, ele leva um...